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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Atente-se aos cuidados bucais durante a pandemia, pois um dia as máscaras vão cair

Pixabay
A dentista e empresária Luanna Coelho diz que o uso da peça trouxe uma falsa sensação de segurança para as pessoas em relação à estética dos dentes

 

A pandemia mundial da Covid-19 trouxe mudanças de hábitos, principalmente, na higienização, pois passamos a preocupar mais com a limpeza dos ambientes, do nosso corpo e das nossas mãos, nos esquecendo do principal que é a boca, já que estamos "protegidos" usando máscaras.

 

A peça se tornou fundamental em nossas vidas cotidianas, porque de fato nos deixa menos expostos ao vírus, mas existem pessoas que encontram nela uma zona de conforto para esconder os dentes e fazem de forma precária a higienização diária. Um exemplo: para sair de casa e ir a outro lugar, os indivíduos apenas colocam a máscara já que, teoricamente, no trajeto ninguém vai reparar em sua boca ou em seu hálito.

 

Para a dentista e empresária Luanna Coelho, da clínica odontológica Studio Del Dent, essa prática, agora, pode livrá-las de um julgamento imediato, mas as consequências surgirão em breve. "Percebo que as pessoas estão se descuidando e entrando em uma zona de conforto, pois, como temos essa barreira, ninguém percebe se o outro está escovando os dentes ou não. Isso acaba sendo ruim para a saúde e para a estética bucal do indivíduo, porque ele não está pensando a longo prazo, no qual ele pode vir a perder um órgão vital, que é o dente. Quanto mais ele fizer isso hoje, maior será o investimento dele futuramente", disse a especialista.

 

A dentista ainda ressalta que a situação é mais prejudicial para os pacientes que iniciaram o tratamento odontológico antes da pandemia e que agora deixaram de dar continuidade. "Essa ação pode agravar, por exemplo, a periodontite que ele teve há dois anos e que foi tratada. O paciente vinha recebendo orientações corretas, acerca da higiene bucal e tendo um ritmo de cuidado que desencadeou melhora no quadro clínico, mas agora com essa falta de atenção e a pausa das intervenções, a situação pode piorar", disse.

 

O julgamento social e o alto padrão do sorriso

 

Outro ponto negativo que a doutora Luanna Coelho acrescenta, relacionada à falta de cuidados dos dentes, está ligada ao fato dos padrões estéticos bucais da atualidade e à autocobrança de se ter um belo sorriso.

 

A empresária explica que o padrão do sorriso está aumentando e que, ultimamente, muitas pessoas estão buscando por tratamentos odontológicos como: instalação de lentes de contato e facetas dentais, para terem um belo sorriso. Nisso, pessoas que não conseguem custear um tratamento, vê no uso da máscara uma maneira de socializar mais ativamente do que antes do uso da máscara, muitas das vezes por vergonha.

 

"Somos seres racionais e o nosso cérebro julga automaticamente. Então, temos medo de sermos julgados, principalmente se o nosso sorriso está maltratado. Quando chegamos em um ambiente e conhecemos uma nova pessoa, temos três segundos para passar uma boa impressão. Nisso o sorriso conta muito, pois mais de 80% das pessoas olham primeiramente os dentes ao se conhecer alguém, mas hoje em dia, durante uma conversa, fica imperceptível com o uso da máscara. No começo tem-se uma diminuição do pré-julgamento da sociedade e uma "proteção", mas que é falsa", disse.

 

Já sobre a autocobrança, Luanna comenta: "As pessoas acabam se julgando e quando percebem que não estão com o sorriso dentro dos padrões da sociedade, acabam se camuflando na máscara e com isso se descuidando, por achar que não é necessário ter um cuidado com os dentes agora. Mas, nisso, ele está se enganando, pois logo mais, se Deus quiser, as máscaras vão cair e a realidade irá ter volta", finalizou a especialista.

 

 


 

Luanna Coelho-  já percorreu vários locais do Brasil e dos Estados Unidos, exercendo diferentes ofícios para se tornar hoje uma conceituada dentista e gestora. Sua mais nova conquista foi criar a Studio Del Dent, uma clínica própria na cidade de Vila Velha (ES). No local, ela planeja, além de atendimentos odontológicos, divulgar também sua habilidade na área de comunicação empresarial através do marketing digital, com foco em auxiliar outros profissionais a construírem suas marcas.

 

Divulgação / MF Press Global 


Maio Roxo: profissional alerta para doenças inflamatórias intestinais

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), instituído em 19 de maio, marca o mês da campanha Maio Roxo, que tem como objetivo promover maior conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. As principais doenças são a de Crohn e a colite ulcerativa, também conhecida como retocolite ulcerativa. 

 

Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), ainda não se sabe qual a incidência no país. Mas estima-se que existam mais de 2 milhões de pacientes com DII nos Estados Unidos. Os homens e as mulheres parecem ser afetados em igual proporção — apenas nota-se que a doença de Crohn tem um ligeiro predomínio em mulheres. Apesar das DII acometerem indivíduos de todas as idades, elas são mais frequentes em jovens, com pico principal entre os 15 e 35 anos. Outro pico observado é numa faixa etária mais avançada, entre os 55 e 75 anos. 

 

De acordo com Paulo Mafra, médico gastroenterologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), as causas das DII ainda são desconhecidas. “A doença ocorre após uma resposta do sistema imunológico do indivíduo, provavelmente relacionada com fatores genéticos; fatores ambientais (vírus e bactérias); dieta com consumo exagerado de comidas industrializadas, com alto índice de gordura; tabagismo e estresse”, aponta. Esses fatores, segundo o profissional, desencadeiam uma inflamação muito grande nas paredes do intestino, levando às DII.

 

A doença de Crohn afeta predominantemente a parte distal do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon), mas pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal. Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas da parede intestinal podem estar envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável, normal, entre os segmentos doentes; a retocolite ulcerativa se caracteriza por acometer o cólon e o reto, atingindo mais a camada mucosa, provocando uma doença mais contínua.

