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domingo, 1 de março de 2015

A MULHER E O CARTÃO DE CRÉDITO: UMA RELAÇÃO ALÉM DO CONSUMO




Consideradas compulsivas na hora de comprar, mulheres vêm mostrando mais disciplina e consciência na hora de gastar

Tradicionalmente rotuladas como compulsivas na hora de comprar, principalmente se estiverem com cartões de crédito nas mãos, as mulheres vêm mostrando que este tipo de comportamento já não faz mais parte da realidade feminina. A conquista de novas colocações profissionais, somada a necessidade de planejar e administrar o orçamento doméstico, vem trazendo mais disciplina e consciência na hora de gastar.
Segundo o diretor de Marketing e Relacionamento da Sorocred, Wilson Justo, com tantas responsabilidades adquiridas no decorrer dos últimos anos, as mulheres estão se aperfeiçoando na gestão financeira de seus recursos, fugindo dos gastos excessivos e, consequentemente, das dívidas. “De acordo com informações do Censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,7% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. E isto reflete diretamente no poder de decisão no momento do consumo, cada vez mais em mãos femininas”, informa.
Para Justo, a provedora de uma família tende a ser ainda mais conservadora, optando por poupar ao invés de cair nas armadilhas das compras por impulso. Na Sorocred, 57% da base de portadores de cartão de crédito é composta por mulheres. “Este número é bastante representativo se consideramos que pouco mais de 50% dos cartões de crédito emitidos no Brasil pertence ao público feminino, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs)”, conta.
No entanto, informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, em 2014, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras (75,3%), seguido por pagamentos em carnê (17%) e financiamento de carro (13,8%).
E para aquelas que ainda utilizam o cartão de crédito de forma desorganizada, o executivo é categórico. “É a hora de ‘discutir a relação’ com o seu cartão. O primeiro passo é não incorporar o limite do cartão de crédito a sua renda mensal”, alerta. Ele explica, ainda, que o limite do cartão de crédito é uma comodidade, pois está a mão sem a necessidade de nenhum procedimento burocrático (como a solicitação de um empréstimo pessoal a uma financeira ou a um banco), porém deve ser utilizado com cautela e objetivos bem determinados.
Abaixo, Wilson Justo dá algumas dicas para as mulheres que desejam aproveitar todos os benefícios de seus cartões de crédito, sem problemas de endividamento: 
·         Observe a data de vencimento da fatura. Procure adequá-la à data de recebimento do salário ou de alguma outra renda mensal e recorrente; 
·         Conheça a data de corte de seu cartão de crédito, ou seja, a data de fechamento da fatura, em que as compras realizadas posteriormente serão debitadas apenas a partir da fatura subsequente. Algumas compras ganham prazos de até 40 dias para serem pagas! Conhecer este mecanismo pode ajudar a pessoa física a reorganizar as suas contas e não se apertar em situações de força maior; 
·         O cartão de crédito deve ser utilizado quando oferecida uma boa oportunidade. Neste sentido, muito cuidado com os parcelamentos a perder de vista. Vivemos em um cenário econômico volátil, por isso a prudência é a palavra de ordem quando se fala em cartão de crédito; 
·         Quando utilizar o cartão de crédito, não deixe de solicitar e guardar a sua via do recibo, cedido pelo estabelecimento comercial na hora da compra.. Habitue-se a fazer um controle manual ou uma planilha considerando estes valores. Este procedimento evita a sensação de que aquela aquisição já foi paga simplesmente por termos passado o cartão na loja; 
·         Diálogo aberto com os portadores dos cartões de crédito adicionais. Para evitar surpresas e desgastes nos relacionamentos, as compras devem ser realizadas com a anuência de todos; 
·         Não atrase o pagamento da fatura e procure fugir do crédito rotativo. Em um cenário de alta das taxas de juros e retorno da inflação só entre no rotativo em último caso e pelo menor tempo possível; 
·         Antes de sair às compras, faça uma lista. Levar uma lista é uma forma de reduzir o seu campo de atuação em um supermercado, por exemplo. Sabendo do que precisa, você se limita aos corredores nos quais estão expostos estes produtos e evita gastos supérfluos. 
Justo aproveita para ressaltar que não vale a pena ficar prisioneiro da calculadora. Ele acredita que gastar o dinheiro de forma consciente é também saber utilizá-lo para um consumo saudável. “A natureza feminina é muito sensível e toda mulher merece ter recursos para cuidar de sua saúde, beleza e bem-estar. Esses pequenos mimos devem ser mantidos, pois são eles que as tornam ainda mais completas, felizes e muito mais preparadas para enfrentar os desafios do mundo moderno”, afirma.

Sorocred - www.sorocred.com.br.

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