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terça-feira, 13 de maio de 2025

APAS SHOW 2025: Pesquisa da APAS, em parceria com a Scanntech, revela o impacto das mudanças climáticas nas decisões de compra dos consumidores

APAS Show 2025: Thomaz Machado (CEO da Scanntech),
Fabiano Benedetti (Diretor de Marketing e Negócios da APAS),
Carlos Correa (Diretor Geral da APAS) e
Felipe Queiroz (economista-chefe da APAS) durante coletiva de imprensa. 


Consumo de carnes, migração para refrigerantes zero e aumento na compra de produtos para pets refletem novas dinâmicas sociais e econômicas 


“O Varejo em um Mundo de Transformação” é o tema da pesquisa apresentada hoje durante a coletiva de imprensa da APAS Show, o maior festival de varejo do mundo. Em parceria com a Scanntech, o estudo colheu dados de 1.086 entrevistados em todo o Brasil, entre 13 e 18 de março de 2025, com uma média de idade de 36 a 42 anos, proporcionando um panorama diversificado do mercado nacional. O resultado gerou um importante recorte sobre o comportamento do consumidor, destacando as influências das mudanças climáticas e as novas tendências que moldam o cenário atual.  

Um dos principais destaques do estudo mostra que 95% dos participantes perceberam alterações na oferta de produtos devido a fatores climáticos, refletindo uma nova realidade no mercado. Além disso, 64% dos entrevistados relataram ter mudado ou substituído marcas em resposta ao aumento de preços, evidenciando a adaptação às condições que impactam diretamente suas escolhas.
 

“Tendo em vista as questões climáticas, o consumidor já entendeu que é necessário fazer substituições. As altas do café, da carne, dos ovos e do azeite, inclusive, estão entre os itens mais falados e substituídos”, comenta Fabiano Benedetti, Diretor de Marketing e Negócios da APAS. 
 

A pesquisa reforça a importante alteração no consumo de proteínas animais, mostrando que há uma migração crescente para ovo e frango. Para Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS, os consumidores têm notado a necessidade de comer diferente. O volume de consumo de proteína, nos primeiros meses de 2025, mostra a diminuição nas categorias de carne bovina (-6,2%) e suína (-5,6%), enquanto o consumo de ovos (3,6%) e frango (3,4%) registrou crescimento. Além disso, notou-se uma mudança significativa de sucos prontos para refrigerantes zero. “Observamos também que 60% dos consumidores relataram alterações no volume de bebidas consumidas”, apresentou Queiroz. 
 

Os dados demográficos mostram mudanças sociais: redução da taxa de fecundidade no Brasil, que caiu de 2,31 filhos por mulher em 2000 para 1,57 em 2022; e a diminuição do tamanho médio das famílias, de 3,31 pessoas em 2010 para 2,79 em 2022. Já o setor de produtos para Pets se destacou, com um aumento no número de lares com animais de estimação: mais de 27% dos consumidores deixaram de frequentar lojas que não permitem a entrada de Pets. “Entendemos que o comportamento muda à medida que a cesta Pet cresce 22 vezes mais que o varejo tradicional”, afirmou Benedetti.
 

Vale destacar que, segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses, 71% dos consumidores mudaram seus hábitos. Mais de 59% passaram a consumir produtos mais saudáveis, 35% optaram por produtos mais baratos, e 32% buscaram opções mais sustentáveis e fáceis de preparar. “O estudo não apenas oferece uma perspectiva abrangente sobre o perfil dos consumidores, mas também enfatiza a importância de estratégias inovadoras e sustentáveis para atender a um público cada vez mais consciente e exigente”, complementa Felipe Queiroz, economista da APAS. 
 

No contexto das compras, 7 em cada 10 consumidores frequentam mais de uma loja por mês, com os supermercados de bairro sendo utilizados principalmente para compras de reposição (54%). A análise do comportamento de compra online indica que 66% dos consumidores priorizam o preço, embora a percepção de variedade e sortimento tenha adquirido maior relevância ao longo dos anos. O e-commerce continua a crescer, fechando 2024 com um aumento de 16% no faturamento, superando o crescimento de 6,3% do varejo alimentar. 
 

“O consumidor que opta pelo online compra porque conhece o produto e gosta. Quando a compra é na loja física, o que ele procura é experiência. A jornada do consumidor é, portanto, cada vez mais multicanal e complementar entre as compras online e nas lojas físicas. O Consumo não acaba, apenas migra”, diz Thomaz Machado, CEO da Scanntech Brasil.
 

SERVIÇO APAS SHOW 2025 
Quando: de 12 a 15 de maio de 2025 
Horários: 12h às 20h | 15 de maio: das 12h às 18h
Local: Expo Center Norte 
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme. São Paulo, SP 
*Transfer gratuito saindo da estação Portuguesa-Tietê, das 6h às 21h, a cada 30 minutos, entre os dias 12 e 15 de maio. 
 

Sobre a APAS

Com 50 anos de tradição, a Associação Paulista de Supermercados representa o essencial setor supermercadista no estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento com a sociedade. A entidade, que possui 3 distritais na cidade de São Paulo e 13 regionais distribuídas estrategicamente pelo estado, conta hoje com 1.700 supermercados associados que somam mais de 6 mil lojas.


Nariz entupido e espirros sem fim? Entenda por que o outono castiga tanto a saúde respiratória

Com temperaturas instáveis e ar mais seco, a estação favorece infecções e crises alérgicas. Especialista explica como se proteger de rinites, sinusites, gripes e outros incômodos respiratórios típicos do período

 

Com a chegada do outono, muitos já sentem os efeitos da mudança de estação na própria respiração: espirros matinais, nariz entupido, dor de garganta e aquela tosse insistente. E não é coincidência. A oscilação térmica e o ar seco característicos dessa época do ano criam um cenário perfeito para o surgimento — ou agravamento — de doenças respiratórias. 