 

“Os sintomas vão se relacionar muito com a extensão e a gravidade da doença. Os mais comuns são a diarreia, que pode ter, às vezes, sangue, muco ou pus; dores abdominais; cansaço; perda de peso não intencional; febre; evacuações com sangue; diminuição de apetite; e problemas na região peri-anal e no ânus”, elenca o médico. “Lembrando que, às vezes, essas doenças, apesar de acometerem o intestino, também têm manifestações fora dele, as chamadas manifestações extraintestinais, atingindo, por exemplo, as articulações, a pele, os olhos e o fígado.”

 

Não existe exame específico para identificar as DII, mas os pacientes podem ser submetidos a exames laboratoriais, de imagem e endoscópicos, como a colonoscopia. “O diagnóstico vai ser baseado numa boa avaliação clínica, numa boa anamnese do paciente”, frisa o especialista. “A colonoscopia, um procedimento feito pelo ânus, para avaliação do intestino grosso e do final do delgado — o íleo terminal —, é um dos principais exames para investigação dessas doenças e para diferenciação entre elas”, aponta. Além da visualização pelo exame, há coleta de biópsias que auxiliam na melhoria do diagnóstico. É possível ainda fazer exames radiológicos, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, enteroscopia e, em alguns casos, até o exame da cápsula endoscópica. 

 

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa não têm cura. “O tratamento das doenças inflamatórias intestinais é principalmente medicamentoso. O objetivo é diminuir os sintomas da fase aguda e depois manter o controle da doença ao longo da vida, com acompanhamento clínico. Usamos algumas drogas, como os derivados salicílicos, os corticosteróides, os imunossupressores e os agentes biológicos. Além dos antibióticos, que utilizamos mais nos quadros infecciosos, como os que cursam com abcessos e fístulas anais”, detalha Paulo, sublinhando que o tratamento cirúrgico geralmente é reservado para as situações mais complexas.

 

Complicações graves podem ocorrer caso o paciente não trate a DII. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. “No caso da retocolite ulcerativa, se não tratada, pode gerar colites graves, perfuração intestinal, megacólon tóxico, que é uma distensão exagerada do intestino (podendo levar a formação de úlceras e de perfuração do mesmo), sangramento retal e o risco aumentado de neoplasia, de câncer de intestino”, alerta o gastroenterologista.  Na doença de Crohn, podem ocorrer complicações infecciosas como os abscessos intra-abdominais, e o paciente também pode apresentar perfurações intestinais. “Pode ocorrer estenose, o estreitamento da parede do intestino, obstrução intestinal, além do aparecimento de fístulas anais”, completa.


Seconci-SP explica o que é e como conviver com a anemia falciforme

Doença exige o acompanhamento de equipe multiprofissional desde os primeiros meses de vida 

 

A anemia falciforme é uma doença genética caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células, chamadas hemoglobinas, têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia e dificultando o transporte do oxigênio, essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. A assistente social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Jane da Silva Gonçalves, explica os sintomas e as formas de controle dessa doença que não tem cura e, segundo dados do Ministério da Saúde, atinge cerca de 60 mil brasileiros. 

A doença se manifesta de forma diferente em cada indivíduo, alguns têm sintomas mais leves, enquanto outros apresentam quadro mais severo, que pode levar à internação. Entre os principais sintomas estão as dores nas articulações e ossos, dores nas costas e pernas, icterícia, infecções recorrentes, como de garganta e urinárias; maior propensão a ter meningite, pneumonia e úlceras (feridas) nas pernas de difícil cicatrização, em especial na região do tornozelo. 

Por ser de origem africana, a doença é mais prevalente em pretos e pardos, porém não exclusiva, sendo considerada de alta relevância epidemiológica. “As manifestações clínicas da doença ocorrem nos primeiros meses de vida, por isso é fundamental fazer o teste do pezinho. O recomendado é que ele seja realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê e, no máximo, até 30 dias do nascimento”, afirma Jane. 

Desde 1992, o teste é obrigatório por lei e totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte da triagem neonatal. Como forma de conscientizar a população sobre a sua importância, foi criado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado em 6 de junho. “Uma vez identificada alteração no resultado do exame, os pais são convocados para a realização de outros testes neles e no bebê, para que se possa fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que pode envolver o uso de medicações para evitar infecções e crises”, informa a assistente social. 

“Caso, por alguma razão, não tenha sido feito o teste do pezinho, os pais devem ficar atentos se o bebê tem febre com frequência, chora muito e tem mãos e pés inchados. Estes são sintomas da doença falciforme e o recomendado é levar a criança ao pediatra, o quanto antes”.

 

Equipe multiprofissional 

Dadas as características da doença, o paciente tem de ser acompanhado por equipe multiprofissional. Na infância, pelo pediatra e depois por hematologista, clínico geral, cardiologista e nutricionista. A doença pode afetar o crescimento da criança, por isso é fundamental o diagnóstico ainda bebê. 

Na capital paulista, o Hospital das Clínicas e a Santa Casa são locais de referência para o tratamento. “O Hospital Brigadeiro também, embora hoje ele esteja mais focado na saúde do homem. E há a Associação Pró-Falcêmicos, Aprofe, onde o paciente e suas famílias podem ter acesso a informações abalizadas sobre a doença. O transplante de medula óssea é a única cura para a anemia falciforme, mas ele só é feito no SUS para pacientes que apresentam a forma grave, com úlceras que não cicatrizem ou que já sofreram um Acidente Vascular Cerebral, por exemplo. Para os demais, o caminho é acompanhamento rigoroso e conhecimento sobre a doença”, enfatiza a assistente social.


Mortalidade materna por Covid-19

Dados mais recentes do Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr Covid-19) sobre mortalidade materna em virtude do SARS-CoV-2 são preocupantes. Os óbitos em 2021já somam 642, ultrapassando de longe o total de 2020 inteiro: 457. 

Outro fato gravíssimo é que, desde o início da pandemia, uma a cada cinco gestantes e puérperas mortas pelo SARS-Cov-2 não tiveram acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 33% não foram intubadas, o derradeiro recurso terapêutico que poderia salvá-las.

 

Em relação ao acesso à UTI, é essencial registrar que o Observatório só trabalha com os dados oficiais. Assim, o fato de pessoas falecerem sem acesso à possibilidade de tratamento adequado é igualmente estarrecedor, pois gestores e todos nós sabemos que casos mais complicados de Covid-19 exigem UTI e intubação orotraqueal.


