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quinta-feira, 31 de março de 2022

Dia da Mentira: professora dá dicas para evitar fake news nas redes

Alunos recebem orientações para buscar informações em fontes com credibilidade


Lembrado no primeiro dia do mês de abril, o 1º de abril é também uma data para refletir sobre o grande volume de notícias falsas que circulam nas redes sociais. A avaliação é da professora de Ciências do Colégio Marista Ribeirão Preto, Thais Pileggi, que trabalha com os alunos o tema fake news, em uma parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto FFCFRP - USP. 

A professora esclarece que momentos de grandes disputas e comoção social, como ocorre na pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia, são propícios para a disseminação de conteúdos e imagens falsas por meio das redes sociais. “O grande alcance desses ambientes são facilitadores para os oportunistas de plantão”, alerta.

Thais ressalta, no entanto, que o próprio ambiente digital oferece ferramentas para desviar as pessoas das notícias falsas e orienta os alunos a buscar a informação em fontes que possuam credibilidade e assim evitar que a desinformação se propague de forma exponencial nas redes sociais.  

O Dia da Mentira surgiu na França do século XVI, quando o Rei Carlos mudou o calendário passando a celebração do Ano Novo de 25 de março para 1º de janeiro. Alguns franceses resistiram e mantiveram a data anterior, encerrando as festividades em 1º de abril. No Brasil a data começou a ser difundida em Minas Gerais. O jornal Mentira, lançado em 1º de abril de 1828, noticiou a morte de Dom Pedro e desmentiu a informação no dia seguinte.  

Veja algumas dicas da professora para não cair em fake news:

1.   Desconfie de tudo que você recebe e que seja espetacular. No geral, as fake news abordam o assunto de forma sensacionalista para atrair a atenção.

2.   Cheque se a informação está em sites de notícias nacionais e internacionais. A imprensa tem, por dever, checar as informações antes de publicá-las.

3.   Questione as informações com a fonte que te enviou a notícia. Temos que agir como pesquisadores e não apenas consumidores de notícias.

4.   Use agências de checagem de notícias. Nas chamadas fact checking (exemplo: Lupa, Aos fatos, Fato ou Fake, Comprova e FactCheck) é possível averiguar a veracidade tanto do texto quanto das imagens.

5.   Evite influenciadores: busque informações com pessoas estudiosas no assunto e não com aquelas que são conhecidas pelo número de seguidores nas redes sociais.

 

Colégios Maristas

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Dia da Mentira: Golpes e decepções amorosas podem desencadear traumas e fobias

Professora de Psicologia do UniCuritiba explica o que é a pistantrofobia e como o medo de confiar nas pessoas pode arruinar a convivência social

 

As plataformas de streaming estão repletas de documentários, séries, minisséries e filmes que revelam como golpes e mentiras podem afetar seriamente o emocional das vítimas. “O Paraíso e a Serpente”, “Dirty John”, “O Golpista do Tinder”, “Inventando Anna” e “The Dropout” são algumas produções que abordam o estelionato emocional – a prática de se aproveitar de uma pessoa para obter lucros e vantagens. 

Em muitos casos, o prejuízo vai além da questão financeira e está longe de ser apenas uma mentira ou “brincadeira leviana” de 1º de abril (oficialmente, o Dia da Mentira). Experiências amorosas negativas e frustrantes, situações perigosas ou relacionamentos tóxicos colocam em risco a coragem das vítimas e as impede de voltar a se apaixonar ou se relacionar socialmente. 

Esse medo exacerbado de confiar nas pessoas tem nome: pistantrofobia. A supervisora do Serviço-Escola de Psicologia do UniCuritiba (instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais de ensino superior do país), psicóloga Daniela Jungles, explica que são várias as causas para o medo irracional de estabelecer um relacionamento pessoal ou íntimo com alguém. 

“A confiança é frágil, difícil de conquistar, mas muito fácil de quebrar. Quando vivenciamos uma traição ou decepção, algo muda dentro de nós. Isso acontece com todo mundo, porque não queremos mais ser vulneráveis e deixamos de nos abrir por certo tempo. No entanto, para quem sofre de pistantrofobia, confiar novamente em alguém fica completamente fora de questão”, explica. 

Sofrer de pistantrofobia pode arruinar rapidamente a vida de uma pessoa. Isso porque, seja no trabalho ou na vida pessoal e amorosa, a confiança no outro é fundamental. “A babá que cuida dos nossos filhos, um colega de escritório, a parceira ou parceiro amoroso... A lista de laços que exigem confiança é extensa e, evidentemente, entrar em um relacionamento é sempre um risco”, diz Daniela. 


Como estabelecer a confiança

Para estabelecer níveis de confiança é preciso colocar à prova, por um certo tempo, as primeiras impressões sobre outra pessoa e testar sua confiabilidade. A questão, comenta a professora de Psicologia do UniCuritiba, é que essa aceitação do risco só é concebível para aqueles que, originalmente, têm autoconfiança suficiente para não reagir violentamente em caso de decepção. 

A desconfiança é útil se praticada em pequenas doses e com sabedoria, porque alerta sobre possíveis perigos à integridade física e emocional. O problema está quando essa reação natural toma proporções incontroláveis e invade a esfera afetiva. “Sem confiança, nenhum relacionamento amigável, romântico ou profissional é possível”, avisa Daniela Jungles. 

Quem tem pistantrofobia se convence de que, mais cedo ou mais tarde, será traído ou desapontado novamente e, por isso, nega a si qualquer chance de aproximação com outras pessoas. Nestes casos, o pessimismo crônico se confunde com cautela.