“As mudanças bruscas de temperatura, com dias mais amenos e noites frias, favorecem a proliferação de vírus respiratórios, como os da gripe e do resfriado”, explica o otorrinolaringologista Dr. Arnaldo Tamiso, do Hospital Paulista, referência em saúde de ouvido, nariz e garganta. “Além disso, o ar seco resseca as mucosas do nariz e da garganta, que são nossas primeiras barreiras de defesa. Isso nos torna mais vulneráveis não só a vírus, mas também a alérgenos como poeira e ácaros.” 

Segundo o especialista, essa combinação pode desencadear ou piorar quadros como rinite, sinusite e outras infecções do trato respiratório. Entre os sintomas mais comuns relatados no outono estão coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse (seca ou com secreção), dor de cabeça e mal-estar geral. “Se os sintomas persistirem por mais de uma semana, forem intensos ou acompanhados de febre alta e falta de ar, é fundamental procurar atendimento médico”, alerta. 


Crianças e idosos  

As reações às mudanças de temperatura podem variar bastante conforme a idade. Crianças, com o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, são mais vulneráveis a infecções virais — especialmente em ambientes fechados, como escolas. Já os idosos, muitas vezes com imunidade comprometida e comorbidades como doenças cardíacas ou pulmonares, podem evoluir para quadros mais graves, como pneumonia. 

“Nos adultos, os quadros tendem a ser mais brandos, mas ainda assim impactam bastante na qualidade de vida e na produtividade, especialmente nos casos de rinites e sinusites recorrentes”, afirma o médico. 

De qualquer forma, ele enfatiza que crianças ou adultos que ficam frequentemente doentes devem ser investigados para um tratamento adequado. “Existem desde medicamentos que melhoram a imunidade até procedimentos cirúrgicos que podem ser indicados para melhorar a via aérea”, complementa. 


Medidas simples 

A boa notícia é que pequenas atitudes podem ajudar — e muito — a manter a saúde respiratória em dia durante o outono. Nesse sentido, o Dr. Tamiso recomenda: 

  • Manter a vacinação em dia, especialmente contra gripe e pneumonia (para grupos de risco);
  • Lavar as mãos com frequência, com água e sabão, por pelo menos 20 segundos;
  • Evitar aglomerações e locais fechados;
  • Deixar os ambientes sempre bem ventilados;
  • Evitar exposição à fumaça de cigarro e poluentes;
  • Ter uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras;
  • Beber bastante água para hidratar as mucosas;
  • Vestir-se adequadamente, protegendo-se do frio, especialmente nas primeiras horas do dia e à noite;
  • Lavagem nasal com soro fisiológico;
  • Uso de umidificadores no ambiente.


Umidificadores, lavagem nasal e hidratação 

O especialista ressalta, no entanto, a importância de usar o umidificador com cautela. “Ele deve estar sempre limpo para não se transformar em fonte de fungos e bactérias”, diz. Já a lavagem nasal, segundo ele, é um recurso eficaz para remover secreções, poeira e alérgenos, além de aliviar a obstrução nasal. E quanto à ingestão de líquidos, não há segredo: manter-se bem hidratado facilita a eliminação de secreções e o bom funcionamento do sistema respiratório. 

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia  
 

Melasma: por que o tratamento personalizado com ativos manipulados ganha força no outono

Divulgação
Cerca de 35% das mulheres brasileiras sofrem com melasma e a maioria ainda trata de forma inadequada. Especialista explica por que o outono é o melhor momento para cuidar da pele e como a farmácia de manipulação pode mudar os resultados.


Com a chegada do outono, dermatologistas e farmacêuticos voltam a recomendar um alerta: este é o momento ideal para quem deseja tratar o melasma com segurança e eficácia. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a condição atinge aproximadamente 35% das mulheres brasileiras em idade fértil, sendo mais prevalente em peles morenas e negras, e com forte relação hormonal, genética e ambiental.

Apesar de não causar riscos diretos à saúde, o impacto psicológico é profundo. Pesquisas mostram que mais de 60% das pessoas com melasma relatam prejuízo na autoestima e vida social, de acordo com levantamento do Journal of Cosmetic Dermatology. Mesmo assim, grande parte dos tratamentos utilizados ainda são padronizados e sem acompanhamento adequado.

“Melasma não é só uma mancha. É um distúrbio crônico da pigmentação que precisa ser compreendido em toda a sua complexidade. E o erro mais comum que vejo no consultório é a tentativa de tratar com qualquer produto pronto da prateleira, sem considerar as particularidades da pele de cada pessoa”, afirma Fabíola Faleiros, farmacêutica e diretora da La Pharma, farmácia de manipulação especializada em dermatologia clínica e estética.


Outono: a melhor estação para iniciar o tratamento

Durante o outono e o inverno, a radiação ultravioleta é naturalmente menor, o que reduz o risco de piora das manchas durante o tratamento. “A exposição solar é um dos principais gatilhos do melasma. Quando diminuímos esse fator de risco, podemos trabalhar com ativos mais potentes e estratégias mais agressivas, como ácidos e tecnologias associadas, sem comprometer a pele”, explica Fabíola.

Outro ponto importante é a melhor tolerância cutânea. Com menos suor e oleosidade, a pele responde melhor a tratamentos tópicos, o que favorece a absorção dos ativos clareadores. “É como se o outono desse um respiro à pele. Esse momento é precioso e pode representar meses de avanço no controle das manchas”, acrescenta.


