Ajudar os filhos
a consumir chocolate moderadamente pode evitar mal estar e até a compulsão por
guloseimas
A Páscoa é uma data adorada pelas crianças por uma razão óbvia: a infinidade de ovos de chocolate que a cada ano ficam mais atrativos com recheios e surpresas especiais.
Apesar do chocolate ser um alimento nutritivo, fonte de
energia, cálcio, vitamina e, antioxidantes – além de ativar a liberação de
endorfina e serotonina, hormônios responsáveis pelo bem-estar – consumido em
grande quantidade pode acarretar alguns malefícios à saúde.
Para garantir que a criançada curta o período sem exagerar
na dose, é importante que os pais estejam atentos a algumas dicas.
De acordo com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, do
Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em
Saúde Infantil) do Hospital Infantil Sabará, conhecer o tipo de chocolate
oferecido é o primeiro passo.
“Os chocolates ao leite possuem mais cacau e menor
quantidade de gordura hidrogenada em comparação ao chocolate branco, que
por serem mais gordurosos são menos interessantes. Os amargos, menos calóricos,
são sempre os mais indicados”, explica.
Os amargos ou 70% cacau, tem maior quantidade de
flavonoides substancias antioxidantes que auxiliam na redução do LDL, o chamado
colesterol ruim. Os chocolates diet, isentos de açúcar, são feitos para
diabéticos. Adoçados com adoçantes dietéticos e ricos em gordura, são mais ou
tão calóricos quanto os chocolates normais, portanto, sua indicação é apenas
para aqueles que tem restrição de açúcar na dieta.
Dicas
Os pais podem aproveitar a Páscoa como uma oportunidade de
auxiliar as crianças que tem algum tipo de dificuldade alimentar. “Para a
criança que tem problemas com algumas formas de alimentos ou texturas, essa
pode ser uma boa época para ajudá-lo a superar essa dificuldade. Um chocolate crocante
ou recheado com biscoito ou geleia é uma ótima opção já que vai fazer com que
experimente coisas novas, brinque com os brindes que estarão dentro do ovo e
tenha maior interesse na novidade que o pai ou a mãe está oferecendo”, explica
o especialista.
Outro ponto importante é que os pais devem estar atentos às
quantidades. Segundo Mauro Fisberg, não é saudável deixar a criança comer o ovo
inteiro de uma vez. “Deixe ela abrir e brincar, tirar o papel, achar o
brinquedo ou os bombons que estão como recheio e, depois disso, pegue uma
vasilha, com a ajuda do seu filho, quebre o ovo em vários pedacinhos, e combine
que ele vai comer um pouco por dia”.
Desta forma o ovo dura muito tempo e evita que a criança
tenha dor de barriga, diarreia, mal-estar e vômitos. “Isso também ensina a
criança a ter autocontrole em relação a comida e principalmente em relação as
guloseimas”, diz.
Uma dica interessante também é combinar com os membros da
família e amigos para que restrinjam a oferta de ovos trocando, por exemplo,
por outros presentes como livros, jogos educativos e não necessariamente
alimentos à base de chocolate para controlar a quantidade de doce oferecida no
período. “Essa alternativa é muito
válida para crianças com excesso de peso, alterações das gorduras ou ainda
obesas”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário