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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Doenças de inverno: por que aumentam e como se proteger com eficácia

 


Professora de Medicina da UVA explica a frequência de infecções neste período mais frio, alerta para a importância da vacinação e cuidados ao contrair gripes ou resfriados 


Com a chegada das temperaturas mais baixas, os casos de gripes, resfriados, alergias e outras doenças respiratórias aumentam significativamente. A Dra. Raquel Noboa, pneumologista e professora do curso de Medicina da Universidade Veiga de Almeida (UVA), explica que, além do frio e do tempo seco, a maior permanência em ambientes fechados, com pouca ventilação e aglomeração de pessoas, é o principal fator que favorece a propagação dos vírus respiratórios. 

“Muita gente acha que há mais vírus circulando neste período do ano, mas o que ocorre é o favorecimento da propagação dos vírus respiratórios, principalmente porque as pessoas ficam mais aglomeradas em lugares fechados por conta do frio. Além disso, a poeira acumulada em cobertores e roupas guardadas também pode piorar a saúde respiratória”, destaca. 

Além disso, a professora da UVA adverte que um quadro viral não tratado pode evoluir para infecção bacteriana. “Quando temos uma infecção viral, a imunidade cai. Com isso, as chances de contrairmos uma infecção bacteriana aumentam significativamente”, completa.
 

E a imunidade? 

Segundo a médica, não existe fórmula mágica para aumentar a imunidade. Ela recomenda:

- Alimentação equilibrada

- Exercícios regulares

- Sono adequado

- Vacinação em dia

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, até o início de maio, foram registrados 14 óbitos e 156 internações por influenza na região. A especialista ressalta que a vacina contra a gripe não impede totalmente a infecção, mas reduz de forma significativa o risco de evoluir para sintomas graves.

“A vacinação sempre foi e continuará sendo a forma mais eficaz de prevenção. Por isso é importante que todos se vacinem, especialmente idosos e crianças pequenas, que são mais vulneráveis”, diz.
 

Já está gripado? Veja o que fazer

A pneumologista orienta que tosse persistente, febre constante e dificuldade para respirar por mais de três dias são sinais de alerta, especialmente em pessoas com asma, bronquite, rinite ou hipertensão. Nesses casos, procurar atendimento médico é fundamental. Além disso, ela dá algumas recomendações: 

- Usar máscara em locais públicos

- Evitar ambientes fechados com ar-condicionado

- Lavar bem as mãos com água e sabão

- Evitar tocar olhos, nariz e boca

- Tossir ou espirrar no cotovelo

- Manter-se hidratado

- Dormir com a cabeceira elevada e usar roupas e cobertores limpos
 

“A automedicação, mesmo que de polivitamínicos, pode ser perigosa, e o diagnóstico médico é imprescindível para um tratamento seguro”, conclui a professora da UVA.


Sono nas férias: descanso merecido ou risco à saúde?

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Neurologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), alerta que desregular o sono nas férias pode afetar a saúde física, mental e o retorno à rotina

 

 

Cansaço constante, sonolência excessiva, dificuldade de concentração, irritabilidade, dor de cabeça e a sensação de não ter descansado, mesmo após várias horas na cama, são sinais típicos de uma noite mal dormida. Durante as férias, mudanças na rotina de sono são comuns: segundo um levantamento da Royal Philips, 63% das pessoas alteram significativamente seus horários de sono nesse período, e mais da metade relatam cansaço na volta à rotina. 

Uma única noite mal dormida já pode reduzir a atenção, a concentração e a capacidade de tomada de decisão. Além disso, a privação de sono, mesmo leve, pode aumentar em até 60% os níveis de irritabilidade e estresse, prejudicando as relações pessoais, alerta a Associação Americana de Psicologia. 

Embora as férias sejam, em tese, um momento para relaxar e recarregar as energias, o neurologista Felipe Franco da Graça, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), chama a atenção para os riscos de uma rotina desregulada de sono. “Cada hora a menos de sono pode reduzir atenção, memória e controle emocional. Ainda não compreendemos totalmente todas as funções do sono, mas sabemos que a sua privação tem efeitos sérios: pode agravar doenças crônicas e aumentar o risco de problemas como AVC e infarto”, afirma. 