Os ativos mais eficazes – e o papel da manipulação personalizada

Entre os ativos consagrados no tratamento estão a hidroquinona, ácido retinoico, ácido tranexâmico, ácido kójico, niacinamida, vitamina C e ácido azelaico. A eficácia, porém, depende da combinação correta entre eles, da concentração exata e da forma de liberação ideal para cada tipo de pele.

É nesse ponto que os manipulados se destacam. “Na farmácia de manipulação, conseguimos criar fórmulas com sinergia entre os ativos, levando em conta o fototipo da paciente, sensibilidade cutânea, rotina de exposição solar e histórico clínico. Isso faz toda a diferença nos resultados e reduz muito o risco de irritações”, detalha Fabíola.

Ela também destaca o crescimento do uso de nanotecnologia nos manipulados, que permite entregar os ativos em camadas mais profundas da pele. “Já temos à disposição nanocápsulas com ácido tranexâmico, por exemplo, que aumentam significativamente a eficácia do tratamento”, diz.


O acompanhamento conjunto: dermatologista e farmacêutico

Outro diferencial relevante é o acompanhamento integrado entre dermatologista e farmacêutico. Segundo Fabíola, a colaboração entre esses profissionais eleva a qualidade do tratamento. “Recebemos muitas prescrições de dermatologistas que já conhecem nosso trabalho, e também atendemos pacientes que chegam com dúvidas. Nesse caso, orientamos, ajudamos na montagem de fórmulas e encaminhamos de volta ao profissional. O resultado é um tratamento mais assertivo e com mais adesão.”

Além disso, ela destaca que, no caso do melasma, a manutenção é tão importante quanto o tratamento inicial. “Muita gente abandona o tratamento quando a pele melhora. Mas o melasma tem recaídas. A presença do farmacêutico ao longo da jornada ajuda a ajustar as fórmulas, oferecer ativos para manutenção e reforçar a importância da fotoproteção diária.”


Tratamentos complementares e dados de eficácia

Segundo um estudo publicado na revista Dermatologic Therapy, a combinação entre ácido tranexâmico oral e tópicos personalizados resultou em redução de 70% da pigmentação em três meses. Quando associado a peelings e lasers de baixa fluência, os resultados foram ainda mais expressivos.

“Aqui na La Pharma, acompanhamos centenas de pacientes que chegaram frustradas e, em poucos meses, começaram a ver melhora real, justamente por tratarem de forma personalizada, com orientação e tempo. O Melasma não se cura — se controla. E controlar exige ciência, paciência e acompanhamento”, completa Fabíola.


A importância da informação correta

Em tempos de redes sociais e fórmulas virais, Fabíola reforça o risco de seguir tratamentos caseiros ou modismos. “Recebo pacientes com a pele queimada por receitas de internet, uso indiscriminado de hidroquinona ou cosméticos que não passaram por controle nenhum. É essencial buscar orientação e confiar em profissionais com experiência e formação.”


Conclusão

Com mais acesso à informação, à manipulação personalizada e ao suporte de especialistas, o melasma deixa de ser um estigma para se tornar uma condição tratável. O outono abre essa porta — e, com ela, a chance de resgatar a autoestima com saúde e ciência.

 

Brasil é modelo na especialização de cirurgiões de mama em técnicas oncoplásticas

Kolesnikovsergii
Estudo realizado entre os membros da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revela que metade dos mastologistas do País realiza cirurgia oncoplástica

 

O Brasil é modelo de sucesso de treinamento e preparação de cirurgiões de mama em técnicas oncoplásticas. É o que revela um estudo realizado entre os mastologistas afiliados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e publicado recentemente na Annals of Surgical Oncology (ASO). “Metade dos mastologistas brasileiros realiza cirurgia oncoplástica”, afirma o coordenador da pesquisa, o mastologista Francisco Pimentel, presidente da Comissão de Título de Especialista em Mastologia da SBM. “Este é um dado muito importante, pois acredito que não haja um nível de domínio tão alto em outros lugares do mundo”, completa.

O artigo “National survey on attitudes of brazilian breast surgeons regarding oncoplastic surgery: Success of a training model”, publicado pela ASO, revista científica oficial da Sociedade Americana de Cirúrgica Oncológica e da Sociedade Americana de Cirurgiões de Mama, traz um levantamento realizado entre julho e dezembro de 2023, envolvendo 1.759 membros da Sociedade Brasileira de Mastologia.

“Enviamos a todos os membros da SBM um questionário e, do total de 1.759 associados, 1.059 responderam que realizaram cirurgias oncoplásticas”, destaca Pimentel. Antes do levantamento publicado na revista norte-americana, diz o mastologista, não se sabia quantos cirurgiões de mama se especializaram também em técnicas oncoplásticas no País. “Isso nos levou à conclusão de que 50%, ou seja, metade dos especialistas, une a cirurgia oncológica à reconstrução da mama, seja ela total ou parcial.”

Definida como uma cirurgia reparadora que pode ser indicada após uma cirurgia oncológica da mama, a oncoplastia, ou cirurgia oncoplástica, inclui técnicas de reparação mamária, parcial ou total, associadas ao tratamento oncológico para reconstruir ou reparar mamas operadas devido ao câncer.

Estudos feitos em vários países avaliaram o interesse e o uso da oncoplastia. Em estudo também publicado previamente na Annals of Surgical Oncology, a Sociedade Americana de Cirurgiões de Mama constatou que apenas 10% de seus membros realizam mamoplastia redutora ou simetrização contralateral. Levantamento canadense revelou resultados semelhantes. Na Turquia, onde a taxa de procedimentos oncoplásticos é baixa, mais de 50% dos entrevistados avaliaram que o procedimento deveria ser feito pelo cirurgião da mama.