 

Sinais corporais e tratamento

De acordo com a psicóloga, a pistantrofobia gera um medo crônico de confiar nos outros e, para se proteger, o indivíduo evita situações que desencadeiam esse temor. Como consequência, essa situação fóbica aumenta a ansiedade, que pode vir acompanhada por sinais corporais, como sudorese, tontura, respiração rápida ou taquicardia. 

Não há idade para se tornar fóbico e a origem das fobias pode estar enraizada nos primeiros laços emocionais. “Nosso passado constitui uma linha divisória entre segurança e insegurança afetiva, mas ela nem sempre é clara ou imediatamente identificável. Quanto mais o passado é marcado pela perda, abandono ou negligência, menos seguros são os apegos”, avisa a especialista. 

O tratamento das fobias é possível desde que as causas – geralmente múltiplas - sejam identificadas. Daniela Jungles explica que o transtorno fóbico não é mais percebido pelo campo médico como um simples “conflito intrapsíquico”, pois resulta de múltiplas causas. “Os métodos para tratar a fobia variam de acordo com suas origens. A orientação é procurar um psicólogo para avaliação e indicação do tratamento mais adequado.”

 

Um olhar para o passado

As causas de problemas como a pistantrofobia podem estar relacionadas ao passado. Pais superprotetores, por exemplo, reforçam a sensação de desconfiança. Avisos como "Cuidado, não confie em ninguém" e “Não aceite doce de estranhos” são necessários para a segurança das crianças, mas devem ser moderados. 

“Uma criança sufocada por pais superprotetores tende a perceber o mundo exterior como algo aterrorizante e povoado por potenciais agressores”, adverte a professora. Por outro lado, quando não são os pais que transmitem desconfiança é a própria vida que cuida disso: a traição de um colega ou parceiro, um amigo que abusa da generosidade ou até mesmo cair em um golpe. 

Segundo Daniela, em alguns casos esse sentimento negativo se transforma em fobia e leva à crença de que “ninguém é digno da minha confiança, então preciso desconfiar de todos a todo tempo.”

 

Prevenção

É importante que vítimas de golpe ou traição não deixem o medo irracional tomar conta. Ao perceber os primeiros sinais é necessário marcar uma consulta com um psicólogo que, de acordo com o perfil da pessoa fóbica, saberá como conduzir o tratamento. “Em geral, a pessoa tem que enfrentar sua dor e aceitá-la ao invés de rejeitá-la, porque fugir de um problema nunca foi a solução. A prevenção depende, acima de tudo, do manejo precoce desse transtorno”, finaliza a psicóloga.

  

UniCuritiba


Dia da Mentira: você vive a vida real ou vive de aparências?

 Em tempos de internet, muitas pessoas vivem no mundo da fantasia. O que diferencia a mitomania da mentira ocasional é que o mitômano vive uma vida baseada em mentiras e histórias extraordinárias.

 

O dia 1º de abril é conhecido como o Dia da Mentira, embora não seja algo tão bom de celebrar, uma vez por ano, está liberado pregar uma peça nos amigos. O problema é que muitas pessoas vivem no mundo da fantasia todos os dias, criando tantas mentiras que acabam acreditando nelas. É aí que mora o perigo! 

Uma pessoa que é viciada em mentir, é considerada “um mitômano”, esse distúrbio está associado ao modo como a pessoa quer ser vista. A Mitomania não é considerada uma doença ou um transtorno, mas sim um comportamento crônico que pode estar acompanhado de outros transtornos ou até mesmo de outros comportamentos compulsivos. 

De acordo com a psicóloga da Iron Telemedicina, Bettina Vostoupal, o que diferencia a mitomania da mentira ocasional é o fato de que, ao contar uma mentira, a pessoa busca alguma vantagem com aquela história, enquanto o mitômano vive uma vida baseada em mentiras e histórias extraordinárias, sem ter uma motivação identificada. Nesses casos é necessária uma intervenção de tratamento para a pessoa aprender a gerenciar as frustrações que a levam a mentir. 

“Dificilmente um mitômano vai buscar ajuda sozinho, pois realmente tem uma dificuldade de compreender que as mentiras que conta são mentiras de fato, porém é recomendado que seja realizada a psicoterapia, onde o paciente irá identificar e compreender o seu comportamento e o que o leva a agir de tal forma. Sendo assim, poderá identificar alguns gatilhos que o levam a este comportamento e, deste modo, agir para mudar a forma de reagir a determinadas situações”, explica. 

O terapeuta e filósofo clínico, Beto Colombo, esclarece que muitas pessoas não percebem a sutileza entre o mundo virtual e o real. A internet hoje é um “local” ideal, onde parece não haver espaço para a realidade. Usualmente a dicotomia entre a vida real e a vida virtual aparece evidenciando um distanciamento entre o que a pessoa vive de fato e o que posta nas redes sociais, o que pode gerar uma série de transtornos mentais. “Por algum tipo de insatisfação pessoal e social, a pessoa sente a necessidade de mentir e isso pode se tornar uma compulsão”, avalia. 

Segundo ele, algumas pessoas são na internet, quem elas gostariam de ser, e não quem verdadeiramente elas são. 

“Para alguns a vida perfeita das redes sociais é o que mantém a pessoa motivada para encarar a dura realidade de um ônibus lotado, de um dia difícil de trabalho, de um chefe rude e de um salário magro. A rede social é um ambiente onde muitas pessoas se realizam, conseguem ir além do seu ambiente e viver uma felicidade, ainda que virtual”.