Segundo o especialista, o recesso pode ser uma boa oportunidade para recuperar o sono atrasado, mas exageros também fazem mal. “Dormir muito, acima de oito ou nove horas por dia com frequência, pode ser tão prejudicial quanto dormir pouco. Os dois extremos desregulam o ritmo circadiano e dificultam a retomada da rotina”, explica. 

Outro problema comum nas férias é a alteração brusca nos horários de dormir e acordar, com atrasos de duas horas ou mais, o que provoca um descompasso entre o relógio biológico e o ambiente externo. Pesquisas indicam que isso impacta negativamente o metabolismo, o humor e até a saúde cardiovascular. 

O neurologista também destaca os riscos entre os mais jovens. Entre adolescentes, o sono irregular nas férias pode dificultar o ajuste cognitivo e emocional na volta às aulas”, alerta. O uso excessivo de telas é um dos principais vilões desse cenário. “A exposição prolongada a celulares, tablets e televisão reduz a produção de melatonina, o hormônio que sinaliza o corpo para dormir. O ideal é evitar esses dispositivos de duas a três horas antes de dormir e incentivar atividades mais tranquilas, como leitura”, recomenda. 

Para garantir um descanso de qualidade, o especialista orienta: manter horários regulares para dormir e acordar, com variações pequenas; evitar bebidas estimulantes no fim da tarde e à noite; reduzir o uso de telas antes de dormir; praticar atividade física regularmente, mas evitar exercícios intensos à noite; nos últimos dias de férias, retomar gradualmente os horários habituais de sono; “Férias devem ser um tempo de recuperação, mas isso só acontece se o sono for respeitado como parte essencial da saúde”, finaliza o neurologista. 

 

Vera Cruz Hospital

 

Climatério requer atenção redobrada: por que médicos precisam ouvir mais as mulheres nessa fase da vida?

 

Entenda como essa fase de transição hormonal pode afetar a qualidade de vida feminina e a importância do cuidado atento e humanizado dos ginecologistas
 

 Muitas mulheres dizem que não se reconhecem mais. Outras se percebem mais irritadas, com o emocional à flor da pele, não conseguem dormir direito e sentem calor intenso, mesmo com o ar-condicionado ligado. Há ainda relatos de perda da vontade de sair de casa, de se relacionar ou até de manter cuidados básicos. Essas queixas são reais, frequentes e precisam ser levadas a sério. O que muitas mulheres vivem, mas nem sempre sabem nomear, é o climatério — uma fase que antecede a menopausa, marcada pela queda gradual da produção hormonal, especialmente do estrogênio. 

De acordo com o ginecologista e Diretor Médico da Exeltis Dr. Ricardo Bruno, esse período é uma transição natural, mas que pode trazer sintomas físicos e emocionais intensos. “Essa queda hormonal compromete a qualidade de vida com sinais muitas vezes difíceis de lidar e que não devem ser ignorados. Por isso, os ginecologistas precisam escutar com mais atenção e acolhimento. O cuidado começa pela escuta”, reforça. 

O climatério, também conhecido como transição menopausal, é o período em que a mulher passa da fase reprodutiva, quando os ovários funcionam normalmente e produzem hormônios como o estrogênio — para um momento em que essa produção hormonal diminui progressivamente. “Hoje, a atenção dos médicos não se concentra apenas na menopausa, que é o momento em que a mulher deixa de menstruar, mas especialmente no climatério, pois os sintomas e alterações já começam a aparecer e impactam significativamente a qualidade de vida”, afirma Bruno. 

Durante essa fase, a redução dos níveis de estrogênio provoca sintomas clássicos, como os calores intensos, (os chamados fogachos), insônia, irritabilidade, ansiedade e alterações de humor. Além disso, podem surgir queda do desejo sexual, dificuldades no relacionamento, isolamento social, além de questões estéticas como queda de cabelo, unhas fracas e pele ressecada. São várias as manifestações que, somadas, podem prejudicar profundamente o bem-estar da mulher. 

“Por isso, é fundamental que os ginecologistas escutem com atenção cada queixa, mesmo aquelas que parecem menores ou são silenciosas, como a alteração do humor, que pode ser confundida com nervosismo, ou a insônia, que muitas vezes passa despercebida nas consultas. Muitos médicos esquecem de perguntar sobre o sono, e isso afeta diretamente o dia a dia da paciente. O aspecto sexual também merece investigação detalhada, já que falta de desejo, dor ou desconforto podem ser sintomas negligenciados”, alerta o Dr. Ricardo Bruno. 