O perfil revelado no estudo coordenado pelo mastologista da SBM indica que a cirurgia oncoplástica é realizada no Brasil, predominantemente, por médicos jovens, com menos de 40 anos de idade, com título de especialista em doenças da mama, formação primária em cirurgia geral e, secundariamente, em cirurgia da mama, além de ter um maior volume cirúrgico, mais de 100 cirurgias ao ano, constata o levantamento.

O estudo, segundo Francisco Pimentel, destaca uma mudança importante nas atitudes dos cirurgiões mamários brasileiros. Dos entrevistados que realizaram cirurgia oncoplástica, a grande maioria relatou utilizar técnicas como mamoplastia terapêutica (96,4%) e reconstrução com implantes ou expansores de tecido (93,6%).

Os principais modelos de treinamento utilizados pelos respondentes da pesquisa da SBM foram cursos práticos (36,5%), fellowships (21,4%) e programas de residência médica (32,9%).

A cirurgia oncoplástica foi proposta pela primeira vez na década de 1990. Historicamente, a reconstrução mamária era realizada por cirurgiões plásticos. “No passado, o mastologista fazia a cirurgia de retirada do tumor (cirurgia oncológica) e o cirurgião plástico, a cirurgia da reparação”, diz Pimentel.

Desde 2008, no entanto, a SBM compreendeu a necessidade dos mastologistas e das pacientes, e implementou diversas iniciativas para treinar seus cirurgiões, tanto os mais experientes quanto os mais jovens. “A SBM estimulou cursos hands on, coadministrando formações como por exemplo em Goiânia (GO), Jaú (SP) e Salvador (BA). Desde então, muitos cirurgiões vêm sendo preparados para realizar os procedimentos oncoplásticos. Durante e após o curso, os alunos fazem cirurgias em suas cidades e hospitais de origem e isso tem um impacto social muito grande porque amplia o acesso à reconstrução mamária em locais onde não há equipes multidisciplinares treinadas”, enfatiza o mastologista.

Para Francisco Pimentel, é fundamental manter o estímulo educacional e aprimorar essas ações no Sistema Único de Saúde (SUS). “Com isso, poderemos aumentar a taxa de cirurgias conservadoras e reconstruções imediatas, melhorando os resultados estéticos e sendo um indicador de qualidade para os serviços de oncologia”, conclui o especialista da SBM.


Hipertensão não dá sinais, mas pode deixar marcas no sistema circulatório

No Dia Mundial da Hipertensão, especialista em saúde vascular reforça a importância da prevenção e do controle da pressão arterial

 

Neste 17 de maio, data que marca o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP) reforça o alerta sobre os impactos da pressão elevada na saúde dos vasos sanguíneos. Apesar de muitas vezes não provocar sintomas, a condição é uma das principais causas de complicações cardiovasculares graves. “Coração, cérebro e artérias sofrem danos silenciosos ao longo do tempo. Frequentemente, o diagnóstico só acontece após eventos críticos, como aneurismas ou acidentes vasculares cerebrais”, destaca o cirurgião vascular e vice-presidente de Defesa Profissional da SBACV-SP, Dr. Michel Nasser.

A hipertensão compromete a integridade das artérias, favorecendo desde o acúmulo de placas até a ruptura de vasos, como ocorre em casos de aneurismas. Também pode provocar fissuras na parede arterial — conhecidas como dissecções — e prejudicar a irrigação dos membros inferiores. “A dissecção da aorta, por exemplo, pode surgir de forma abrupta em pessoas que convivem com a pressão alta sem controle adequado. É uma emergência que poderia ser evitada com o devido acompanhamento”, ressalta o médico.

Mesmo antes do diagnóstico, o corpo pode apresentar sinais como inchaço nas pernas, cansaço frequente, dores de cabeça, visão embaçada ou sangramentos nasais sem causa aparente. Ainda assim, o tratamento muitas vezes é deixado de lado, já que a condição pode evoluir sem manifestações visíveis. Conforme explica Dr. Nasser, a maioria sabe que tem hipertensão, mas não trata, justamente por não sentir nada.

A adoção de hábitos saudáveis continua sendo a principal forma de proteção. Reduzir o consumo de sal, praticar atividades físicas, manter o peso corporal adequado e garantir uma boa qualidade do sono são medidas eficazes. Além disso, exames como o ecodoppler auxiliam na identificação precoce de problemas vasculares, antes que se agravem.

Dr. Nasser afirma que uma atitude simples pode fazer toda a diferença para não prejudicar a saúde: “Verifique sua pressão com frequência, mesmo que esteja se sentindo bem. Essa prática pode ser decisiva para evitar complicações graves.”

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br
 

Pré-eclâmpsia: entenda os sintomas, riscos e cuidados para proteger mães e bebês

22/05 -Dia Mundial de Conscientização da Pré-Eclâmpsia

 

A pré-eclâmpsia é uma condição séria que afeta apenas mulheres grávidas, caracterizada pelo aumento da pressão arterial a partir da segunda metade da gestação. Apesar de muitos casos apresentarem poucos ou nenhum sintoma visível, a doença pode evoluir rapidamente e trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. 