Há ainda uma interrogação sobre a proporção de subnotificações. Várias gestantes e puérperas internadas, teoricamente acometidas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), estão em lista diferenciada de óbitos. São mais de 270 mortes dificílimas de especificar a causa de origem.


De acordo com a dra. Rossana Pulcineli, uma das criadoras do Observatório, docente do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e presidente da SOGESP, isso acende sinal de alerta quanto à baixa testagem:


“Da mesma forma que observamos em gestantes e puérperas, é plausível pensar que também esteja acontecendo em outros grupos de pacientes com Covid-19”, pondera ela.


Entre março de 2020 e 12 de maio de 2021 (quando da mais recente atualização semanal da base de dados SIVEP-Gripe do Ministério da Saúde), foram 11.664 casos de SRAG por Covid com 1099 óbitos - 9,4%.  

 

Sem contar os outros 10.818 de registros da Síndrome com 274 mortes entre gestantes e puérperas, que, na avaliação dos pesquisadores, podem ser também episódios de SARS-Covid-19.

 

O Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr Covid-19) visa a dar visibilidade aos dados desse público específico e oferecer ferramentas para análise e fundamentação de políticas para atenção à saúde de gestantes e puérperas em relação ao novo coronavírus.

 

Além da dra. Rossana Pulcileni, compõem o grupo de criadores. Mantenedores Agatha Rodrigues, docente do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Espírito Santo  (UFES), e Lucas Lacerda, estudante de graduação em Estatística na UFES.

 

Reverter o quadro requer uma estruturação melhor da rede. Então é muito fundamental que, quando uma gestante precise de uma internação, já exista organização sistematizada para que ela saiba qual hospital deve procurar, para onde será transferida etc.


A vacinação é sim um caminho. Lembrando que, neste momento, o Ministério da Saúde prevê imunização apenas de gestantes com comorbidades.

 

“As gestantes e puérperas precisam continuar com todos os cuidados. Usar a máscara, evitar aglomerações. Agora há uma lei que oferece a elas a possibilidade de trabalhar em home office. É indispensável que ela se proteja independentemente de ter sido vacinada ou não”, orienta Rossana.


A vida é mais

 

  

O Brasil segue em grave crise de identidade. Já faz tempo, aliás. Parece que nos dividimos em dois, três ou quatro mundos completamente distintos que olham somente ao próprio umbigo. Assim, prevalece a intolerância; o resultado é o retrocesso coletivo. 


A pandemia nos atordoa, é fato. São milhares os óbitos, em tragédia sem perspectiva de ser estancada. Além das numerosas e irreparáveis perdas, outros milhares de cidadãos têm a vida comprometida: falo dos pós-Covid com sequelas importantes, em especial no campo neurológico. A sociedade está apreensiva, tensa. Equilíbrio é cada vez mais raro.


Daí, temos parte da explicação de ânimos acirrados, posicionamentos extremos e do clima de ódio em redes sociais, em discussões familiares, em grupos de amigos e por aí vai.


As polêmicas não se resolvem de forma natural. O esperado é que elas tragam à tona argumentos para reflexão, para revisão, amadurecimento ou mesmo confirmação de pensamentos. Ocorre que viraram estopim de guerra permanente.


Como médico, defendo o humanismo como remédio para qualquer mal. No dia a dia da assistência, olhar o paciente com atenção, tratá-lo com respeito, chamá-lo pelo nome já é meio caminho andado para recuperação. Ou para elevar a qualidade da existência quando o caso requer ações paliativas.


Na verdade, respeito e boa vontade são excelentes receitas para tudo. Nosso país precisa de doses e mais doses. Nossa sociedade precisa de cuidado, de empatia, de cumplicidade.


Hoje, ouso afirmar que não há outra estrada para o Brasil sair do lamaçal. A vida é muito mais do que pequenas divergências. Valores e princípios são para nos guiar; não para nos armar.


Vejam o exemplo que médicos, profissionais de saúde e muitos outros nos dão agora. Cercados de dificuldades, sem equipamentos de proteção individual, enfrentando insuficiência de medicamentos, de leitos, de insumos, eles resistem com firmeza e paixão. Expõem-se por compromisso com o próximo.


Ok, todos somos livres para expressar opiniões e defender escolhas, porém, calma lá! Só o diálogo nos faz chegar a bom termo e a soluções alvissareiras.

Reforço que agir pautado no humanismo é indispensável, mais do que nunca. Esse é o gesto revolucionário que todos precisamos.


Minha experiência de décadas de cuidados a pacientes e de dedicação a alunos forjou em mim a convicção de que sempre há como superar adversidades. Valhamo-nos de altruísmo. Dias melhores virão.

 

 


 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta: Hipertensos podem ter mais chances de complicações pela forma grave da Covid-19

Em 17 de maio comemoramos Dia Mundial da Hipertensão. Cerca de 35% dos brasileiros são hipertensos e no contexto de pandemia de Covid-19, hipertensos precisam, de maneira ainda mais contundente, manter a pressão arterial controlada.

A identificação e o tratamento precoces dessa doença crônica não transmissível (DCNT), reduzem a mortalidade por causas cardiovasculares. A hipertensão pode estar relacionada a 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 60% dos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM). Hipertensos não controlados, assim como outros cardiopatas e portadores de doenças crônicas têm possibilidade de maiores complicações pela Covid-19.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Celso Amodeo, a infecção pelo novo coronavírus é o tipo de doença da qual não se pode dizer “sempre” e “nunca”, porque o conhecimento acerca dessa doença está constantemente sendo reavaliado, modificando a forma de enfrentamento da doença.

No início da pandemia, muito se falou sobre alguns medicamentos utilizados para controlar a hipertensão que agiriam na mesma via de entrada do Sars-CoV-2 para o interior da célula; posteriormente surgiram outros indícios de que essas classes de medicamentos, na verdade, diminuíam a atividade inflamatória do vírus, portanto seu uso provocava uma melhora satisfatória da Covid-19. Porém, nenhum estudo, de fato, constatou efetivamente essa informação.