Segundo o ginecologista, a qualidade de vida da mulher nessa fase pode ser profundamente afetada por essas mudanças. Ela pode se sentir cansada, irritada, com autoestima baixa, até mesmo apresentar sintomas depressivos. Muitas vezes, nem ela mesma reconhece esses sinais, mas a família percebe. Por isso, o papel do ginecologista é essencial para identificar e tratar essas questões. 

O cuidado deve ser integral e humanizado. “É fundamental avaliar o conjunto dos sintomas físicos, emocionais e sociais, considerando fatores como saúde da pele, cabelo, estado emocional, sono e vida sexual. Muitas vezes, é necessária uma abordagem multiprofissional, envolvendo psicólogos, dermatologistas, nutricionistas e preparadores físicos para dar o suporte adequado”, ressalta o diretor médico da Exeltis. 

O ginecologista deve assumir um papel de escuta e acolhimento. “Mais do que médicos, devemos ser ouvintes atentos, acolhendo com paciência, carinho e esclarecendo dúvidas. Explicar que o climatério é um processo fisiológico natural, mas que existem tratamentos e maneiras de melhorar a qualidade de vida. O ginecologista deve ser o líder desse cuidado integrado”, pontua. 

Exames são fundamentais, mas o autoconhecimento também é. Perceber mudanças no corpo, nas emoções, na energia ou no relacionamento com as pessoas é o primeiro passo para buscar apoio. O segundo passo? Conversar abertamente com o ginecologista de confiança.
 

Como a Exeltis contribui para apoiar ginecologistas e mulheres no cuidado durante o climatério?
 

A Exeltis, como laboratório de pesquisa, investe em ciência e oferece produtos diferenciados e com ampla base científica, o laboratório promove educação médica continuada, trazendo os melhores especialistas para debater avanços, segurança na prescrição e novas abordagens que ampliam o cuidado com as mulheres. 

O laboratório também valoriza o contato com relatos reais das pacientes, ajudando a sensibilizar os ginecologistas para a importância do acolhimento e do cuidado humanizado. A Exeltis atua com o que sabe fazer de melhor: ciência aliada à atenção e a educação médica, garantindo que estejam cada vez mais aptos para melhorar a qualidade de vida das mulheres nessa fase tão importante.

                                                                  

Como a acupuntura pode aliviar as dores no inverno

A técnica milenar chinesa é uma opção não medicamentosa para tratar as dores que se intensificam nesta estação

 

Com a chegada do inverno e a queda das temperaturas, é comum ouvir relatos de pessoas sentindo mais dores, especialmente nas articulações. Mas será que o frio realmente tem esse efeito sobre o corpo? A resposta é sim. Durante os dias mais gelados, o organismo enfrenta diversas alterações que favorecem o surgimento ou o agravamento de dores, principalmente em quem já convive com quadros crônicos.

O frio faz com que as pessoas fiquem mais encolhidas, reduzindo naturalmente o nível de movimento do corpo. Essa diminuição da mobilidade contribui para uma maior rigidez articular e, consequentemente, mais dor.

Segundo o ortopedista e médico acupunturista, vice-presidente do CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura), Dr. André Tsai, o corpo humano precisa manter uma temperatura interna entre 36°C e 37°C para o seu melhor funcionamento, o que se torna desafiador quando os termômetros indicam valores ambientais baixos. Para preservar o calor, os músculos se contraem de forma involuntária, o que prejudica a circulação sanguínea entre tecidos, pele e articulações. Esse quadro pode provocar espasmos, dores e sensação de peso, semelhante ao desconforto que sentimos ao segurar algo leve por muito tempo.

Além disso, o metabolismo do organismo é afetado dificultando o trabalho de nosso sistema imunológico para combater as inflamações crônicas que encontramos, por exemplo, nas osteoartrites de joelhos e mãos, o que contribui ainda mais para a rigidez e desconforto das articulações. Músculos frios também se tornam menos flexíveis, o que aumenta o risco de lesões.

Nesse contexto, a acupuntura surge como uma importante aliada no alívio dessas dores. “A técnica atua por meio da estimulação de pontos específicos do corpo, ativando a rede neural periférica e promovendo respostas no sistema nervoso central. Isso resulta na liberação de substâncias com efeito analgésico e anti-inflamatório, capazes de aliviar a dor e melhorar a mobilidade”, explica o acupunturista.