De acordo com o Dr. José Carlos Peraçoli, presidente da Comissão de Hipertensão na Gestação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o pré-natal rigoroso é fundamental para o diagnóstico precoce da doença. “A gestante pode não sentir nada e estar com pressão alta. Por isso, é importante que inicie o pré-natal logo que confirme a gravidez. Em cada consulta, será medida sua pressão e pode-se descobrir que ela está elevada, mesmo que a mulher não esteja sentindo nada”, explica o Dr. Peraçoli. 

Além da pressão alta, outros sintomas podem surgir, como dor de cabeça intensa, visão de pontos brilhantes — muitas mulheres relatam ver “estrelinhas” — e dor na região do estômago. Segundo o médico, entre os exames mais importantes para o diagnóstico estão a avaliação da proteinúria (presença de proteína na urina), além de testes para avaliar o funcionamento do fígado, rins, anemia e alterações de coagulação sanguínea. 

“A pré-eclâmpsia tem tratamento, que, inicialmente, é realizado com remédios para controlar a pressão. Mas somente isso pode não ser suficiente. Infelizmente, não existe cura: a pré-eclâmpsia só desaparece quando o bebê nasce”, esclarece o especialista da FEBRASGO. 

Principais marcadores de risco: Na primeira consulta do pré-natal, é possível identificar gestantes com maior risco, como: 

·         Mulheres que já tiveram pré-eclâmpsia em gravidezes anteriores;

·         Está com peso acima do ideal;

·         Gestação de gêmeos;

·         Histórico de pressão alta ou diabetes. 

Marcadores adicionais de risco são: primeira gestação, histórico de pré-eclâmpsia em mãe ou irmã, ter 35 anos ou mais, ser negra (preta ou parda) ou ter um intervalo superior a 10 anos entre gestação anterior e a atual.

 

Prevenção: Segundo Dr. Peraçoli, existem formas de reduzir o risco de pré-eclâmpsia naquelas pacientes consideradas vulneráveis. Quem apresenta fatores de risco deve ser orientada a praticar atividade física — como caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana —, além de tomar cálcio e pequena dose de aspirina, conforme prescrição médica.

 

O acompanhamento da pressão arterial durante toda a gestação é fundamental. Para quem já tem pressão alta, o monitoramento deve ser feito diariamente ou em dias alternados, conforme orientação médica.

 

Complicações – Ignorar sinais, mesmo que leves, pode resultar em crise hipertensiva, infarto, derrame, insuficiência renal, convulsões, problemas graves de coagulação e sérios riscos para o bebê, que pode não crescer como deveria. “Nascer com baixo peso, sofrer com falta de oxigênio ou até falecer dentro do útero. Em casos graves, pode ser necessário antecipar o parto, levando ao nascimento prematuro”, alerta o Dr. Peraçoli.

 

Após o nascimento, os sintomas da pré-eclâmpsia costumam desaparecer, mas o acompanhamento deve continuar. “Toda mulher que teve pré-eclâmpsia precisa manter acompanhamento ao longo da vida, pois tem risco maior de desenvolver problemas cardíacos ou renais. Mudanças no estilo de vida, dieta saudável e exercícios regulares são fundamentais”, conclui o especialista da FEBRASGO.

 

Dia Mundial sem Tabaco: COC levará campanha ‘Viver sem Cigarro’ a 2 mil alunos

Instituições de ensino das redes municipal e particular receberão palestras para alertar os jovens sobre os males do fumo


O Centro de Oncologia Campinas escolheu o mês em que se celebra o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio, para iniciar mais uma edição da campanha Viver sem Cigarro, ação criada para conscientizar estudantes sobre a malignidade do fumo. O tabagismo é uma das principais causas de mortes evitáveis no mundo e responde por mais de 8 milhões de óbitos anuais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estudantes de 11 instituições de ensino de Campinas, incluindo escolas das redes municipal, estadual e particular, participarão de palestras ministradas por profissionais da área médica do Centro de Oncologia Campinas. As apresentações duram em média uma hora e são acompanhadas de audiovisuais e sessões para tirar as dúvidas dos alunos.

Ao final do ciclo de palestras, que se estende pelo primeiro semestre letivo, os participantes são convidados a apresentar desenhos sobre o tema tabagismo.  Os melhores trabalhos são escolhidos para ilustrar o calendário do COC “Viver sem Cigarro”, apresentado em cerimônia realizada no final de cada ano para premiar os selecionados. Os calendários são distribuídos pelo COC às escolas participantes, pacientes e colaboradores, também como forma de reforçar a campanha antitabagismo.

A primeira palestra ocorreu no dia 7 de maio, na Escola Estadual Vitor Meireles, no bairro São Bernardo, em Campinas. Uma nova rodada de conversa sobre tabagismo está marcada para esta terça-feira (13), na mesma escola.

Educar, destaca o oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, é a melhor forma de prevenir o surgimento de novos fumantes.  “O programa tem como objetivo conscientizar os jovens sobre os riscos à saúde associados ao tabagismo. Assim estamos ajudando a formar gerações conscientes de não-fumantes”, salienta.

Ana Raquel Medeiros Beck, enfermeira do COC com doutorado em saúde da criança e do adolescente pela Unicamp e palestrante da campanha “Viver sem Cigarro”, lembra que o envolvimento dos estudantes durante as palestras revelou aspectos importantes, como o desconhecimento da maioria de que os vaps, ou cigarros eletrônicos, fazem tanto mal à saúde quanto os cigarros convencionais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009. Ainda assim, o consumo crescente dos dispositivos eletrônicos para fumar pode ser constatado sobretudo entre os jovens, parcela da população suscetível a desenvolver o tabagismo, mas também a mais receptiva a entender os perigos do vício. 