O filósofo clínico argumenta que algumas pessoas não conseguem se observar, não se conhecem o suficiente e com o tempo, e por não fazer divisão começam a acreditar que são o próprio personagem que elas inventaram e postam nas redes sociais. “Esse pode ser um transtorno mental para algumas pessoas e reflexo de um vazio existencial. Para outros o mundo real é frio, feio, escuro e o ambiente virtual é um escape da vida real, é um mundo de possibilidades”.

 

Dia da Mentira: em que momento da infância o mentir se torna preocupante?

O adulto deve estar atento ao contexto e buscar ouvir a criança
Divulgação

Especialistas explicam sobre a dificuldade de distinguir imaginação e mentira e como lidar com o tema na primeira infância


Uma criança pequena mente ou apenas imagina? Como estabelecer a diferença entre essas duas coisas? Não à toa o hábito da mentira é considerado um grande desafio para pais, mães e educadores, pois não é tão simples identificar uma mentira intencional.

“A imaginação é um dos instrumentos mais poderosos da infância e do aprender, por isso é preciso ter muito cuidado nesse processo, pois na intenção de impedir a mentira o adulto pode acabar tolhendo a experimentação e a criatividade da criança”, explica Dayse Campos, diretora da Escola Interpares, de Curitiba/PR.

Por outro lado, segundo ela, é possível perceber sinais da mentira. “A partir de uma determinada fase da vida, as crianças já são capazes de entender que a mentira também pode ser poderosa e útil. E um adulto atento verá que ela está usando esse artifício como atalho para escapar de conflitos ou obter ganhos”, completa. 

A mentira se torna mais intencional por volta dos sete anos de idade, fase em que a criança já carrega valores adquiridos no meio social e familiar. É nessa idade que a atenção do adulto precisa ser redobrada, mas sempre com acolhimento.

 “A mentira é um fenômeno que envolve relações, está sempre endereçada ao outro. Neste sentido, ao invés de simplesmente censurar ou corrigir, mais vale nos perguntarmos o que leva a criança a fazer uso deste artifício”, diz a psicóloga Verônica Salvalaggio, do Plunes Centro Médico, também de Curitiba.

Ela explica que é preciso reconhecer que a narrativa mentirosa é um recurso que permite colocar em palavras aqueles enigmas e debates que acontecem intimamente. “A mentira, e também a fantasia, cumprem uma função reveladora destes conflitos e embates internos. Por isso a mentira merece ser acolhida, em lugar de ser repreendida”, afirma.

Verônica concorda que, do ponto de vista cognitivo, na primeira infância é muito difícil distinguir entre mentira e fantasia. “Ambas são produções de natureza subjetiva, que envolvem relações imaginárias, tanto quanto simbólicas, pois é no campo da palavra e da linguagem que elas são construídas e se expressam”, explica.

Segundo ela, crianças pequenas, até os seis anos de idade, ainda estão construindo conceitos. “Se até mesmo os adultos por vezes têm dificuldade de conceituar verdade, mentira e fantasia, como exigir isso daqueles que estão dando seus primeiros passos na vida?”.

Na Escola Interpares, a condição fundamental para lidar com a mentira nessa fase da infância é proporcionar um ambiente seguro para a criança, com liberdade para expressão, interesses e pensamentos, sem julgamentos – mas com observação atenta.  

O ambiente acolhedor da escola exerce um papel libertador tanto para a criança quanto para os educadores. “Notamos que muitas vezes uma criança que aparenta estar mentindo – e às vezes realmente está – quer apenas ser ouvida. Dê voz a ela e você receberá todas as informações verdadeiras que precisa para lidar com a situação”.

Para a diretora da escola, que é sócio-interacionista, quanto mais diversidade de experiências a criança encontrar em suas interações sociais, mais segurança e autonomia terá para se desenvolver socialmente sem precisar mentir. "Na Interpares buscamos sempre observar o contexto em que a eventual mentira acontece e também atuar em parceria com a família." 


De onde vem o Dia da Mentira

Também conhecido como Dia dos Bobos, o 1º de abril “brinca” de celebrar a mentira, brincadeira que surgiu na França do século 16 por conta das comemorações de Ano Novo, que iam de janeiro a abril.

Quando o calendário foi ajustado para o dia 1º de janeiro, algumas pessoas que insistiam em celebrar na data antiga e foram considerados bobos, por acreditar em algo tido como uma mentira. E dessa forma, como uma brincadeira, a data foi introduzida no calendário brasileiro.


Crianças sem internet? Professora propõe atividades que não precisam de conexão

 

As conexões estabelecidas entre os alunos do período integral do Colégio Marista Glória são apenas entre os amigos

 

Há muita brincadeira além da tecnologia. Partindo dessa premissa, a professora Bruna Macêdo  de Miranda, do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), propôs aos alunos do Integral 5 - 26 crianças com idade entre 8 e 9 anos - algo diferente. A proposta é resgatar brincadeiras e brinquedos que não precisam de conexão com a rede,apenas de criatividade e bom relacionamento em grupo.

“Sugerimos atividades como pular corda, telefone sem fio, produzir bonecos de argila, andar em pés de lata. Eles adoraram a ideia e passaram a percorrer o colégio em busca de materiais para construir os brinquedos”, revela a docente.

Com barbantes, elásticos, cordas, latas e argila, as crianças partiram para a construção dos brinquedos e da diversão. Produzir o próprio passatempo estimula a rápida solução para problemas complexos e também a convivência e o trabalho em equipe. “A turma ficou atraída pela atividade devido a interatividade, o trabalho manual e, claro, pela folia”, afirma Bruna.

