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segunda-feira, 30 de março de 2015

Páscoa é momento para ensinar autocontrole às crianças




Ajudar os filhos a consumir chocolate moderadamente pode evitar mal estar e até a compulsão por guloseimas

A Páscoa é uma data adorada pelas crianças por uma razão óbvia: a infinidade de ovos de chocolate que a cada ano ficam mais atrativos com recheios e surpresas especiais.
Apesar do chocolate ser um alimento nutritivo, fonte de energia, cálcio, vitamina e, antioxidantes – além de ativar a liberação de endorfina e serotonina, hormônios responsáveis pelo bem-estar – consumido em grande quantidade pode acarretar alguns malefícios à saúde.
Para garantir que a criançada curta o período sem exagerar na dose, é importante que os pais estejam atentos a algumas dicas.
De acordo com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) do Hospital Infantil Sabará, conhecer o tipo de chocolate oferecido é o primeiro passo.
“Os chocolates ao leite possuem mais cacau e menor quantidade de gordura hidrogenada em comparação ao chocolate branco, que por serem mais gordurosos são menos interessantes. Os amargos, menos calóricos, são sempre os mais indicados”, explica.
Os amargos ou 70% cacau, tem maior quantidade de flavonoides substancias antioxidantes que auxiliam na redução do LDL, o chamado colesterol ruim. Os chocolates diet, isentos de açúcar, são feitos para diabéticos. Adoçados com adoçantes dietéticos e ricos em gordura, são mais ou tão calóricos quanto os chocolates normais, portanto, sua indicação é apenas para aqueles que tem restrição de açúcar na dieta.

Dicas
Os pais podem aproveitar a Páscoa como uma oportunidade de auxiliar as crianças que tem algum tipo de dificuldade alimentar. “Para a criança que tem problemas com algumas formas de alimentos ou texturas, essa pode ser uma boa época para ajudá-lo a superar essa dificuldade. Um chocolate crocante ou recheado com biscoito ou geleia é uma ótima opção já que vai fazer com que experimente coisas novas, brinque com os brindes que estarão dentro do ovo e tenha maior interesse na novidade que o pai ou a mãe está oferecendo”, explica o especialista.
Outro ponto importante é que os pais devem estar atentos às quantidades. Segundo Mauro Fisberg, não é saudável deixar a criança comer o ovo inteiro de uma vez. “Deixe ela abrir e brincar, tirar o papel, achar o brinquedo ou os bombons que estão como recheio e, depois disso, pegue uma vasilha, com a ajuda do seu filho, quebre o ovo em vários pedacinhos, e combine que ele vai comer um pouco por dia”.
Desta forma o ovo dura muito tempo e evita que a criança tenha dor de barriga, diarreia, mal-estar e vômitos. “Isso também ensina a criança a ter autocontrole em relação a comida e principalmente em relação as guloseimas”, diz.
Uma dica interessante também é combinar com os membros da família e amigos para que restrinjam a oferta de ovos trocando, por exemplo, por outros presentes como livros, jogos educativos e não necessariamente alimentos à base de chocolate para controlar a quantidade de doce oferecida no período.  “Essa alternativa é muito válida para crianças com excesso de peso, alterações das gorduras ou ainda obesas”, finaliza.

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