Outro benefício importante da acupuntura é a possibilidade de reduzir o uso de medicamentos. Em tratamentos prolongados, isso significa menos riscos de efeitos colaterais indesejados e mais qualidade de vida para o paciente. Assim, incluir a acupuntura como parte do cuidado com a saúde durante o inverno pode ser uma maneira eficaz e natural de enfrentar essa estação com mais bem-estar.

Dentro do arsenal da Acupuntura temos a Moxabustão que é uma erva que quando queimada próxima ao ponto de acupuntura (com ou sem a agulha) fornece calor que acaba sendo mais um estímulo às terminações nervosas.

Para encerrar, podemos utilizar de vários conceitos da Medicina Chinesa, de onde veio a Acupuntura para promover um autocuidado e prevenir essas dores: mantenha o corpo aquecido com alimentos bem cozidos e quentes, carregados de raízes como gengibre e cúrcuma que são anti-inflamatórios naturais, e também usar vestimentas adequadas.


Compulsão por doces no inverno — como a medicina natural pode ajudar a controlar

 

Fitoterápicos, compostos como cromo, L-glutamina, garcínia, magnésio e hábitos simples podem reequilibrar o corpo e reduzir o desejo por açúcar nos dias frios

 

Nos dias mais frios é comum sentir mais fome — especialmente por alimentos doces. O que muitos não sabem é que essa vontade intensa por açúcar tem causas fisiológicas, emocionais e até hormonais, e pode ser tratada com o apoio da medicina natural e integrativa. 

De acordo com o farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista, a queda da temperatura e da luminosidade faz com que o corpo busque mais calorias e estímulos de prazer, favorecendo o aumento da ingestão de doces e carboidratos simples, o que pode levar a picos de glicemia, compulsão alimentar, queda de energia e até tristeza cíclica. 

“A medicina natural oferece alternativas eficazes e seguras para modular esse apetite por doces, sem recorrer a dietas restritivas ou soluções radicais”, explica o farmacêutico naturopata. Segundo Jamar, compostos como cromo, gymnema sylvestre, L-glutamina, garcínia cambogia e magnésio ajudam a equilibrar os níveis de glicose no sangue, promovendo saciedade e reduzindo o impulso por açúcar.

 

Os aliados naturais contra o desejo por doces: 

📍 Cromo (picolinato de cromo) – mineral essencial para o metabolismo da glicose. Melhora a sensibilidade à insulina e ajuda a reduzir a compulsão por doces, principalmente após as refeições. 

📍 Gymnema sylvestre – planta indiana usada na medicina ayurvédica e conhecida como “destruidora de açúcar”. Seus principais compostos, como o ácido gimnêmico, bloqueiam receptores do sabor doce na língua e reduzem a absorção de glicose no intestino, o que auxilia tanto no controle do paladar quanto na regulação da glicemia. 

📍 L-glutamina – aminoácido que age no intestino e no cérebro. Favorece a integridade da mucosa intestinal, regula o eixo intestino-cérebro e reduz o desejo por açúcar, especialmente em períodos de estresse ou após jejum prolongado.

 

📍 Garcinia cambogia – planta tropical cujos frutos contêm o ácido hidroxicítrico (HCA), substância que inibe a enzima responsável pelo armazenamento de gordura e modula a produção de serotonina, promovendo sensação de saciedade e ajudando a controlar a compulsão por doces. 

📍 Magnésio – mineral fundamental para a produção de neurotransmissores como a serotonina. Baixos níveis de magnésio estão associados à maior irritabilidade e desejo por doces. Formas como o magnésio quelado ou l-treonato apresentam boa absorção e efeito positivo sobre o humor e o apetite. 

📍 Fitoterápicos coadjuvantes – como a canela, o chá verde e a berberina atuam na melhora da sensibilidade à insulina, regulação glicêmica e no metabolismo energético, contribuindo para um maior controle do apetite.


Por que o desejo aumenta no frio?

No inverno, o corpo precisa de mais energia para manter a temperatura interna. Além disso, a menor exposição à luz solar reduz a produção de serotonina — o que intensifica a busca por alimentos que tragam prazer imediato. 

“O doce, além de calórico, ativa rapidamente os centros de recompensa do cérebro. Por isso, ele se torna tão desejado nos dias frios e cinzentos”, finaliza o especialista.





Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008
www.tejardiando.com.br
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Segundo a OMS, cerca de 600 milhões de pessoas adoecem por problemas digestivos a cada ano, resultando em aproximadamente 420 mil mortes anuais

 

Só no Brasil as internações por Doenças Inflamatórias Intestinais (Crohn, retocolite) tiveram um aumento de 61% nos últimos 10 anos, passando de 14.800 para 23.800 registros — e o câncer colorretal trazem à tona a importância do histórico familiar. Pacientes com DII têm de 2 a 6 vezes mais chance de desenvolver câncer colorretal do que a população geral. Além disso, a retocolite aparece em famílias com até 4 vezes mais frequência entre parentes de primeiro grau.

O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa explica que entre 5% e 20% dos casos de câncer colorretal em adultos jovens são causados por uma condição genética” como síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar (FAP). No caso da síndrome de Lynch, esse risco pode chegar a 50–70% ao longo da vida, com diagnóstico médio aos 40 anos.
 

Câncer colorretal em jovens: emergência silenciosa

Organizações internacionais como OMS e a American Cancer Society relatam que os casos de câncer colorretal em indivíduos abaixo de 50 anos estão crescendo rapidamente, impulsionados por fatores genéticos, inflamações intestinais crônicas, dieta e sedentarismo. Além disso, estudos apontam que um terço dos pacientes com menos de 35 anos têm síndromes hereditárias — valor muito acima da média populacional.
 

Fatores de risco em alta 

O médico explica que o Atlas Mundial da Obesidade estimou que, em 2025, 31% da população adulta global está obesa, impulsionando doenças como refluxo, doença hepática gordurosa, pancreatite e câncer digestivo. Além disso, o sedentarismo e dieta ultraprocessada com mais calorias, menos fibras são um ambiente propício para disfunções intestinais e inflamatórias. “Ainda é preciso levar em conta o estresse crônico e má qualidade do sono que afetam o eixo intestino–cérebro, intensificando sintomas como gases, dor abdominal e alterações no trânsito intestinal”, pontua. 

“Por isso a importância do rastreio precoce já que é essencial avaliar histórico familiar com câncer ou pólipos, iniciar colonoscopias precoces antes dos 50 anos, e em caso de risco, realizar testes genéticos quando houver suspeita de síndromes hereditárias”, alerta o médico que completa: “Rastrear antecedentes familiares e identificar predisposições genéticas permite intervenções precoces, melhor prognóstico e evitar tratamentos tardios e invasivos”, finaliza Dr. Rodrigo.

 

Dr Rodrigo Barbosa -Cirurgião Digestivo sub-especializado em Cirurgia Bariátrica e Coloproctologia do corpo clínico dos hospitais Sírio Libanês e Nove de Julho.  CEO do Instituto Medicina em Foco e coordenador do Canal ‘Medicina em Foco’ no Youtube Link


Alergia e intolerância alimentares são bem diferentes

Gastroenterologista do Seconci-SP explica como as duas condições afetam o organismo

 

Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo sofrem com alergia a algum tipo de alimento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). As mais comuns são em relação ao leite, ovos, amendoim, nozes, trigo, soja e frutos do mar. 

Embora muitas vezes confundidas, intolerância e alergia alimentares não são a mesma coisa e os sintomas também são diferentes. É o que diz Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). 

“A alergia é uma reação do sistema imunológico, que pode desencadear sintomas imediatos e graves. A intolerância é uma resposta do sistema digestivo, geralmente relacionada à dificuldade em processar certos componentes, como lactose, glúten ou frutose”, explica. 

De acordo com o médico, as alergias costumam causar reações na pele, coceiras e até anafilaxia, tema da Semana Mundial de Alergia 2025, mesmo com o mínimo contato com o alérgeno. Já a intolerância aos alimentos pode provocar dor abdominal, gases e enjoos. A intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a quantidade do alimento ingerido. 

É importante realizar exames para confirmar a existência de alergias ou intolerância alimentar, já que não existe medicamento específico de prevenção. A melhor conduta é estar atento aos rótulos dos produtos industrializados, além de evitar comidas responsáveis pela alergia.

 

Semana Mundial da Alergia

Todos os anos, a Organização Mundial da Alergia seleciona um tópico sobre a doença. Em 2025, o tema da Semana Mundial da Alergia (de 29 de junho a 5 de julho) é anafilaxia. 