Para Amanda Parra Magnani, uma das crianças que participaram da aula, é muito melhor brincar com o grupo, interagir e se comunicar. “Nós pesquisamos e criamos com recicláveis os nossos brinquedos.  Melhor usá-los, do que os eletrônicos, pois fazemos exercícios, o que ajuda nosso corpo a se fortalecer”, destaca.

Já Rafael Poletine Videira elegeu como preferido o “telefone sem fio”. “O que construímos tem muito mais valor do que os brinquedos que já vem prontos, pois criamos do jeito que a gente quer”, finaliza. 

 

 

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"Coisa de adulto?" Entenda por que precisamos falar com as crianças sobre guerra e outros assuntos polêmicos

Para o professor do Colégio Bom Jesus, Douglas Pletsch Puhl, essa é uma boa oportunidade para abordar sentimentos e pensamentos conflituosos, além de contribuir para a formação do caráter de meninos e meninas

 

Quantas vezes, na infância, você se interessou por um determinado assunto que viu na televisão ou ouviu outras pessoas comentarem e recebeu um rápido e singelo “é coisa de adulto”? Até pouco tempo atrás, esse tipo de resposta era muito comum. Isso porque dificilmente a criança era vista como indivíduo, pelo contrário, a regra geral era ter suas emoções e até mesmo opiniões silenciadas, ignoradas e menosprezadas. Mas, felizmente, vivemos hoje outra realidade, na qual o “é coisa de adulto” já não basta.

Com o acesso à informação cada vez mais fácil e rápido, inclusive a crescente disseminação de notícias falsas, é urgente falar com as crianças sobre assuntos polêmicos como a atual guerra entre Rússia e Ucrânia. Agora, se já é difícil para os adultos entenderem o conflito, como explicá-lo para meninas e meninos? 

Para o professor e coordenador de Ensino Religioso do Colégio Bom Jesus, Douglas Pletsch Puhl, ao conversar com crianças sobre esse tema, cuidadores e professores têm a oportunidade de abordar sentimentos e pensamentos que talvez estejam causando algum conflito interno. Sem contar que pode ajudar a formar o caráter desses futuros adultos.

“Em tempos tão difíceis, é fundamental criar um ambiente de respeito às dúvidas e opiniões das crianças, bem como de acolhida aos seus sentimentos, seja em casa ou na sala de aula”, orienta o professor. Nesse sentido, alguns fatores podem facilitar essa tarefa, tais como: oferecer abertura para o diálogo desde os primeiros anos de vida da criança, estar atento às dúvidas dela, não ocultar a verdade dos fatos e transmitir confiança, proteção e segurança. 


Como falar sobre guerra com crianças

Em primeiro lugar, Douglas orienta que o assunto deve partir do interesse e questionamento da criança. “Ao adulto cabe conduzir a conversa pelo caminho do acolhimento, do respeito, do amor e da atenção. Dessa forma, não há uma idade mínima recomendável, dependerá do interesse ou da dúvida da criança, sempre partindo daquilo que ela ouviu ou leu sobre a guerra”, ressalta. 

Formado em Filosofia, Teologia e Metodologia do Ensino Religioso, o professor do Colégio Bom Jesus acredita que o tema ainda afugente muitos pais e cuidadores por envolver temáticas polêmicas como morte, violência, medo e tristeza. Porém, segundo ele, é preciso vencer esse tabu. “É importante que as crianças estejam cientes de que as coisas acontecem e como acontecem, sempre com o devido cuidado no modo como o tema é abordado para não gerar traumas”. 

Outra recomendação do professor é evitar impor juízo de valor sobre o assunto, isto é, apontar quem está certo ou errado em um contexto de guerra. “No diálogo com as crianças, é interessante reforçar a ideia de que o mundo é muito melhor sem as guerras, ressaltando a importância dos direitos das pessoas, da paz, da tolerância, da empatia e da solidariedade”, acrescenta. 

Na sala de aula, para elucidar o tema de forma didática, ele aconselha contextualizá-lo aos alunos, abordando elementos que abrangem os dois lados do conflito. Para isso, é possível utilizar recursos como mapas, histórias infantis, animações, produção de desenhos e pinturas, entre outros.

Dentro e fora da sala de aula, no entanto, é imprescindível que pais, cuidadores e professores ajam como filtro, evitando que as crianças tenham acesso a conteúdos mais pesados sobre a guerra ou informações e notícias falsas que destoam da realidade. 

 

Transtorno bipolar: estigma social ainda é uma barreira ao diagnóstico e tratamento adequado

Segundo o psicólogo, muitas pessoas com essa psicopatologia ou outras doenças mentais não recebem ajuda

 

Desde o início dos isolamentos por conta da pandemia, aumentou a preocupação de especialistas com a saúde mental. Casos de ansiedade e depressão cresceram 25 %, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). Contudo, já faz cinco anos que o Brasil é considerado o país com maior índice de pessoas com transtornos mentais em todo o mundo.

Segundo o psicólogo Davi Sidnei de Lima, muitas pessoas com essa psicopatologia ou qualquer outra doença mental não recebem tratamento para os seus transtornos. "O estigma social é mais nocivo do que os transtornos mentais e a bipolaridade em si. A saúde mental deve ser tratada com a mesma intensidade dada às doenças do corpo”, explica ele, que é especialista em avaliação e reabilitação neuropsicológica e professor do curso de Psicologia do Unibagozzi, em Curitiba (PR). 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria, o transtorno bipolar é uma condição psiquiátrica caracterizada por episódios críticos e intensos de alterações de humor, com flutuações que vão da euforia à depressão e remissão. A bipolaridade não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento e acompanhamento adequados, permitindo significativa melhora da qualidade de vida.