“Nossas orientações, sempre, são para que o paciente hipertenso não suspenda o tratamento medicamentoso por causa da Covid-19. O risco da hipertensão no indivíduo com diagnóstico positivo para o novo coronavírus se dá porque a Covid provoca uma intensa reação inflamatória que atinge diferentes territórios vasculares do organismo, vasos esses que já apresentam alterações na sua estrutura e função decorrente da hipertensão arterial não controlada, fazendo com que essa pessoa tenha mais risco de complicações”, explica Amodeo.

A SBC recomenda que o paciente hipertenso não deixe de procurar seu médico para fazer os controles necessários da pressão arterial. A pandemia fez com que muitas pessoas deixassem de ir ao médico por medo de sair à rua, o que aumenta o risco de hipertensão arterial não controlada. É imprescindível que o indivíduo mantenha sua pressão controlada, evitando assim complicações mais graves em caso de Covid-19.

A hipertensão arterial possui prevalência na população adulta brasileira em torno de 35%. Nesses indivíduos, 40% sabe que possui e procuram tratamento, no entanto, 40% dos pacientes que iniciam tratamento não o segue como deveriam.

“Temos um problema muito grande de falta de adesão ao tratamento, por ser uma doença assintomática, o chamado inimigo silencioso, isso acarreta distúrbios, principalmente no aparelho cardiovascular, onde a incidência de infarto e de AVC é muito alta naqueles que não têm pressão controlada”, reitera o presidente da SBC.

Ao reconhecer qualquer um dos sintomas, como alteração do movimento e/ou da sensibilidade em uma parte do corpo; dificuldade de fala ou compreensão; dor de cabeça intensa e súbita; tontura ou alteração no equilíbrio; alteração da visão e/ou dificuldade para enxergar, náusea ou vômito, dificuldade para engolir e/ou perda da consciência (desmaio) – é importante procurar ajuda médica, pois os profissionais de saúde têm um curto espaço de tempo para atuar: a cada minuto, milhões de neurônios podem ser perdidos durante um AVC. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maior é a chance de recuperação.

“Pressão alta, se bem diagnosticada, o tratamento é pra vida toda, e se baseia em medidas não medicamentosas e medicamentosas. A medida não medicamentosa mais importante é diminuir o sal na alimentação, isso significa ingerir menos alimentos processados e industrializados. Cerca de 75% do sal que ingerimos vem desses alimentos. Atividade física regular ajuda e muito a manter a pressão arterial estável. Evitar fumo e álcool também. Algo muito negligenciado é a qualidade do sono: a pessoa que não dorme direito tem mais chance de desenvolver hipertensão”, ressalta Amodeo.

 


SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Piercings na boca: o que cirurgiões-dentistas têm a dizer

Piercings na boca podem fazer mal, mas isso não é bem uma novidade. O que tem mudado é que, aos poucos, as perfurações, moldes ou colagens de joias em lábios, dentes e língua fazem cada vez mais parte da rotina dos consultórios odontológicos. Calma! Os cirurgiões-dentistas não estão se transformando em body piercing - profissionais que realizam a colocação dos adereços. Quem explica mais sobre isso são os integrantes da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). 

“Os piercings podem causar uma série de danos e traumas aos dentes e à mucosa oral. Isso depende da localização, tamanho, forma, aplicação e cuidado. Nosso papel é orientar os pacientes que possuem essas joias a manter um acompanhamento periódico e informá-los sobre os meios para prevenção de doenças causadas pelo uso e manutenção errada da peça”, conta o cirurgião-dentista Wellington Hideaki Yanaguizawa. 

Para os profissionais de Odontologia, a prioridade é sempre a saúde e bem-estar de seus pacientes. Por isso, eles alertam que hábitos deletérios, ou seja, aqueles que prejudicam a saúde, devem ser evitados. Isso inclui tocar o acessório com as mãos sujas ou raspar e prender o piercing contra os dentes ou a gengiva, por exemplo, provocando erosões e desgastes do esmalte dentário, sensibilidades e cavitações dentárias, além de retração nas gengivas, consequências mais comuns em perfurações nos lábios, quando uma parte da joia fica na área interna da boca e a outra na externa.

Existem ainda outros perigos, dependendo da escolha. “Os piercings internos podem ser mais danosos, pois aumentam os riscos de traumas e feridas que servirão como porta de entrada para infecções virais e bacterianas”, alerta a  cirurgiã-dentista Camilla Vieira Esteves ao falar das peças colocadas na língua, úvula e gengiva. Outros efeitos podem ser língua bífida, sensibilidades e mobilidades dentárias, halitose (mau hálito) e lesões inflamatórias crônicas nos tecidos.


E se o piercing for colado? 
A grande questão dos adereços colados, como é feito nos dentes, é a formação do biofilme. A massa de bactérias colonizadoras da cavidade oral pode se instalar ao redor da peça e levar à cavitação do dente por processo carioso. “Se o paciente não tomar os devidos cuidados e realizar a correta higienização, esse acúmulo de placa também pode causar gengivite, uma inflamação que provoca inchaço e sangramento na gengiva, ou até mesmo evoluir para periodontite, que é quando essa inflamação acomete o osso e os ligamentos que estão a redor do dente, sendo capaz de resultar em mobilidades e até a perda dos dentes”, detalha Wellington.


A tendência agora são os grillz
Quem assistiu a um filme de ficção sobre vampiros sabe que as presas podem ser bem realistas. Uma adaptação disso já bem conhecida internacionalmente, principalmente no universo da música, são os grillz, as grades dentárias incrustadas de pedras preciosas. “Chamamos de facetas removíveis, pois elas são adaptadas através de um silicone que se molda ao formato dos dentes. Geralmente, são confeccionadas em ouro, prata ou metal com pedrarias. Por serem feitas de material metálico rígido, o principal problema são as fraturas dentárias com o uso prolongado, disfunções periodontais e infecções oportunistas, como a candidose - um grupo de fungos que pode colonizar a mucosa oral quando não higienizada corretamente. Além disso, se estiver mal adaptado, o acessório pode causar movimentações dentárias, agindo como um aparelho ortodôntico, porém sem planejamento algum”, explica Camilla.