A anafilaxia é uma reação alérgica aguda como inchaço, dificuldade para respirar e queda da pressão arterial. Em pessoas alérgicas, essa reação pode ser causada por alimentos, medicamentos e até mesmo picada de insetos.

 

ANS avalia incorporação de técnica de radioterapia avançada para câncer no canal anal

Consulta Pública sobre a técnica IMRT está aberta até 1º de julho e permite contribuições para ampliar acesso a tratamento

 

Uma Consulta Pública foi aberta para avaliar a possível incorporação da técnica de Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) para o tratamento de tumores no canal anal, no rol de procedimentos da ANS. Caso a consulta seja favorável a incorporação, os planos de saúde passam a cobrir o tratamento para essa nova indicação, beneficiando os pacientes oncológicos.

Considerada um aprimoramento da radioterapia comum, a IMRT já é aplicada há mais de 10 anos globalmente para tratar tumores em diferentes partes do corpo, como pescoço, cérebro e próstata. Com ela, é possível direcionar doses altas de radiação de forma mais concentrada ao tumor, protegendo tecidos saudáveis e resultando em um tratamento mais efetivo e com menos efeitos colaterais.1

A Consulta Pública nº 157 está disponível no site da ANS até o dia 1 de julho e representa um marco na dicussão de ampliação do acesso a tratamentos avançados para o câncer. 

Para contribuir é preciso seguir o passo a passo abaixo:

  1. Acesse o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar: Visite ANS - Consulta Publica Gov Tela Inicial, role a tela até encontrar o link de acesso à consulta pública n° 157.
  2. Leia o relatório técnico: entenda os critérios e evidências científicas da IMRT avaliadas.
  3. Envie sua opinião: Preencha o formulário de consulta pública compartilhando suas considerações e apoio à incorporação do tratamento.

A participação na consulta pública nº 157 é uma forma de exercer o direito como cidadão e contribuir diretamente com as políticas públicas de saúde. As contribuições enviadas serão avaliadas pelo comitê da ANS, que analisará o relatório gerado e tomará a decisão final sobre a incorporação do tratamento para a nova indicação. 



Siemens Healthineers


Referências

1. Sociedade Brasileira de Radioterapia. Radioterapia com intensidade Modulada (IMRT). Disponível em: Radioterapia com intensidade modulada (IMRT) - Sociedade Brasileira de Radioterapia. Acesso em 27 de junho de 2025.


Especialista aponta 5 cuidados com as pernas no inverno para prevenir sintomas de varizes

Oscilações de temperatura e tempo seco também afetam a circulação venosa nos meses frios e exigem atenção redobrada


O inverno costuma ser associado a uma trégua nos sintomas das varizes, já que as temperaturas mais baixas favorecem a contração dos vasos sanguíneos e melhoram temporariamente o retorno venoso. No entanto, essa percepção pode ser enganosa. 

Mesmo durante os meses frios, é cada vez mais comum a ocorrência de dias quentes e secos em diversas regiões do país, um fenômeno climático que afeta diretamente a saúde vascular. A avaliação é da cirurgiã vascular Camila Kill, mestre em cirurgia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e CEO da franquia Vascularte.

“As pessoas tendem a relaxar os cuidados com as pernas no inverno porque acreditam que a estação é menos agressiva para quem tem varizes. Mas a realidade é que as oscilações de temperatura, especialmente os episódios de calor súbito e o tempo seco, podem agravar ou antecipar sintomas como dor, inchaço, cansaço e sensação de peso nas pernas”, explica a médica. 

A combinação desses fatores reduz a eficiência da circulação e pode prejudicar a resposta do organismo ao tratamento, especialmente quando há descontinuidade de hábitos preventivos.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), aproximadamente 47,6% da população adulta brasileira apresenta sinais de insuficiência venosa crônica. O número reforça a necessidade de manter a atenção durante o ano todo — não apenas nos períodos de calor intenso. 

