Professora de Medicina da UVA explica a frequência de infecções neste período mais frio, alerta para a importância da vacinação e cuidados ao contrair gripes ou resfriados
Com a chegada das temperaturas mais baixas, os casos de gripes, resfriados,
alergias e outras doenças respiratórias aumentam significativamente. A Dra.
Raquel Noboa, pneumologista e professora do curso de Medicina da Universidade
Veiga de Almeida (UVA), explica que, além do frio e do tempo seco, a maior
permanência em ambientes fechados, com pouca ventilação e aglomeração de
pessoas, é o principal fator que favorece a propagação dos vírus respiratórios.
“Muita
gente acha que há mais vírus circulando neste período do ano, mas o que ocorre
é o favorecimento da propagação dos vírus respiratórios, principalmente porque
as pessoas ficam mais aglomeradas em lugares fechados por conta do frio. Além
disso, a poeira acumulada em cobertores e roupas guardadas também pode piorar a
saúde respiratória”, destaca.
Além
disso, a professora da UVA adverte que um quadro viral não tratado pode evoluir
para infecção bacteriana. “Quando temos uma infecção viral, a imunidade cai.
Com isso, as chances de contrairmos uma infecção bacteriana aumentam
significativamente”, completa.
E a imunidade?
Segundo
a médica, não existe fórmula mágica para aumentar a imunidade. Ela recomenda:
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Alimentação equilibrada
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Exercícios regulares
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Sono adequado
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Vacinação em dia
Segundo
a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, até o início de maio, foram
registrados 14 óbitos e 156 internações por influenza na região. A especialista
ressalta que a vacina contra a gripe não impede totalmente a infecção, mas
reduz de forma significativa o risco de evoluir para sintomas graves.
“A
vacinação sempre foi e continuará sendo a forma mais eficaz de prevenção. Por
isso é importante que todos se vacinem, especialmente idosos e crianças
pequenas, que são mais vulneráveis”, diz.
Já está gripado? Veja o que fazer
A
pneumologista orienta que tosse persistente, febre constante e dificuldade para
respirar por mais de três dias são sinais de alerta, especialmente em pessoas
com asma, bronquite, rinite ou hipertensão. Nesses casos, procurar atendimento
médico é fundamental. Além disso, ela dá algumas recomendações:
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Usar máscara em locais públicos
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Evitar ambientes fechados com ar-condicionado
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Lavar bem as mãos com água e sabão
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Evitar tocar olhos, nariz e boca
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Tossir ou espirrar no cotovelo
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Manter-se hidratado
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Dormir com a cabeceira elevada e usar roupas e cobertores limpos
“A
automedicação, mesmo que de polivitamínicos, pode ser perigosa, e o diagnóstico
médico é imprescindível para um tratamento seguro”, conclui a professora da
UVA.