Prata, titânio, aço cirúrgico e outras joias são comumente utilizados nos grillz ou piercings e, mesmo que a maioria deles não cause grandes problemas, alguns pacientes podem desenvolver uma condição chamada Reação Liquenóide de Contato, doença imunomediada em que o organismo apresenta resposta imunológica ao agente alérgeno. Os cirurgiões-dentistas apontam que, “enquanto o fator causador não for retirado, o paciente continuará apresentando lesões avermelhadas acompanhadas por linhas reticulares brancas conhecidas como ‘Estrias de Wickham’ na mucosa que estiver em contato com o material. As lesões podem gerar desconforto, ardência ou dor”, informa Wellington. O ouro é a substância com menos registros desses casos. 

Para estar na moda e com a saúde oral em dia é simples: basta manter os cuidados de higiene bucal e procurar um profissional habilitado para as devidas orientações. 

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Pacientes com apneia obstrutiva do sono podem estar entre os grupos de risco para pior evolução da Covid-19, aponta estudo

Possibilidade de doenças cardiovasculares preexistentes, associada à Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), pode levar ao aumento da taxa de mortalidade, alertam especialistas do Hospital Paulista

 

Mesmo após um ano e meio do surgimento do Coronavírus, ainda são muitas as incertezas com relação à doença. Durante um curto período, novas variantes do vírus surgiram ao redor do mundo, assim como a definição de grupos de risco na população, que aumentaram a preocupação das pessoas e dos profissionais de saúde.

A Covid-19, que inicialmente tinha uma prevalência maior em idosos com idade superior a 60 anos, homens e pessoas com comorbidades, como obesidade e doenças cardiovasculares, agora pode representar um risco também aos pacientes que sofrem de Apneia Obstrutiva do Sono, segundo um estudo da Universidade de Warwick, no Reino Unido.

De acordo com os especialistas Braz Nicodemo Neto e Nilson André Maeda, ambos otorrinolaringologistas e médicos do sono do Hospital Paulista, a probabilidade se dá devido as características citadas na pesquisa serem comuns nos indivíduos que sofrem de apneia do sono.

Dr. Nilson afirma que a pesquisa preocupa, uma vez que a presença de doenças cardiovasculares preexistentes, associadas à apneia obstrutiva do sono, podem levar a uma crescente nas chances de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pela Covid-19.

O especialista também teme o possível aumento da mortalidade, que pode ser causado em decorrência das complicações do vírus.

A Apneia Obstrutiva do Sono é um distúrbio caracterizado pela obstrução intermitente da via aérea no nível da garganta, enquanto o indivíduo dorme. Ela costuma causar altos ruídos – popularmente chamado de ronco – e interrupções na respiração, que duram no mínimo 10 segundos, ocasionadas pelo bloqueio da passagem do ar.

“A diminuição de oxigênio causada pela apneia estimula de forma exagerada o sistema nervoso, elevando o ritmo de batimentos cardíacos e estimulando a contração dos vasos sanguíneos. A longo prazo, isso pode acarretar doenças nas artérias, infartos e até derrames cerebrais”, alerta o Dr. Nicodemo.

Outro ponto que merece atenção em pacientes que sofrem desse distúrbio são as arritmias cardíacas noturnas, presentes em 40% dos pacientes com apneia do sono.



Riscos da AOS durante a pandemia

Apesar de ser considerado um distúrbio grave, a apneia do sono tende a ser negligenciada pela maioria das pessoas. A doença costuma ser confundida com um simples ronco, o que impede que as pessoas procurem um especialista para o diagnóstico.

Os especialistas do Hospital Paulista ainda alertam para a baixa atenção que a patologia tem recebido durante a pandemia, uma vez que pode representar riscos com desfechos negativos, caso esse tipo de paciente contraia a Covid-19.

Os médicos defendem a inclusão de pacientes diagnosticados com esse distúrbio do sono nos grupos de risco para o Coronavírus, para que estas pessoas saibam do perigo adicional que podem correr, encontrando maneiras de reduzir ainda mais sua exposição ao vírus.

Caso perceba algum dos sintomas da doença, é necessário buscar o auxílio de um especialista, que poderá indicar uma polissonografia – exame que estuda o sono – para um diagnóstico e tratamento adequado, caso haja a confirmação da doença. 

“É importante que as pessoas que roncam demais, que possuem um sono fragmentado e não reparador, e que apresentam sonolência diurna, procurem avaliação. As pessoas que convivem com estes indivíduos, como cônjuges e demais familiares, também têm uma função importante de alertar a possível necessidade de médica”, finaliza o Dr. Nilson.


Tratamento

A melhor forma de tratar a Apneia Obstrutiva do Sono é analisando a origem e a intensidade do distúrbio. Pessoas obesas têm uma predisposição maior à doença, porém, indivíduos magros, mulheres e crianças também podem ter apneia obstrutiva, ressaltando que a causa, geralmente, é multifatorial.

Os especialistas explicam que existe uma classificação de gravidade da doença. Dessa forma, cada paciente tem o tratamento indicado de maneira individualizada, de acordo com a sua necessidade, por isso a importância do acompanhamento médico especializado.  

O tratamento pode ser desde controle de peso, exercícios com fonoaudiólogo e aparelhos intraorais, até o uso de ventiladores (CPAP), que facilita a respiração durante o sono, e a cirurgia da via aérea, sendo bastante comum a associação entre eles.  




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

17 de maio - Dia Mundial de Conscientização sobre a Enterocolite Necrosante

O dia 17 de maio é dedicado ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Enterocolite Necrosante, que é a principal causa de quadro agudo intestinal em bebês prematuros logo após o nascimento.  

As causas que levam à enterocolite não são completamente compreendidas, porém acredita-se que exista relação entre a imaturidade intestinal a um intestino com possíveis dificuldades de oxigenação e perfusão sanguínea. Fatores como o momento e o tipo de dieta iniciada também parecem influenciar a ocorrência. Esta é uma doença grave, que pode causar sequelas como estreitamentos (estenoses) intestinais e dificuldades de absorção intestinal. 