“Atendo pacientes em meu consultório que me perguntam: ‘e se eu te encontrar na rua, o que faço?’ Porque ao encontrá-lo na presença de alguém corre o risco de revelar sua condição”, conta Lima, que além da docência no Unibagozzi faz atendimento e acompanhamento psicoterapêutico na perspectiva da terapia cognitivo-comportamental de crianças, adolescentes e adultos. 

Segundo ele, muitas vezes os pacientes vão escondidos ao seu consultório porque não querem ser descobertos por colegas de trabalho indo a uma sessão de terapia.


Estigma social em torno das doenças mentais 

Muitas vezes, as pessoas evitam ou atrasam a procura de tratamento por medo de serem tratadas de forma diferente e perder seus empregos e meios de subsistência. Isso porque estigma, preconceito e discriminação contra pessoas com doença mental ainda são um grande problema.

“O estigma é uma âncora que impede o movimento, o dinamismo característico da vida. Pensar em saúde mental precede uma questão de dinamismo, de movimento” enfatiza o psicólogo. 


Boas práticas para evitar o estigma social em torno da bipolaridade

Segundo Lima, a história da psiquiatria está intimamente ligada com as questões de moralidade, de higiene social, elementos que agravam os estigmas sociais. O Transtorno Bipolar afeta 2 a 3% da população mundial. No Brasil, o estigma social prejudica inclusive a pesquisa em torno dos transtornos mentais.

Com apenas alguns cliques é possível encontrar memes, humor e sátiras em torno da bipolaridade. Nesse sentido, o professor Davi ressalta que brincar com essa condição e qualquer outra relacionada à saúde mental, é um despropósito. 

O psicólogo chama a atenção para o papel da mídia para vencer o estigma através da influência positiva e conscientização. “A mídia tem impacto para movimentar essa âncora e tirar essa paralisia. Um estigma vai criando camadas sobre a realidade a ponto de torná-la inacessível. O movimento de colocar a saúde mental em pauta e dar o tratamento adequado, coloca a saúde mental como uma dimensão da vida”, afirma. 

O Dia Mundial do Transtorno Bipolar e o Março Roxo, por exemplo, são oportunidades para falar abertamente sobre saúde mental e uma boa prática para reduzir o estigma em torno dessa condição. Além disso, as pessoas que convivem com sujeitos acometidos de alguma patologia mental, têm a chance de aprender mais sobre os recursos existentes para lidar com os seus efeitos na vida cotidiana. 

 A qualidade da formação dos profissionais da saúde mental, entre eles o psicólogo, é um fator importante para a compreensão biopsicossocial da realidade humana. “A proposta do Unibagozzi é trazer para o centro da sociedade esse pensar o ser humano, formar profissionais com uma visão humanista para o sujeito”, diz o professor. 

 Também recomenda o cuidado que devemos ter como sociedade para não aumentar o estigma involuntariamente usando o diagnóstico de forma equivocada, ou classificar qualquer alteração de humor como bipolaridade ou tratar como loucura.

O psicólogo faz um alerta sobre os nossos julgamentos cotidianos a respeito do humor das pessoas que não podem substituir o diagnóstico profissional. “O sofrimento faz parte da vida, é algo inevitável, nós vamos ter variações, desde tristeza até momentos de alegria, mas quem vai caracterizar esses sofrimentos como uma psicopatologia, não são os julgamentos cotidianos, mas o acompanhamento especializado psiquiátrico e psicológico”.


Sintomas, diagnóstico e tratamento

O Transtorno Bipolar exige tratamento psiquiátrico, o que permite manejo adequado do tratamento farmacoterápico. Em geral se faz associações de medicamentos ansiolíticos, antidepressivos e estabilizadores do humor para tratar as questões do humor, depressão e ansiedade. 

Em geral, os sintomas incluem alternância de humor intensa, frequentes e que duram mais tempo do que o normal. A euforia exacerbada, irritabilidade, depressão, tristeza profunda e a presença de episódios de mania ou hipomania que alteram o comportamento do sujeito.  

O especialista alerta sobre o diagnóstico e tratamento, essenciais para tratar a doença, além de medicamentos corretos e a aderência do paciente são determinantes para alcançar o êxito. Se um sujeito com transtorno bipolar não fizer o tratamento adequado ou má associação medicamentosa - seja por falta ou excesso - poderá ter um agravamento da bipolaridade, inclusive a falta de tratamento pode levar o paciente a atentar contra a própria vida, resultado do autoestigma, preconceito e desconhecimento da doença. 

É recomendável um olhar humanístico para o indivíduo com bipolaridade e não apenas enquadrá-lo em critérios e diagnósticos, é observar suas alterações de humor e até que ponto isso prejudica o seu entorno, a vida biopsicossocial desse sujeito.

O acompanhamento psicológico é aliado do tratamento, uma condição para o sucesso na retomada da qualidade de vida. “Eu não tenho bons prognósticos de pacientes que não fazem acompanhamento psicológico diante do diagnóstico de transtorno bipolar. A psicoeducação e a psicohigiene aos aspetos no entorno do paciente, assim como a terapia familiar, melhoram a qualidade dos vínculos, confiança e harmoniza as relações”, finaliza Davi de Lima.


Consequências da pandemia que merecem atenção

Com a pandemia, a saúde mental ficou muito prejudicada e trouxe questões sobre transtornos ao debate. Uma delas está relacionada à pesquisa de doutorado do psicólogo Davi de Lima. O foco de sua tese se dá em torno da avaliação e reabilitação neuropsicológica.

