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segunda-feira, 11 de julho de 2016

“VIOLÊNCIAS PSICOLÓGICAS E FÍSICAS AINDA SÃO ROTINEIRAS NA VIDA A DOIS”, AFIRMA A EDUCADORA SEXUAL E PSICÓLOGA LELAH MONTEIRO



 
Qualquer relacionamento, seja de pais e filhos, profissional ou até de amizade, que gerem mais ilusões do que realizações, mais sofrimentos do que alegria ou mais isolamento do que socialização, são envolvimentos nocivos.
Infelizmente, os registros sobre a violência física contra as mulheres são alarmantes. Em 2015, foram registradas 76.651 denúncias e em 72% dos casos, os agressores eram homens com quem as vítimas se relacionavam ou já tinham tido algum vínculo afetivo, segundo dados da Secretaria de Política de Mulheres (SPM).

“E ainda contamos com a vergonha de muitas mulheres que não denunciam e, muitas vezes, passam a vida toda sendo humilhadas e apanhado caladas. E não existe faixa etária ou classe social nestes casos”, afirma Lelah Monteiro, educadora sexual , coaching familiar e psicóloga.

Segundo Lelah, a exposição e coragem da atriz Luisa Brunet, apesar do drama pessoal, pode e deve servir de exemplo para muitas pessoas que estão passando o mesmo problema. Para a educadora sexual, por problemas financeiros há muitas mulheres que sentem a necessidade de ficar e não denunciar o agressor.
“Palavras e atitudes também machucam e acabam com a autoestima de qualquer ser humano, não se enganem. Além disso, há aquelas que são escravas do relacionamento, por exemplo, viram empregadas do marido, fazem sexo sem vontade e por aí vai”, ressalta a coaching familiar.

Reflexões e alertas de Lelah Monteiro para auxiliá-la  a sair deste sofrimento:

- Busco minhas realizações no outro e não em mim?

- Estou à espera de um salvador/a para minha vida pessoal?

- Sou dependente financeira do meu parceiro e por isso aguento seus maus-tratos?

- Meu relacionamento me faz feliz?

- O quanto quero agradar meu parceiro, esqueço de mim e dos meus projetos de vida?

-Qual é o medo de falhar, porque necessito investir num relacionamento que me faz sofrer?

- Existem alguns indícios do caminho que poderá te levar ao isolamento como afastar-se da minha família ou amigos, deixar de fazer atividades que aprecia para estar perto ou agradar o outro, anular-se pelo outro ou por causa dele?

“ Nunca, jamais sofra calada. Converse com uma pessoa de confiança e se for o caso, procure ajuda profissional. Seja o autor de sua própria história, liberte-se da sua ilusão, da projeção que você criou, volte a ser você mesma e inteira”, finaliza Lelah Monteiro.

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