Abaixo, a especialista elenca cinco cuidados que devem ser mantidos também no inverno para preservar a saúde das pernas

  1. Use meias de compressão regularmente
    Apesar da menor sensação de desconforto em dias frios, as meias de compressão continuam sendo aliadas importantes na prevenção e no controle da insuficiência venosa. “O frio pode mascarar os sintomas, mas o problema continua presente. O uso contínuo das meias ajuda a manter o retorno venoso eficiente mesmo quando o paciente não sente dor ou inchaço”, orienta a médica.
  2. Mantenha-se hidratado, mesmo no frio
    Com a redução da sensação de sede durante o inverno, é comum que a ingestão de água diminua. No entanto, a hidratação é fundamental para preservar a elasticidade dos vasos sanguíneos e evitar a piora dos sintomas. “O ar seco aumenta a perda de líquidos pela respiração e pele. Hidratação inadequada pode deixar o sangue mais viscoso, dificultando a circulação”, explica Camila.
  3. Evite banhos muito quentes e prolongados
    O calor excessivo da água pode causar a dilatação dos vasos sanguíneos, favorecendo a sensação de peso e o inchaço nas pernas. “Além disso, banhos muito quentes ressecam a pele, o que, combinado ao tempo seco, pode gerar coceiras e irritações em áreas onde há varizes”, aponta a especialista.
  4. Pratique atividades físicas leves
    Durante o inverno, a tendência é permanecer mais tempo em ambientes fechados e com menor mobilidade. A médica recomenda caminhadas diárias, alongamentos ou atividades que movimentem os membros inferiores. “O retorno venoso depende da contração muscular da panturrilha. Ficar muito tempo parado dificulta essa função.”
  5. Fique atento aos sinais silenciosos
    Mesmo que a dor e o inchaço pareçam menos intensos, sintomas como sensação de formigamento, cansaço recorrente ou veias azuladas aparentes não devem ser ignorados. “A progressão da insuficiência venosa pode ser silenciosa. Se houver histórico familiar ou sintomas persistentes, o ideal é procurar um especialista para avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento adequado”, orienta Camila.

A médica defende que o cuidado com a saúde venosa deve ser contínuo, independentemente da estação. “É preciso compreender que o inverno não protege ninguém das varizes. As mudanças de temperatura exigem atenção constante. Quem cuida agora, sofre menos no próximo verão”, finaliza

Para mais informações, visite o Instagram. 

 

Dra. Camila Kill - médica cirurgiã vascular que, desde o início da carreira, dedica-se exclusivamente ao cuidado de pacientes com varizes. É mestre em cirurgia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É CEO e fundadora da Lumivie Clinique, clínica especializada em cirurgia plástica e estética localizada em Pelotas (RS), e também da franquia Vascularte, voltada para tratamentos de varizes 100% ambulatoriais e sem cirurgia, com três unidades em funcionamento no Brasil e expansão prevista para 2025. Além disso, é mentora da LMV Club, mentoria voltada para médicos empresários que desejam potencializar suas unidades por meio do desenvolvimento da liderança, gestão e vendas.Cinco cuidados com as pernas no inverno para prevenir sintomas de varizes
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Vascularte
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Países com Exigências de Vacinas Pouco Conhecidas: O Que Você Precisa Saber Antes de Embarcar

 Imunizações contra meningite, pólio, sarampo e até gripe são exigidas por diversos países, além da tradicional febre amarela. R3 Viagens alerta empresas e viajantes para não correrem riscos na imigração

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Com o aumento da mobilidade internacional e as lições aprendidas com a pandemia, muitos países reforçaram suas exigências sanitárias para entrada de visitantes estrangeiros. Mais do que nunca, o controle vacinal passou a fazer parte da segurança de fronteiras — e pegou muitos viajantes brasileiros de surpresa.

A R3 Viagens, especialista em gestão de viagens corporativas, alerta que vacinas como meningite, pólio, sarampo e febre tifóide estão entre as mais exigidas atualmente, mesmo que pouco conhecidas pela maioria dos viajantes.

O desconhecimento dessas exigências pode levar a atrasos, quarentenas e até deportação. Nossa missão é preparar os clientes para todas as etapas da jornada, incluindo a parte sanitária e documental”, afirma Wilson Silva, diretor de marketing e tecnologia da R3 Viagens.

 

Vacinas que você pode precisar — e não sabia

Além da febre amarela, a R3 destaca outras imunizações exigidas:

  • Meningite meningocócica – obrigatória na Arábia Saudita para peregrinos.
  • Pólio (dose de reforço) – exigida por Índia, Paquistão e Afeganistão.
  • Sarampo, rubéola, caxumba (MMR) – exigidas para estudantes nos EUA, Japão e Canadá.
  • Gripe (Influenza) – recomendada para profissionais da saúde em viagens a trabalho.
  • Hepatite A e febre tifóide – recomendadas em países da Ásia e África.