O tabagismo

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o tabaco esteja relacionado a cerca de 15% das mortes de homens e 7% dos óbitos das mulheres adultas no Brasil. “A fumaça do cigarro contém mais de 4.720 substâncias químicas, incluindo 60 cancerígenas, como arsênico, chumbo e cádmio, que danificam órgãos como pulmões, fígado e rins”, detalha o oncologista clínico do COC, Fernando Medina.

Os principais impactos do tabagismo à saúde incluem:

- Doenças cardiovasculares: infarto, hipertensão, angina e derrame cerebral.

- Doenças respiratórias: bronquite crônica, enfisema e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

- Câncer: pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, próstata e rins.

- Outros prejuízos: infertilidade, complicações na gravidez, envelhecimento precoce, doenças periodontais e mau hálito. 

“Fumantes passivos, incluindo crianças, também enfrentam riscos graves, como infecções respiratórias, asma, rinite e câncer de pulmão. A nicotina, altamente viciante, leva 50% a 70% dos que experimentam o cigarro à dependência, com adolescentes sendo particularmente vulneráveis devido às estratégias de marketing da indústria tabagista”, relata Medina. 


Programa Viver sem Cigarro

O programa “Viver sem Cigarro”, promovido pelo Centro de Oncologia Campinas (COC), é uma iniciativa de prevenção ao tabagismo voltada para crianças e adolescentes em escolas públicas e privadas de Campinas e região. Em 2024, o programa impactou mais de 1.400 estudantes em oito escolas, com 51 palestras ministradas por oncologistas e pela enfermeira Ana Raquel Medeiros Beck.  A iniciativa busca educar sobre os malefícios do tabaco e prevenir a iniciação ao fumo.

“A participação de mais de 1.400 crianças em 2024 demonstra o alcance do programa e sua relevância na formação de uma geração mais consciente sobre os perigos do tabaco”, assegura Medina.

A OMS destaca que 90% dos fumantes iniciam no vício antes dos 19 anos, com a média de adesão aos 15 anos, o que torna programas como o “Viver sem Cigarro” essenciais para proteger os jovens das táticas da indústria tabagista. As atividades criativas, como a produção de desenhos e frases, fortalecem o engajamento dos alunos, incentivando-os a rejeitar o cigarro e a promover ambientes escolares livres de tabaco.  


Expansão em 2025

Para 2025, o programa “Viver sem Cigarro” está preparado para ampliar seu impacto, com a meta de atender mais de 2.000 alunos em escolas de Campinas e região. Essa expansão incluirá mais palestras, atividades educativas e a continuidade da produção de materiais antitabagistas.

A iniciativa planeja fortalecer parcerias com escolas estaduais e municipais, expandindo o alcance para novas instituições e intensificando a conscientização sobre os malefícios do tabaco.

“O tabagismo é uma ameaça à saúde pública, com impactos devastadores em fumantes ativos e passivos, especialmente crianças e adolescentes. O programa ‘Viver sem Cigarro’ em Campinas é uma resposta eficaz a esse problema”, analisa o oncologista do COC.


www.oncologia.com.br
instagram.com/coc_oncologia


Como a chegada do outono e inverno afetam o sistema imunológico

Especialista explica quais são as causas da baixa imunidade e as melhores soluções para se manter longe de resfriados

 

Uma das ideias populares relacionadas ao inverno é que o tempo frio abaixa a imunidade e deixa o organismo mais propício a algum vírus ou bactéria. Apesar de ser uma opinião popular, isso é um mito. O aumento no número de contaminações por doenças não está diretamente ligado ao clima, mas aos comportamentos durante a estação.  

O professor de Bioquímica e coordenador do laboratório de Inflamação e Imunologia da Universidade Guarulhos (UNG), Luiz Eduardo Nunes Ferreira, explica com mais detalhes o que realmente acontece com o sistema imunológico durante essa época do ano. “Na verdade, a mudança de estação tem pouco impacto em relação ao sistema imune. Algumas doenças se espalham com facilidade em determinadas épocas do ano e existem vírus mais resistentes a temperaturas amenas. O aumento dos casos está relacionado ao comportamento dos agentes patogênicos e das pessoas, pois, no inverno, os indivíduos costumam ficar mais tempo em ambientes fechados. Isso auxilia na propagação de micro-organismos e bactérias”.  

Apesar de não ser uma causa diretamente ligada à mudança de tempo, Luiz Eduardo dá dicas para evitar a visita de vírus indesejáveis. “O sistema imune demanda muita energia em todas as épocas do ano. Então, é essencial se manter saudável, tendo uma boa alimentação, praticando exercícios físicos, não fumando e evitando consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Também é importante ter uma boa qualidade de sono, diminuir o nível de estresse e manter a carteira de vacinação em dia". Dessa forma, independentemente da estação ou do lugar, será mais fácil se manter protegido de doenças futuras.

 

Pandemias e os desafios do futuro: o que aprendemos com a COVID-19

Coordenador da UTI do Hospital Unimed Araxá aponta avanços em protocolos e gestão de saúde pública

 

No último dia 26 de fevereiro completaram-se cinco anos desde o primeiro diagnóstico de COVID-19 no Brasil. Desde então, já foram confirmados em nosso país pouco menos de 40 milhões de casos e pouco mais de 716 mil óbitos dessa doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A principal marca da pandemia foi essa enorme perda de vidas humanas em tão curto espaço de tempo (a maior parte dessas mortes ocorreu em aproximadamente dois anos). Ficaram também, no entanto, lições importantes que nos poderão ser muito valiosas quando a próxima pandemia ocorrer.