Apesar de ser considerada uma doença rara e não ter uma estatística precisa sobre a incidência da doença no Brasil, estima-se que entre 7% e 10% dos bebês nascidos prematuros, e abaixo de 1.500 gramas sejam afetados e desses, cerca de 20% acabam chegando a óbito. 

No Sabará Hospital Infantil, contamos com o Programa Avançado de Tratamento da Insuficiência Intestinal (PATII), um dos únicos em todo o Brasil, liderado pela Dra. Maria Paula Coelho e Dr. Rogério Carballo que atende crianças portadoras sequelas da enterocolite ou outras doenças causadoras de insuficiência intestinal, que dependem de suporte nutricional através da veia, chamado de nutrição parenteral. 

“É importante que todos os pais conheçam essa doença, quanto mais cedo ela for diagnosticada, melhor é a eficácia do tratamento e menor o risco de sequelas graves”, explica a Dra. Maria Paula Coelho.  

Entre os sintomas que os pais devem observar na criança estão: distensão abdominal, sangue nas fezes, febre, vômitos ou alto débito pela sonda nasogástrica, letargia. O diagnóstico pode ser sugerido ou confirmado pelo exame clínico associado a radiografias de abdome, ultrassonografia e exames laboratoriais. O tratamento clínico envolve a interrupção da alimentação, introdução de sonda no estômago para drenagem do conteúdo, hidratação e nutrição pela veia, além de antibióticos para tratar o quadro infeccioso. Em casos mais graves, é necessário realizar uma cirurgia para remover a porção do intestino lesionado. 

“A criança está em desenvolvimento, por esse motivo, não basta pensar que a criança precisa ganhar peso. Ela precisa receber todos os nutrientes necessários para o funcionamento adequado de seu organismo, permitindo não só sua manutenção mas também seu crescimento e desenvolvimento de forma semelhante às outras crianças da mesma faixa etária sem a doença. Por isso, o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar pediátrica, com foco em Reabilitação Intestinal em casos de crianças com Enterocolite é fundamental para planejar um tratamento individualizado e ajustado ao caso de cada paciente”, explica a especialista. 

A Reabilitação Intestinal é o conjunto de cuidados especializados, clínicos e cirúrgicos, com o objetivo de promover adaptação intestinal ao paciente em falência intestinal, reduzindo ou suspendendo a necessidade de suporte nutricional pela veia, resgatando a capacidade intestinal de digerir e absorver os nutrientes necessários. 

Os objetivos do Programa Avançado de Tratamento da Insuficiência Intestinal (PATII) do Sabará Hospital Infantil são reduzir e, quando possível, suspender o uso da nutrição parenteral, prevenir a necessidade de transplante de intestino ou multivisceral, tornando sua indicação precisa apenas para aqueles pacientes sem possibilidades de permanecer em reabilitação intestinal, e prevenir a ocorrência das complicações relacionadas à doença e sua mortalidade.

 


Sabará Hospital Infantil


Médico ortopedista mostra técnica para superar dores no quadril e evitar a artrose

Estima-se que pelo menos 15 milhões de brasileiros sofram de algum tipo de artrose. Dr. David Gusmão explica como está fazendo uma revolução silenciosa na especialidade ortopédica do quadril

 

Uma dor chata, incômoda e que dá trabalho para muita gente. A artrose no quadril é um dos grandes problemas que afetam a população adulta, e em especial, os idosos brasileiros. Até os anos 2000, existia apenas um padrão de tratamento: 90% dos pacientes aguardavam o desgaste total da articulação para posteriormente realizar a artroplastia, ou seja, a cirurgia de prótese de quadril. 

Porém, essa mudança de paradigma começo com a publicação de um estudo seminal, do professor alemão Reinhold Ganz, sobre a alteração no formato dos ossos do quadril. Essa alteração é chamada de Impacto femoroacetabular e é uma das principais causas da osteoartrose. Esse impacto ocasiona um encaixe imperfeito dos ossos, o qual gera atrito entre eles e pode causar danos irreversíveis à cartilagem. 

Foi então que em 2001, o ortopedista especializado em videoartroscopia e cirurgias preservadoras do quadril, Dr. David Gusmão, iniciou um treinamento pioneiro na artroscopia do quadril fazendo pequenos reparos na articulação, e educando seus pacientes no sentido de reduzir movimentos críticos, perder peso e diminuir algumas atividades que causam danos à articulação. 

“O que o estudo do professor Ganz revelava era que algumas pessoas tinham alteração de formato no quadril, sutis e pequenas, e que sofriam desgaste acelerado. Observadas na dimensão apenas do raio-x frontal, não eram percebidas. ele então passou a analisar as alterações em três dimensões, colocando-as em movimento e entendendo como elas levavam ao desgaste do quadril”, explica o médico brasileiro. 

Através do trabalho do professor alemão Reinhold Ganz, a comunidade ortopédica chega a um grau de compreensão maior do problema. “Anteriormente, a maioria das artroses era descrita como idiopática, isto é, surgia espontaneamente, sem que sua origem fosse conhecida. Após os anos 2000, entrou-se na era moderna da preservação do quadril com estudos e técnicas cirúrgicas para a sustentação dessa nova perspectiva”, revela o especialista. 

Agora em 2021, os pacientes podem passar por uma intervenção benéfica que traz uma mudança significativa para suas vidas. “Agora é possível tirar a dor do paciente, aumentar a durabilidade da articulação, e elevar também a amplitude de movimento do quadril, permitindo a pessoa fazer maior esforço físico sem sentir qualquer tipo de incômodo”, destaca Dr. Gusmão. 

Segundo o médico, essa descoberta do Impacto femoroacetabular aliada à videoastroscopia revolucionou a especialidade do quadril. “Apesar disso ter acontecido há mais de 20 anos, isso ainda é muito incipiente no universo da medicina, e por essa razão, muitos cirurgiões ainda não estão capacitados a fazer a artroscopia de quadril”, pondera. 

Por ter iniciado seus estudos e pesquisas muito cedo, Dr. Gusmão tem ministrado aulas e cursos em dezenas de países como Peru, Argentina, Uruguai, Equador, Colômbia, EUA, Chile, e em todo o Brasil, “treinando médicos no sentido de preservar a cartilagem e prolongar a vida útil da articulação, melhorando a qualidade de vida de quem tem alterações no quadril”. 