 A pesquisa, que se desenvolve na Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como objetivo avaliar os impactos diretos e indiretos da Covid-19 no neurodesenvolvimento infantil. Está em observação, os casos de crianças que nasceram de mães que contraíram a doença desencadeando fatores, como, por exemplo, o nascimento prematuro e condições que afetam a saúde da mãe. A Covid-19 pode agravar condições preexistentes, além de aumentar significativamente o número de óbitos no parto nesse período da pandemia.


O que acontece em nosso cérebro na hora da morte?


A compreensão da atividade cerebral durante uma experiência de quase morte ainda intriga os neurocientistas. A ideia lógica é que o cérebro se encontra num estado de hipoatividade nessas circunstâncias, porém estudos em modelos animais apresentaram dados opostos. Os pesquisadores observaram que após a parada cardíaca ocorre um aumento da atividade cerebral, principalmente das ondas gama, resultado de um aumento na hipercapnia (PaCO2) e da parada do suprimento sanguíneo ao cérebro após a parada do coração.

Estudos anteriores sobre a atividade cerebral já associaram um aumento da atividade talamocortical somado ao aumento das ondas gamas em indivíduos saudáveis relativas à percepção num estado consciente. As ondas alfa, por sua vez, são o tipo mais comum no nosso cérebro, e são importantes para o processamento de informações, principalmente no córtex visual. 

O padrão de ondas delta possui uma função inibitória sobre as vias neuronais que não são essenciais quando executamos tarefas. Já o padrão theta é importante para a evocação de memórias, especialmente em tarefas que recrutam memória verbal e espacial, inclusive durante a meditação.

A atividade cerebral pode ser medida através da eletroencefalografia, e estudos que avaliaram diversos padrões dessas atividades permitiram concluir que todos esses tipos de onda interagem e são responsáveis pela comunicação neuronal, percepção e memória.

É até meio óbvio dizer que estudos com a finalidade de compreender essa atividade cerebral em humanos são bastante limitados. Mas nas últimas semanas um artigo publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience vem movimentando a internet a respeito desse assunto.

Trata-se de um relato de caso de um paciente que morreu durante a eletroencefalografia. Já é bem estabelecido nos livros e artigos da área médica que 6 minutos após a parada cardíaca, e da cessação do suprimento sanguíneo para o cérebro, ele morre. Então, a perda das funções cerebrais chega a um ponto sem retorno e a consciência – nossa capacidade de sentir que estamos aqui e agora, e de reconhecer os pensamentos – se perde.

Mas a pergunta permanece - será que alguma atividade residual permanece, pelo menos por alguns minutos após a morte?

Experimentos foram realizados na tentativa de entender melhor os relatos de pessoas que tiveram uma experiência de quase morte. Esse fato tem sido frequentemente associado a eventos fora do corpo, uma sensação de profunda felicidade, relatos de chamados, a visão de uma luz brilhando acima, mas também de sensações de extrema ansiedade, vazio e silêncio.

Vale salientar que esses estudos possuem inúmeras limitações, talvez a principal delas seja o fato dessas pesquisas focarem mais na natureza dessas experiências do que no contexto que as precede.

Outra limitação importante é a ética do estudo. É muito difícil conseguir permissão para estudar o que realmente acontece no cérebro durante os últimos momentos de vida. O artigo de Raul Vicente e colaboradores, avaliou a atividade elétrica cerebral de um paciente de 87 anos, que devido a uma queda desenvolveu um hematoma no lado esquerdo do cérebro, resultando em diversos episódios convulsivos e parada cardíaca.

 Essa é a primeira publicação da história a coletar esses tipos de dados dessa fase de transição entre vida e morte. Os padrões de onda cerebral percebidos no paciente após a morte foram muito parecidos aos padrões da atividade cerebral quando um indivíduo saudável executa uma tarefa, sobretudo quando a evocação de memórias acontece.

O estudo relata que durante 30 segundos antes e depois da morte, foi possível observar mudanças em diferentes tipos de ondas cerebrais, incluindo ondas cerebrais alfa e gama. É sabido que a conexão entre esses padrões de onda cerebrais está relacionada com a memória e processos cognitivos em indivíduos saudáveis. A visualização desse padrão de ondas no paciente do estudo permitiu aos pesquisadores especular se essa atividade poderia ser justificada como uma última lembrança da vida, que pode ocorrer nesses poucos segundos no estado de quase morte.

Ou seja, de acordo com esse estudo isolado, os filmes de Hollywood podem estar certos: é possível que nossa vida passe diante dos nossos olhos momentos antes da morte.

Contudo, é válido destacar que esses dados são baseados na observação de um único paciente. Por isso a equipe da pesquisa pede cautela com a extrapolação dos resultados, pois outros fatores como as próprias lesões cerebrais traumáticas apresentadas pelo paciente podem afetar o padrão de ondas cerebrais, inclusive a medicação usada no paciente, que incluía um anticonvulsivante, pode apresentar tais mudanças.

O que chamou tanto a atenção a respeito dessa pesquisa é o fato desses dados desafiarem a compreensão de quando exatamente a vida termina, o que acaba gerando diversas outras questões.

Um estudo em animais demonstrou que poucos segundos após a parada cardíaca, a consciência já é perdida, e em até 40s, a maior parte da atividade neuronal já desapareceu. Outros estudos relatam que durante o "desligamento" do cérebro, ocorre liberação de serotonina, um neurotransmissor envolvido com os sentimentos de felicidade e excitabilidade.

Existem algumas teorias tentando explicar o motivo da vida passar diante dos olhos de alguém enquanto o cérebro se prepara para morrer.