 

Na dimensão dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas etc.) destacam-se os aprendizados acerca do tratamento de síndromes respiratórias graves, da ventilação mecânica, das medidas de controle de infecção, do cuidado multidisciplinar e da prática baseada em evidências científicas e protocolos clínicos. Além disso, a pandemia evidenciou o impacto do cuidado centrado no paciente e na equipe, ressaltando a importância do apoio psicológico e do bem-estar mental dos profissionais de saúde.

 

Já os gestores de saúde aprenderam a necessidade de fortalecer a capacidade de planejamento estratégico e melhorar a comunicação entre diferentes setores e níveis de atenção. Além disso, um dos maiores desafios foi a otimização dos recursos (infraestrutura, equipamentos, insumos, medicamentos e pessoal treinado). Também ficou claro o valor de processos flexíveis frente a uma doença cujo diagnóstico, prevenção e tratamento mudaram constantemente à medida que avançavam as descobertas científicas.

 

No nível da alta gestão de saúde pública (secretarias de saúde e Ministério da Saúde), a pandemia também ressaltou a importância de tornar transparentes e disseminar informações confiáveis e de fácil compreensão, tanto para as equipes técnicas quanto para a população geral. Também se evidenciou a necessidade de medidas de saúde pública coordenadas e organizadas entre os diversos níveis do sistema de saúde. Em especial, no caso da pandemia de COVID-19, ressalta-se o esforço de vacinação em massa e em escala nacional, que em última instância possibilitou o fim da emergência sanitária.

 

Não sabemos quando ocorrerá a próxima pandemia, mas a história nos ensina que ela invariavelmente ocorrerá. Esperamos que, com essas lições aprendidas, possamos enfrentá-la com maior eficiência, rapidez e flexibilidade do que o fizemos com a pandemia iniciada há 5 anos.

 

Dr. Luiz Felipe de Ávila Daher - coordenador da UTI do Hospital Unimed Araxá

Uso excessivo de telas eleva em 37% risco de enxaqueca, aponta estudo

19 de maio traz conscientização sobre as dores de cabeça e a importância da iluminação adequada


No dia 19 de maio é comemorado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça. A condição pode afetar toda a parte superior do corpo, incluindo o couro cabeludo, a região superior do pescoço, o rosto e o interior da cabeça. As causas são diversas e, por isso, as cefaleias são classificadas em dois grandes grupos: primárias e secundárias.

As cefaleias primárias são aquelas em que não há alterações estruturais no cérebro. Nesse caso, a dor de cabeça é o próprio problema, como acontece na enxaqueca. Já as cefaleias secundárias são causadas por outras doenças ou condições clínicas, como infecções bacterianas ou virais, a exemplo da sinusite.

Entre as cefaleias primárias, a mais comum está relacionada ao estresse do dia a dia. Outros fatores, como a exposição prolongada a luzes intensas e artificiais, também podem desencadear ou agravar as crises. De acordo com um estudo com 4.927 participantes do programa de mestrado da Universidade de Pernambuco, estudantes que passam mais tempo diante de telas têm um risco 37% maior de desenvolver enxaqueca, especialmente sem aura.

A especialista em iluminação saudável Adriana Tedesco alerta sobre os malefícios do excesso de brilho gerado por luminárias inadequadas, sem difusores ou filtros. “A luz intensa, sem acessórios antiofuscantes como aletas ou acrílicos, provoca esforço excessivo do sistema óptico, levando à fadiga visual e, consequentemente, à dor de cabeça”, explica Adriana.

Ela destaca que ambientes com pouca iluminação podem causar o mesmo efeito, já que a falta de luz ou a presença de reflexos também sobrecarregam os olhos e podem causar cefaleia.

Outro fator preocupante é o uso excessivo de dispositivos eletrônicos. Na era digital, o tempo prolongado diante de telas pode sobrecarregar os músculos oculares, que se contraem e relaxam continuamente para manter o foco, aumentando o risco de dor de cabeça.
Por isso, a especialista reforça a importância de uma iluminação planejada, principalmente em ambientes de trabalho e estudo. A luz deve ser adequada à atividade, sem contrastes excessivos ou ofuscamento, combinando iluminação direta e difusa.

Como medida preventiva, Adriana recomenda ainda o uso de óculos com filtro laranja, que reduzem os efeitos nocivos da luz azul emitida por aparelhos eletrônicos. “Esses óculos não substituem os óculos de grau, mas podem ser usados por cima, inclusive por crianças, para minimizar a supressão da melatonina, hormônio essencial para o sono e o equilíbrio neurológico”, conclui.

 

Adriana Tedesco - tem como missão projetar ambientes luminosos saudáveis, trazendo experiências da natureza para dentro de nossos espaços, permitindo que o corpo humano reconheça e se sincronize com os ciclos naturais. Seu trabalho visa proporcionar bem-estar e qualidade de vida, transformando a iluminação em uma ferramenta de cura e reconexão com a própria essência. Ela é titular do Studio Guido Projetos de Iluminação Integrativa, referência no setor, onde lidera o desenvolvimento de projetos que aliam luz e saúde. Seu escritório é um dos poucos especializados nessa abordagem inovadora, que considera os impactos da iluminação no ser humano. Como especialista em design biofílico, Adriana une diferentes áreas do conhecimento para criar uma metodologia própria na projeção da iluminação nos ambientes construídos. Sua abordagem humanizada coloca as pessoas no centro dos projetos, minimizando os impactos negativos da luz artificial e promovendo um ambiente mais harmônico e equilibrado. O Studio Guido Projetos de Iluminação Integrativa está localizado na Rua Guaiaó, 66 - sala 809 - Praiamar Corporate - Santos - SP. Telefone: (13) 3234-3445.