Alguns países ainda mantêm exigência de certificado de vacinação contra COVID-19 com QR Code validado, como Indonésia, Malásia e algumas ilhas do Pacífico.

 

Documentos exigidos e cuidados essenciais

Para comprovação, é necessário apresentar a Carteira Internacional de Vacinação (CIVP), emitida pela ANVISA. Em alguns casos, o país de destino exige que o certificado esteja traduzido para inglês ou francês e com data recente de aplicação.

É importante iniciar esse processo com no mínimo 6 semanas de antecedência, pois algumas vacinas precisam de tempo para serem válidas após a aplicação.

A R3 Viagens oferece suporte completo para viajantes corporativos, incluindo:

  • Alertas sanitários personalizados por país;
  • Acompanhamento de documentos exigidos;
  • Tradução e emissão de certificados de vacinação;
  • Consultoria médica com médicos parceiros da rede.

Veja como funciona o suporte completo da R3:
 
https://www.r3viagens.com.br 

 

Casos comuns de impedimento

Empresas que enviam funcionários ao exterior precisam estar cientes das exigências sanitárias para evitar:

  • Impedimento de embarque;
  • Detenção na imigração;
  • Quarentena forçada;
  • Cancelamento de reuniões e compromissos.

“Uma viagem internacional não pode depender de sorte. Com planejamento, todos esses problemas são evitáveis — e é isso que entregamos aos nossos clientes todos os dias”, reforça Wilson Silva.

 

R3 Viagens
https://www.r3viagens.com.br/


Saiba quais são as vacinas essenciais na infância e suas funções

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 Seguir o calendário vacinal é a forma mais eficaz de proteger a infância contra doenças graves, de acordo com especialistas médicos

 

O mês de junho tem em seu calendário o Dia da Vacinação, data que reforça a importância da imunização para a saúde pública, especialmente durante a infância. As vacinas salvam milhões de vidas todos os anos e são uma das ferramentas mais eficazes na prevenção de doenças infecciosas graves. Seguir o calendário vacinal é a forma mais eficaz de proteger a infância contra doenças graves, de acordo com especialistas médicos. 

“Durante os primeiros anos de vida, o sistema imunológico da criança ainda está em desenvolvimento, o que a torna mais vulnerável a infecções. Por isso, o calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde prevê doses fundamentais já nos primeiros dias após o nascimento, com reforços ao longo da infância”, esclarece o médico e coordenador do curso de Medicina da Uniderp Ponta Porã, José Ricardo Scalise. 

Confira as principais vacinas indicadas na infância e sua função:

  • BCG: protege contra formas graves de tuberculose, como a meníngea e a miliar. Deve ser aplicada ao nascer.
  • Hepatite B: previne a infecção pelo vírus da hepatite B, que pode causar doenças hepáticas crônicas. A primeira dose é dada nas primeiras 12 horas de vida.
  • Penta (DTP+Hib+Hepatite B): protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b (causador de meningite e outras infecções) e hepatite B.
  • VIP/VOP (Vacina Inativada/Oral contra Poliomielite): previne a poliomielite, doença que pode causar paralisia permanente.
  • Pneumocócica 10-valente: protege contra infecções causadas pelo Streptococcus pneumoniae, como pneumonia, meningite e otite.
  • Rotavírus: previne diarreias graves causadas por rotavírus, uma das principais causas de internação infantil.
  • Meningocócica C: protege contra meningite e infecções generalizadas causadas pela bactéria Neisseria meningitidis do tipo C.
  • Febre amarela: recomendada em áreas de risco, protege contra o vírus transmitido por mosquitos.
  • Tríplice viral (SCR): protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
  • DTP (tríplice bacteriana): reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche em fases posteriores da infância.
  • Varicela (catapora): previne infecções por varicela-zóster, que causa a catapora. 

O Dr. Scalise reforça a que seguir o quadro de vacinação é um compromisso com o futuro da criança. "Vacinas são seguras, eficazes e amplamente estudadas. Quando seguimos corretamente o calendário, estamos não apenas protegendo nossos filhos, mas também ajudando a controlar e até erradicar doenças que já foram causas frequentes de internação e óbito infantil, além de proteger indivíduos que não podem ser vacinados por motivos médicos, como imunossuprimidos", completa.


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