I) Efeito artificial associado ao súbito aumento da atividade neural quando o cérebro começa a desligar;

II) Último mecanismo de defesa do organismo tentando superar a morte iminente;

III) Reflexo enraizado, geneticamente programado, para manter a mente "ocupada" enquanto o evento mais angustiante da vida se desenrola.

Afirmar qual é a verdadeira não é possível. Nem se somente uma está correta ou se todas estão corretas, ou ainda, se não é o caso de nenhuma delas. Pesquisas futuras nessa área, com medidas mais prolongadas da atividade cerebral pós-morte, incluindo exames de imagem, talvez possam responder essa questão.

Nesse estudo de Vicente et al. (2022), os pesquisadores conseguiram identificar que mesmo após a supressão da atividade neuronal em ambos os hemisférios, foi possível observar uma redução da atividade das ondas alfa, beta, delta e theta e um aumento da atividade das ondas gama nesse paciente.

Esse estudo fornece a primeira evidência da atividade cerebral de um paciente em processo de morte, e reforça a hipótese de que o cérebro humano pode possuir a capacidade de gerar atividade durante uma experiência de quase morte.

 

Dra. Marissa Schamne - Doutora em Psicofarmacologia e co-fundadora da Escola Rigor Científico. Acesse www.rigorcientifico.com.br para conhecer outros artigos sobre ciência e saúde. 

 

Referências

Vicente, R., Rizzutom N., Sarica, C., et al. Enhanced interplay of neuronal coherence and coupling in the dying human brain. Frontiers in Aging Neuroscience, v. 14, 2022.

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2022.813531/full

 

Como o medo pode impactar nossa saúde mental e física

                                                         

Existem três fatores que são considerados os níveis mais elevados de estresse: perda de um ente querido, perda de um trabalho ou mudança de uma cidade. Estamos enfrentando uma situação em que esses três fatores ocorreram simultaneamente, então dá para se ter uma ideia do patamar de estresse que esse momento está causando. 

 

Em uma guerra, os principais pilares de suas vidas estão sendo destruídos simultaneamente. O limite entre a estabilidade e o pânico é rompido de uma forma abrupta, levando ao que chamamos de transtornos. 

 

O primeiro pode ser considerado um transtorno de pânico, a mente trabalha em um limite máximo buscando sobreviver. Nossas reservas, tanto físicas quanto emocionais, estão sendo drenadas de uma maneira muito rápida.

 

A saúde, como é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o equilíbrio entre as partes do corpo. A ruptura desse equilíbrio é o que se chama doença, ou seja, as pessoas adoecem e podem desenvolver o que chamamos de transtornos - síndrome do pânico, ansiedade generalizada, depressão etc. 

 

Uma situação de guerra atinge o instinto mais forte do ser humano, que é o instinto de sobrevivência. Isso dispara o alarme máximo de uma forma coletiva. Quando esse instinto é ameaçado, isso é tão forte que atinge o que chamamos de inconsciente coletivo, afetando a todos nós. 

 

Lembrando que, quando falamos de inconsciente coletivo, temos registros de um passado onde tivemos guerra - provavelmente tivemos antepassados que foram atingidos por essas situações. Vivemos em um mesmo planeta, com uma história coletiva em comum. 

 

Podemos também considerar que o pensamento, como sendo uma onda, ele se propaga além da distância física. Ainda mais em tempos de redes sociais onde tudo é muito próximo e todos somos impactados de forma imediata. 

 

O medo é um sentimento normal e necessário, tendo a função de nos proteger em várias situações. Cada pessoa tem uma forma de lidar com o medo. Em uma situação atípica como, por exemplo, uma situação de guerra, parece mais sensato não falarmos em dias, e sim na magnitude da situação. 

 

Com certeza, os níveis altíssimos de adrenalina alteram totalmente o nosso equilíbrio, fazendo com que esse equilíbrio entre as partes fique muito comprometido. Quanto maior o tempo de exposição a situações como essas, maior o comprometimento, causando o que chamamos de transtornos ou o desequilíbrio entre as partes, também chamado como doença. 

 

São vários os transtornos, sendo eles o mais comum é o transtorno de ansiedade generalizada - ou seja, qualquer situação, mesmo que seja pequena, pode desencadear um ciclo muito grande de ansiedade na pessoa, podendo comprometer o sono, alimentação e diversas áreas. 

 

O medo atua fazendo com que as pessoas ponderem riscos e ameaças, tanto físicas quanto emocionais, buscando um bem-estar de uma maneira geral e qualidade de vida também. Imagina uma pessoa não ter medo de saltar de um edifício de trinta andares? O fim seria trágico. O medo é um moderador. Quando ele é exagerado e inapropriado, ele impede a pessoa de viver inúmeras situações. 

 

Sabemos hoje que a depressão, por exemplo, pode desencadear problemas cardíacos, potencializando situações ou pré-disposições, e funcionando como verdadeiros gatilhos. As doenças psicossomáticas, onde o indivíduo descarrega no corpo dores de suas emoções que ele não consegue elaborar. 

 

Um exemplo disso é quando uma pessoa passa por um grande choque ou uma grande perda em um espaço de tempo relativamente pequeno, ela desenvolve doenças consideradas graves. O equilíbrio foi rompido e, com isso, as portas para as doenças se abrem. 

 

Quando é possível, um grande aliado é a mudança de foco, forçando a atenção se voltar para algo leve e saudável. Podendo ser coisas simples como, por exemplo, escutar uma música do seu agrado, ler um livro ou fazer uma caminhada.

 

O objetivo é que se tire a energia de uma situação desagradável e, naturalmente, aconteça um relaxamento. Mas isso deve ser um hábito, e não algo pontual. Essas são maneiras mais simples e eficazes de se lidar com o estresse baixo ou até médio-baixo, sem comprometimento físico, ou seja, aquele onde o corpo ainda não está “falando”.