Hoje tratado como referência nesta área da medicina, Dr. Gusmão reforça o quanto as técnicas atuais podem trazer um conforto para o paciente, além de evitar tantos transtornos e sofrimento. “Temos uma grande oportunidade de mudar o curso da história natural de desgaste da articulação, salvando o quadril de pessoas que talvez precisariam de prótese ou teriam que parar de fazer atividades físicas. Agora, através de um tratamento minimamente invasivo com cirurgias por vídeo, a pessoa consegue manter a sua rotina de movimentos saudável ou sua atividade atlética profissional e possivelmente evitar uma futura prótese de quadril. Tenho pacientes de idades e trajetórias diferentes, mas uma coisa eles têm em comum: o desgaste cessa e suas vidas mudam para melhor após a intervenção”, completa.

 


Divulgação / MF Press Global

 

 

 

SIMPLIFICA JÁ desmistifica o IBS

 Alberto Macedo, um dos técnicos responsáveis pela Proposta SIMPLIFICA JÁ para Reforma Tributária, desmitifica as supostas qualidades das reformas de IBS e defende a simplificação proposta pela Emenda Substitutiva Global no 144 à PEC no 110 que tramita, hoje, no Congresso Nacional


O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) (o mesmo que imposto sobre valor adicionado – IVA) que foi proposto nas PEC 45 e 110, surgiu como uma proposta de substituir cinco tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS)  no caso da PEC 45, ou nove tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS, IOF, CSLL, Salário-Educação e CIDE-Combustíveis) no caso da PEC 110. Para quem não está familiarizado com as propostas vigentes, pode parecer uma boa ideia.

Entretanto, para os técnicos criadores da proposta SIMPLIFICA JÁ, as reformas que levam em conta a unificação com o IBS só perpetuam a complexidade atual da tributação brasileira, uma das mais complicadas do mundo. Alberto Macedo, Doutor em Direito Econômico, Financeiro e Tributário pela USP, Consultor Técnico da ANAFISCO e Professor do Insper, integrante do comitê de criação da proposta SIMPLIFICA JÁ, ajuda a entender porque o IBS não é a melhor opção:


Mito - O sistema tributário é um caos por causa da separação da tributação do consumo em vários tributos dos 3 entes federativos (União, Estados e Municípios)

Isto não é verdade. Lembremos que, segundo os industriais, em pesquisa da CNI realizada em 2019, o ICMS é, para 42% dos respondentes, o tributo que mais atrapalha a competitividade no Brasil. Além disso, a PIS COFINS não cumulativa, com a questão do conceito de insumo, é o segundo pior tributo (a rigor, são dois tributos idênticos, por isso pronunciados em conjunto), segundo a mesma pesquisa, para 16% dos respondentes. Em sexto lugar, depois das contribuições previdenciárias (16%), IRPJ/CSLL (7%) e IPI (5%), aparece o ISS, com 1%. Conclui-se que a separação dos tributos entre os entes não é o que traz os problemas para o sistema tributário, e sim os problemas específicos dos tributos per si. A junção desses tributos num IBS amplo traria novos e potencializados problemas, não só por ser um tributo intrinsecamente complexo (por ser não cumulativo, e ainda incluindo serviços), mas também pelo compartilhamento de sua competência tributária, o que acarretará complexidades extras.


Mito - O IVA, porque utilizado em mais de 160 países, é a solução para a retomada do crescimento econômico do Brasil

Os países ricos que utilizam IVA não são ricos porque utilizam IVA. Os EUA, país rico, continental e federação, por exemplo, não tem IVA. Utilizar IVA não é sinônimo de crescimento econômico. E no Brasil, porque teria que ser compartilhado entre os três entes da federação, traria mais problemas que soluções. O IVA amplo é um tributo que não tem vocação para ser implantado com facilidade em federações, sendo tributo típico para Estados de administração unitária.


Mito - O ICMS, assim como o ISS, é um imposto anacrônico, tendo que ser substituído pelo IVA, que é moderno.

O ICMS é um IVA, então não é anacrônico. Apenas a tributação de bens e serviços foi separada no Brasil, tributando o ICMS as mercadorias  e os serviços de transporte intermunicipal e de comunicação, e energia elétrica; e o ISS os demais serviços (exceto os serviços financeiros, tributados pelo IOF). E os problemas de ICMS que têm que ser corrigidos seriam ainda piores em um eventual IVA amplo (juntando-se outros tributos) por agregar os demais serviços, trazendo maior complexidade de controle (por serem bens imateriais, não sujeitos a estoque).


Mito - Na economia digital, está cada vez mais difícil saber a separação do que é mercadoria e do que é serviço. Por isso a necessidade de juntar ICMS e ISS.

Assim como em qualquer outra zona fronteiriça, que sempre ocorre no direito, os conflitos entre ICMS e ISS são pontuais. No mercado de computação em nuvem, com IaaS (Infrastructure as a Service), PaaS (Plataform as a Service) e SaaS (Software as a Service), os dois primeiros são sujeitos ao ISS, sem discussão, e quanto o terceiro (SaaS), a tentativa de os Estados avançarem na base serviços com a conceituação criativa de software como mercadoria digital foi rechaçada no STF recentemente, ratificando este a incidência de ISS sobre licenciamento de software e, por conseguinte, sobre SaaS. Outro exemplo da economia digital, marketplace, que responde por 61% desse mercado, não apresenta discussão sobre incidência do ISS (que tributa o valor da intermediação) e do ICMS (que tributa as mercadorias vendidas neste mercado).


Mito - A economia de mercadorias está caindo, e a de serviços está subindo. Por isso a necessidade de serem revistas as competências tributárias entre Estados e Municípios, em favor dos Estados.

Não procede essa informação. O comércio de bens cresce, só não cresce tanto quanto o comércio de serviços. O ICMS teve, de 2005 a 2018, 57% de crescimento real, o que corrobora o afirmado. Entre a cesta de bens tributados pelo ICMS está a energia elétrica, que responde por aproximadamente 16% da arrecadação do ICMS, e por óbvio, com o crescimento da economia, a demanda só tende a crescer. O mesmo acontece com os serviços de comunicação, que são, além da internet, a base para a economia digital, e já respondem por mais de 8% da arrecadação do ICMS. . As mercadorias, principal base tributada pelo ICMS, representam, incluso combustíveis, aproximadamente 73% da arrecadação.


