Levantamento da
Comac apontou três tipos de tutores de animais de companhia com base em
aspectos emocionais e como eles se relacionam com os pets. Entenda cada um dos
perfis!
Mais de 37 milhões de domicílios no Brasil contam
com algum pet, de acordo com a pesquisa Radar Pet 2020. Além de desvendar dados
da população pet, o levantamento realizado pela Comissão de Animais de
Companhia (COMAC) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde
Animal (Sindan) também descobriu os principais perfis dos tutores dos animais.
De forma geral, a maior parte das pessoas
responsáveis pelos cuidados dos animais de companhia são mulheres, com uma
média 60%. Além disso, 58% dos tutores são casais ou pessoas que moram juntas.
Grande parte dos responsáveis, tanto por cães ou gatos, também são famílias com
filhos de diversas idades. Apenas cerca de 10% dos tutores moram
sozinhos.
Através de pesquisas quantitativas e qualitativas
com mais de 3.500 brasileiros de todas as idades, gêneros e classes sociais, a
Comac identificou três tipos de tutor, com base em aspectos emocionais: “Pet
Lover”, “Amigo dos Pets” e “Desapegado”. Todos eles são apegados aos bichinhos,
porém de maneiras diferentes. Entenda a distinção entre cada um:
Os “Pet Lovers”
Representando 55% dos tutores de pets, os “Pet
Lovers” são os que mais se identificam com mães/pais de pet e possuem um
vínculo afetivo muito forte com os animais. Em sua maioria, esse grupo é
composto por jovens, mulheres, pessoas casadas com filhos. Também corresponde à
maior proporção de LGBTQIA+ e casais sem filhos.
Os “Pet Lovers” costumam investir mais em produtos
e serviços do segmento pet e são os mais preocupados com a saúde dos animais,
com visitas mais frequentes ao veterinário. São pessoas que não conseguem
imaginar viver sem o seu pet.
Os “Amigos dos Pets”
Com 21% do total, esse grupo possui uma
predominância de mulheres, pessoas da Classe A, casadas e famílias com filhos
pequenos. Esse é um perfil considerado intermediário entre os “Pet Lovers” e os
“Desapegados”. Possuem vínculos com os animais, mas sem necessariamente
considerá-los como parte da família.
Amam seus pets, mas não apresentam um vínculo tão
forte, cuidando deles com carinho mas sem tantos “mimos”. Além disso, 46%
enxerga o pet como um animal, e não como um filho.
Os “Desapegados”
Correspondem a 24% dos tutores e são
majoritariamente homens. Não costumam ter um vínculo afetivo tão forte quanto
os “Pets Lovers” e quase 44% deles já consideraram deixar de ter um animal. São
pessoas mais pragmáticas e que tem o costume de levar o pet ao veterinário
apenas em casos de emergência.
Além disso, os “Desapegados” também tendem a gastar
menos com os pets e evitam antropomorfizar os animais, ou seja, não gostam de
atribuir características humanas a eles e consideram estranha a visão do bichinho
como um familiar.
Confira outros destaques do levantamento:
Presença dos pets: Cerca de
53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos. Dentro desse
percentual, 44% são habitados por cães e 21% por gatos. Há uma média de 1,72
cães e 2,01 gatos por lar brasileiro. Os gatos, em geral, são os pets de
entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam
com um crescimento 3 vezes maior do que os cães dentro do Brasil, de acordo com
Leonardo Brandão, médico veterinário Coordenador da Comac.
“Temos mais cães, mas os gatos têm ganhado um
grande espaço nos lares brasileiros. É o pet de entrada para muitas famílias.
No Nordeste, por exemplo, há uma predominância dos gatos. Um dos possíveis
motivos para isso, além do perfil do animal, é um custo mais baixo de cuidados.
Pelo perfil de vida das pessoas (morando em cidades, com pouco espaço e tempo
restrito) os gatos tem se firmado cada vez mais como o pet do futuro”,
observa.
Perfil do pet: Os
vira-latas ou Sem Raça Definida (SRD) são a grande maioria dos animais de
companhia brasileiros. Entre os cães, 42% são vira-latas. Cerca de 70% daqueles
com raça definida são de pequeno porte. As raças favoritas dos brasileiros são,
respectivamente, pincher, poodle e shitzu. Entre os gatos, 65% são sem raça
definida. Entre aqueles com raça, os siamês são predominantes.
Gastos mensais: Os
tutores de cães gastam uma média R$ 224 por mês para cuidar dos pets, entre
banho, tosa, alimentação e acessórios para o animal. Já os tutores de gatos investem
cerca de R$ 168 mensais nos cuidados com o pet.
Adoção: A grande maioria dos pets,
sejam cães ou gatos, chegaram aos seus tutores como um presente ou por meio de
processo de adoção. Entre os animais nos lares brasileiros, 33% dos cães e 59%
dos gatos foram adotados. Leonardo analisa que, durante a pandemia, é provável
que os números tenham crescido consideravelmente.
Relação com os pets: Cada vez
mais, os brasileiros estão criando laços afetivos com seus pets. A maioria
enxerga os animais como um filho ou membro da família. Um dos dados da pesquisa
revela que, por exemplo, a saúde dos pets é tão importante para seus tutores
quanto das demais pessoas da casa. Também existe uma grande preocupação com o
envelhecimento do pet e o cuidado com a saúde preventiva dos animais. Contudo,
ainda é baixa a frequência de idas ao veterinário.
Apesar do grande número de animais, Leonardo
percebe que o Brasil precisa muito evoluir em relação aos cuidados e bem-estar
com os Pets. Não à toa, esse é um dos mercados mais promissores dentro do
Brasil por conta do seu potencial de crescimento.
COMAC - Comissão de Animais de Companhia
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