 

Refrigerante e Pedras nos Rins: A Dupla Que Está Silenciosamente Destruindo Sua Saúde


Após a retirada de 35 pedras da bexiga de um homem que bebia 3 litros de refrigerante por dia, o alerta é claro: esse hábito pode custar muito caro aos seus rins.

 

Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando um caso impressionante: um paciente que consumia de dois a três litros de refrigerante por dia precisou passar por cirurgia para remover 35 pedras da bexiga. A cena chocante expôs não apenas a gravidade da situação, mas também a urgência de repensarmos o consumo dessas bebidas aparentemente inofensivas.

 

Para o urologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Alexandre Sallum Bull, o caso é emblemático e serve de alerta para todos que ainda acreditam que tomar refrigerante “só de vez em quando” não faz mal.

 

“Refrigerante é uma das bebidas mais agressivas para o sistema urinário. Ele altera o pH da urina, estimula a perda de minerais pelos rins, favorece a cristalização de substâncias como cálcio, fosfato e oxalato — e isso, com o tempo, vira pedra. E pedra vira dor, infecção e, nos casos mais graves, cirurgia.”

 

O que há de tão perigoso no refrigerante?


Por trás do sabor adocicado e da sensação refrescante, o refrigerante esconde um coquetel de substâncias prejudiciais ao trato urinário: 

  • Ácido fosfórico: Presente especialmente nos refrigerantes à base de cola, altera o equilíbrio ácido-base da urina e aumenta a excreção de cálcio pelos rins, um dos principais componentes das pedras. 
  • Açúcar em excesso: Altas doses de glicose afetam o metabolismo do cálcio e podem aumentar a produção de urina rica em minerais cristalizáveis. 
  • Cafeína: Presente em muitos refrigerantes, tem efeito diurético leve, que pode aumentar a desidratação, reduzindo o volume urinário e favorecendo a concentração de sais na urina. 

E isso sem mencionar os refrigerantes zero ou diet, que embora não contenham açúcar, mantêm o ácido fosfórico e adoçantes artificiais, também suspeitos de afetarem a microbiota intestinal e o metabolismo renal. 

 

O caminho até a formação das pedras


Nos rins, substâncias como cálcio, oxalato e ácido úrico são naturalmente excretadas pela urina. Quando estão em equilíbrio e diluídas, tudo funciona bem. Mas quando a concentração aumenta e a urina está mais ácida ou em menor volume, esses cristais se aglomeram e nascem os temidos cálculos renais.

 

“Beber refrigerante em excesso é como despejar ácido sobre um sistema que deveria ser equilibrado. Com o tempo, os rins reagem da única forma que sabem: formando pedras para tentar conter o excesso de toxinas e sais,” explica Dr. Alexandre Sallum.

 

Sintomas de quem está formando pedras nos rins


A formação de cálculos pode ser silenciosa no início, mas conforme as pedras crescem ou se movimentam, os sintomas aparecem e costumam ser intensos: 

  • Dor lombar forte, em cólica, que pode irradiar para a virilha;
  • Urina com sangue ou turva;
  • Urgência urinária e sensação de bexiga cheia;
  • Náuseas e vômitos;
  • Infecções urinárias recorrentes. 

No caso do paciente que viralizou, as pedras não estavam nos rins, mas acumularam-se na bexiga, gerando um quadro raro, mas grave, que exigiu cirurgia aberta.

 

Quem consome refrigerante está mais propenso a ter pedras?


Sim. Estudos mostram que o consumo frequente de refrigerantes está associado a um aumento de até 33% no risco de formação de cálculos urinários. E o risco é ainda maior em pessoas que: 

  • Têm histórico familiar de pedra nos rins;
  • Bebem pouca água;
  • Têm dietas ricas em sódio, proteínas animais e alimentos industrializados;
  • São sedentárias ou com sobrepeso.

 

Prevenção: o que realmente funciona


A boa notícia é que formar pedra nos rins não é inevitável. Com cuidados simples e consistentes, é possível prevenir o problema, mesmo em pessoas predispostas.

 

1. Beba bastante água:

Manter-se hidratado é a forma mais eficaz de diluir a urina e impedir a formação de cristais. A meta? Pelo menos 2 a 2,5 litros de água por dia, ou até mais se o clima estiver quente ou você praticar atividades físicas.

 

2. Evite refrigerantes e bebidas adoçadas:

Troque refrigerante por água com limão, chás naturais (sem açúcar), água de coco, kombucha ou sucos naturais.

 

3. Reduza o sal e os embutidos:

Dietas com excesso de carne vermelha e embutidos aumentam a excreção de ácido úrico, o que também favorece o surgimento de cálculos.

 

4. Inclua alimentos protetores:

Frutas cítricas, como limão, laranja e acerola, aumentam o citrato urinário, um composto que impede a formação de cristais.

 

5. Consulte um urologista:

Se você já teve pedra nos rins ou infecções urinárias, vale investigar o tipo de cálculo, os hábitos alimentares e, se necessário, fazer exames para personalizar sua prevenção.

 

O caso das 35 pedras retiradas da bexiga de um paciente que abusava do refrigerante não é uma história de azar é consequência de um hábito tóxico, mantido por anos, sem escuta nem orientação.

Você não precisa chegar a esse ponto.

 

“Quando você elimina o refrigerante da sua rotina, não está apenas cortando uma bebida calórica. Está fazendo um gesto de respeito com seu corpo, com seus rins e com a sua saúde a longo prazo.” — Dr. Alexandre Sallum Bull.

 

 

Dr. Alexandre Sallum Bull CRM 129592 - Médico Urologista. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)


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