Sem melhora nas taxas de confiança da
população e dos empresários, a expectativa é que os resultados negativos na
geração de empregos se intensifiquem até o final do ano
O departamento Econômico do Sincomavi verificou, por meio dos
dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que a geração de
empregos no primeiro bimestre de 2015 contou com o pior desempenho desde
2007. Foram criados apenas 142 postos de trabalho com carteira assinada
no varejo de materiais de construção da Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP) nesse início de ano.
Fonte: CAGED
Dentre os municípios que compõem a Região Metropolitana de São
Paulo, as maiores reduções do mercado de trabalho formal foram constatadas em
Guarulhos (-57 vagas) e Diadema (-24 vagas). Por outro lado, São Bernardo do Campo
(+68 vagas) e São Paulo (+38 vagas) conquistaram os melhores resultados.
O desempenho do mercado de trabalho no varejo de materiais de
construção da RMSP consolida-se em consonância ao desempenho da geração de
emprego no país. Enquanto no Brasil a criação de postos de trabalho, tanto no
total de 2014 quanto neste último mês de fevereiro, foi a pior desde 1999, no
varejo de materiais de construção da RMSP o quadro não se apresenta diferente.
A desaceleração econômica, resultante do arrefecimento do consumo
das famílias, afeta diretamente as decisões de investimentos do setor privado
brasileiro. Menores vendas e maior incerteza minam a confiança dos empresários.
Desta forma, não apenas decisões de tomadas de crédito, ampliação ou criação de
novas plantas são reduzidas, como as contratações. Mais que isso, espera-se em
2015 que o comércio finde o ano com mais desligamentos que admissões. Somente
com menor incerteza econômica e a recuperação da confiança por parte de
consumidores e empresários será possível a retomada na criação de emprego com
carteira assinada. Às atividades relacionadas aos materiais de construção a
realidade e as projeções não são distintas.
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