Mito – A cumulatividade do ISS está emperrando o crescimento das exportações dos produtos industrializados.

O ISS é um imposto que, apesar de ser cumulativo, tem alíquota máxima baixa e simplicidade de apuração. Por isso, quando os industriais foram perguntados, em pesquisa da CNI em 2019, qual tributo que causa impacto mais negativo sobre a competitividade, apenas 1% respondeu o ISS; enquanto 42% respondeu ICMS, com sua alíquota elevada e limitações ao creditamento. Ou seja, ainda que o ISS dos serviços tomados pela indústria não possa ser usado como crédito, não se apresenta como problema para a atividade industrial.


Mito - O imposto não cumulativo é de simples apuração e controle.

Há um verdadeiro trade-off (relação custo-benefício) entre um tributo não cumulativo de alíquota elevada e complexidade de apuração, e um tributo cumulativo de alíquota máxima baixa e simplicidade de apuração. A resposta sobre qual será o melhor tributo vai depender da alíquota máxima do tributo cumulativo. Não é à toa que 93% das empresas do país estão no regime cumulativo da PIS COFINS, e nem por isso reclamam, querendo migrar para o regime não cumulativo. Simples assim: elas preferem a simplicidade de apuração da PIS COFINS cumulativa à neutralidade do IBS não cumulativo, ou mesmo de uma CBS (contribuição sobre bens e serviços) não cumulativa, como pretende o Governo Federal.


Mito - O IBS vai fazer a arrecadação da maioria dos Municípios aumentar.

Não é verdade. Comparando-se o IBS com ISS do SIMPLIFICA JÁ, a arrecadação do ISS, nos próximos 15 anos, será superior à do IBS, para os Municípios, em R$ 206 bilhões, o que decorre da boa administração do ISS, o qual, com o SIMPLIFICA JÁ, será melhor distribuído entre todos os Municípios.


Mito - O IBS preserva a autonomia dos Municípios

Na PEC 110, o IBS de pronto fere cláusula pétrea (art. 60, § 4º, da Constituição), pois sequer permite aos Municípios definir a sua alíquota de IBS. Mas mesmo na PEC 45 a mesma cláusula pétrea também é ferida porque a criação de um comitê gestor juntando os três entes federativos (União, Estados e Municípios), num IBS que agregaria vários tributos, faria os Municípios serem subrepresentados, assim como os Estados, concentrando-se mais ainda poder nas mãos da União.

Quer saber mais sobre o SIMPLIFICA JÁ? Então, entre aqui e confira os vídeos explicativos: AQUI.

 


Simplifica Já

www.simplificaja.org.br/


Em 5 anos divórcios aumenta 75% no Brasil

 Photo by bantersnaps on Unsplash
Espiritualista Maicon Paiva dá dicas para casais não entrarem para as estatísticas


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos e, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. Segundo o Colégio Notarial do Brasil, em outubro de 2020, o aumento foi de 54%.

O isolamento social e a crise econômica foram fatores determinantes para este aumento. Em terceiro lugar também aparecem divergências relacionadas a política que fizeram muitos casais se separarem. Além destes fatores, o procedimento de divórcio e inventário eletrônico estão digitalizados, facilitando todo o processo de pessoas que já estavam separadas e decidiram oficializar.

Para o espiritualista Maicon Paiva, que desde 2002 dá apoio espiritual através do Espaço Recomeçar, "Já realizamos mais de 35 mil atendimentos ao longo destes anos, porém, vimos um aumento exponencial de pessoas que desejam fazer amarração amorosa. Para permanecer nestes relacionamentos e nosso trabalho aqui no Espaço Recomeçar, é trazer o amor próprio e o autoconhecimento. Muitos casais já vinham desgastados por muito tempo e outros, precisaram se redescobrir para decidirem se ficam juntos ou não", afirma.

Pensando nestas relações, Maicon Paiva elaborou 5 dicas para casais que se encontram com problemas.

 

• Converse

Toda a relação precisa de diálogo, o isolamento social trouxe casais que passavam 2 horas por dia juntos e que tinham rotinas independentes, para o mesmo teto o tempo todo. E, praticamente muitas pessoas se tornam estranhas, criar o hábito de conversar, de contar o dia, de contar sonhos e perspectivas é fundamental para um relacionamento duradouro

 

• Mude a rotina

A rotina de trabalhar, cuidar dos filhos, ir às compras e não saber o que será amanhã, tem nos deixado cansados. Mudar a perspectiva e as rotinas é essencial! Ver um filme juntos, um jantar romântico, um jogo em conjunto. Sem os filhos, há quanto tempo vocês dois não se curtem como namorados? O que te fez apaixonar-se por aquela pessoa? Assim como no início do relacionamento, ambos devem se empenhar para que dê certo

 

• Busque o seu autoconhecimento

Quanto mais nos autoconhecermos, mais identificamos nossas ações e nossos objetivos. Às vezes um casal está há tanto tempo junto mas hoje se encontram com objetivos de vidas totalmente diferentes, e colocamos nossas expectativas em cima do outro. Se auto conhecer e dizer o que quer, estabelecendo um ponto de partida como casal ou separados.

 

• Faça uma limpeza espiritual em conjunto

Buscar ajuda é fundamental. Aqui no Espaço Recomeçar fazemos uma série de ritos em conjunto com a limpeza espiritual. Além de afastar inveja, traições e qualquer coisa no campo astral que seja negativo. Incentivamos também práticas para a prosperidade como casal, ritos de amor próprio através da leitura de cartas e dos búzios.

 

• Estabeleça metas como casal

Casais precisam estar na mesma página e ajustarem seus objetivos, para que as páginas sejam viradas em conjunto. O segredo de todo casal que vive juntos por anos, é a leveza, em acordarem juntos os próximos passos. Ter os mesmos objetivos, a mesma visão de futuro e o mesmo empenho para seguirem juntos trará com certeza, o fortalecimento da relação.

 

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