 

Por exemplo, em situações de pânico, as pessoas podem ter taquicardia, insônia, tremores etc. São situações tão reais que ela acredita realmente que algo grave irá lhe acontecer. Quando a pessoa chega a um pronto socorro, os seus sinais estão completamente normais. 

 

É importante saber diferenciar um do outro, pois quando os sintomas já estão em um nível físico, é de essencial importância que um auxílio médico seja feito muito rapidamente para evitar comprometimentos maiores.

 

Um pilar de fundamental importância em momentos de grande stress é um alinhamento espiritual, a sintonia com algo maior que nós mesmos. Comprovadamente a Fé e a espiritualidade trazem imenso benéfico. Concluímos assim os quatro pilares do ser humano: físico, mental, emocional e espiritual. 

 

Mara Leme Martins - PhD em psicologia, medicina do comportamento e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.

 

Por que não devemos nos preocupar com a opinião do outro?

Terapeuta explica que busca por aprovação pode levar à perda da essência e autenticidade


Buscar a aprovação dos outros é uma necessidade natural do ser humano para se sentir aceito em um grupo e para se sentir amado. Mas a terapeuta radiestesista do Instituto Plasma, Erika Thiele, alerta que é preciso ter cuidado para que a preocupação com a opinião dos outros não silencie totalmente seus objetivos, desejos, ações e para que a pessoa não perca a sua essência e autenticidade.

Inconscientemente, diz Erika, buscamos nos adequar ao que acreditamos que vai agradar uma pessoa ou determinado grupo. A busca por aceitação move os homens, que são seres sociais. O medo do julgamento, é bom dizer, causa muita ansiedade. “O julgamento, mesmo que silencioso, é real nas relações humanas, então, escolhemos como agir para corresponder à expectativa que o outro tem sobre a gente”, explica.

A terapeuta afirma que a busca por essa validação do outro começa ainda na infância. “Desde muito cedo começamos a perceber que algumas atitudes fazem com que a nossa mãe, pai ou responsável olhe mais para nós e começamos a balizar aquilo que vai atrair ou distanciar esse olhar”.

Busca por aceitação começa na infância e se estende até a fase adulta
(Foto: Freepik)


E esse comportamento se estende ao longo de todo o processo de desenvolvimento da pessoa até a fase adulta. “Essa busca pelo olhar do outro é transferido para o mundo social e aquele individuo começa a monitorar parentes, amigos e professores procurando sempre a validação do que o outro vai gostar ou não em relação ao que ele está fazendo ou dizendo”, afirma a especialista.

O autoconhecimento, segundo a terapeuta, é primeiro passo para entender até que ponto a opinião alheia deve interferir em nossas vidas. “Conhecer a si mesmo é essencial para estruturar a mente, compreender a realidade em que se está inserido, tomar decisões e aprender a avaliar os próprios comportamentos, falhas e conquistas. Quando nos tornamos capazes de compreender o nosso interior, o verdadeiro eu, a opinião dos outros passa a não ter tanta importância”, completa.

Desenvolver a capacidade de compreender a si mesmo requer dedicação e paciência: é preciso respeitar o próprio tempo. “O autoconhecimento é um processo longo e, em muitos casos, necessita de ajuda profissional para indicar uma terapia, tratamentos integrativos e complementares de acordo com a necessidade de cada pessoa”, recomenda. “Além disso, meditações longas e profundas ajudam a olhar para dentro de si, ter mais consciência e organizar os pensamentos”, completa.

 

Erika Thiele - terapeuta radiestesista do Instituto Plasma

 

São Cristóvão Saúde inicia campanha de vacinação gratuita contra Influenza


Campanha antecipada contra o vírus da Gripe será entre os dias 4 e 6 de abril e contemplará idosos a partir de 60 anos

 

Há muitos anos entre nós, o vírus da Influenza, doença popularmente chamada de Gripe, causa danos à saúde das pessoas, principalmente em grupos de alto risco. Dentre as complicações, estão casos de pneumonia, doença cardíaca e até risco de morte. Desse modo, a vacinação se tornou essencial, recomendada pela Organização Mundial da Saúde -- OMS, como a maneira mais eficaz de prevenção, além de reduzir a circulação do vírus e, consequentemente, o número de hospitalizações. 

O Grupo São Cristóvão Saúde antecipou a Campanha de Vacinação Contra Influenza e, entre os dias 4 e 6 de abril, das 8h às 13h, idosos a partir de 60 anos já podem se vacinar para aumentar sua imunidade e contribuir com diminuição da propagação da doença. 

Aproveite e garanta sua imunização, gratuitamente! As vacinas estarão disponíveis no estacionamento do CAAV I, na Rua Américo Ventura, 25 -- Mooca, junto a profissionais da Instituição. Aos interessados, basta se direcionar ao local, portando identidade e carteira de vacinação. 

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, a cada ano, no mundo, estima-se que haja um bilhão de casos de Gripe, dos quais de três a cinco milhões são casos graves, resultando em 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias relacionadas à Influenza.

Aguardamos você com o melhor cuidado.

 

Serviço:

Campanha gratuita de vacinação antecipada contra o vírus da Influenza (Gripe), pelo São Cristóvão Saúde

Data: Entre os dias 4 e 6 de abril, das 8h às 13h

Quem pode participar: Idosos a partir de 60 anos, munidos de documento pessoal com foto, carteira de vacinação 

Local: Estacionamento do CAAV I - Rua Américo Ventura, 25 -- Mooca -- São Paulo, SP


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