Cresce o interesse dos cibercriminosos por temas
relacionados à educação escolar, com o número médio semanal de domínios
suspeitos aumentando em cerca de 30% e alguns dos mais populares sistemas de
aprendizagem on-line apresentando vulnerabilidades
A educação escolar tornou-se o mais recente alvo dos
cibercriminosos. O alerta vem dos pesquisadores a Check
Point® Software Technologies Ltd.(NASDAQ: CHKP), uma fornecedora
global líder em soluções de cibersegurança, que identificaram o crescente
interesse dos cibercriminosos por temáticas que envolvem as aulas on-line entre
outros temas relacionados à volta às aulas.
Os pesquisadores da Check Point analisaram atentamente dados
globais dos últimos três meses referentes ao aumento do interesse dos atacantes
pelas aulas on-line, concluindo o seguinte:
• Mais de 35 mil (exatos 35.149) novos domínios relacionados às
aulas on-line e volta às aulas foram registados nos últimos três meses, sendo
que 512 desses domínios são maliciosos e 3.401 são suspeitos.
• O número médio de domínios suspeitos por semana chegou a atingir
a quantidade de 356, o que excede a média semanal habitual em torno dos 115
domínios em semanas anteriores.
• O pico ocorreu no final de julho e início de agosto, sendo que a
quantidade semanal de domínios suspeitos sobre esta temática aumentou cerca de
30% em comparação com a quantidade semanal no período de junho e julho.
• O número médio de domínios maliciosos por semana durante seu
pico (data de registro) foi de 39, em comparação com a média semanal de 46
domínios nas semanas anteriores.
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Número de novos domínios registados relacionados às aulas
on-line e volta às aulas nos últimos três meses
Falhas de segurança em tecnologias de
aprendizagem on-line
No primeiro semestre de 2020, os pesquisadores de Check Point
conduziram uma auditoria completa dos Sistemas de Gestão de
Aprendizagem que permitem o treinamento on-line. Alguns dos sistemas mais
populares utilizam o plug-in do WordPress. A divisão Check Point Research (CPR)
identificou falhas de segurança em três plug-ins do WordPress mais usados para
desenvolver plataformas de treinamento on-line conhecidos como LearnPress,
LearnDash e LifterLMS, comprovando que as tecnologias fundamentais que
proporcionam o treinamento remoto apresentavam vulnerabilidades. Essas falhas
de segurança já foram corrigidas.
Ameaça real
A questão agora é que existem ciberameaças à "espera"
pela oportunidade de entrarem em ação contra os alunos no ensino a distância:
• "Zoombombing": nome dado à
circunstância na qual uma pessoa não convidada entra numa chamada Zoom na
tentativa de prejudicar os demais participantes por meio de insultos, violações
ou o compartilhamento de imagens ofensivas.
• O Cyberbullying Research Center indica que 37% dos jovens entre os 12 e 17 anos
foram vítimas de bullying on-line, sendo que 30% deles sofreram esse tipo de
ataque por mais de uma vez. No Brasil, coincidentemente o mesmo percentual de
37% dos jovens, que responderam a uma
pesquisa da UNICEF, afirmaram já terem sido vítimas de
cyberbullying.
• Ransomware: um tipo de software
malicioso projetado para bloquear o acesso ao sistema do computador e aos seus
arquivos até ser paga uma certa quantia de resgate. O ransomware é, por norma,
transmitido via e-mails que aparentam ser legítimos e que visam fazer com que o
destinatário clique num link ou anexo malicioso. Em 2019 , mais de mil escolas dos Estados Unidos foram
vítimas desta forma de ataque.
• Phishing: é a tentativa de obtenção de
informação ou dados sensíveis, como senhas e credenciais bancárias, por meio da
falsificação de identidades de instituições confiáveis via comunicação
eletrônica.
Principais dicas de segurança para aulas
on-line
Face a todos estes riscos de cibersegurança
visando educação escolar, a Check Point informa as principais dicas de
segurança para alunos, pais e escolas:
PARA ALUNOS
• Cobrir a webcam. Desligar ou bloquear
a câmera e os microfones dos equipamentos quando não estiver em aula on-line.
Certificar-se de que a câmera não tem visibilidade para quaisquer informações
pessoais.
• Clicar apenas em links de fontes
confiáveis. Quando estiver na plataforma colaborativa da escola, clicar
apenas em links compartilhados pelo host ou co-hosts quando
orientado a fazê-lo.
• Fazer login diretamente. Certificar-se
de sempre efetuar o login nos portais da escola; não confiar em links de
e-mails e estarem atentos a domínios suspeitos em ferramentas públicas.
• Adotar senhas fortes. Cibercriminosos
tentam frequentemente quebrar senhas, especialmente aquelas que são simples e
curtas. Adicionar alguma complexidade à senha pode evitar essa situação.
• Nunca compartilhar informação confidencial.
Não deve ser solicitado aos alunos o compartilhamento de informações pessoais
via ferramentas on-line. Este tipo de informação deve estar fora das
plataformas de armazenamento na nuvem.
PARA PAIS
• Conversar com seus filhos sobre phishing.
Ensinar aos filhos para nunca clicarem em links em mensagens de e-mail antes de
verificarem com os pais.
• Denunciar o cyberbullying. Explicar
aos filhos que comentários ou "pegadinhas" ofensivas feitas on-line
não são aceitáveis. Dizer a eles que devem procurar seus pais imediatamente se
passarem por isto ou se virem outra pessoa sofrendo cyberbullying.
• Explicar que é preciso evitar deixar os
dispositivos sem supervisão. Os filhos precisam entender que deixar os
dispositivos em mãos erradas pode ter consequências prejudiciais. Os atacantes
podem fazer login em seus dispositivos, assumindo a identidade do filho
on-line.
• Definir o controle parental.
Estabelecer configurações de segurança e privacidade em sites de acordo com o
nível de conforto para compartilhamento de informações.
• Aumentar a conscientização. A educação
sobre cibersegurança é um conjunto importante de habilidades, mesmo para os
alunos mais jovens. Deve-se investir tempo, dinheiro e recursos para garantir
que os filhos estejam cientes das ameaças e precauções à cibersegurança.
PARA ESCOLAS
• Obter um software antivírus. Garantir
que os notebooks e outros dispositivos dos filhos/ alunos estejam protegidos
por software antivírus para evitar o download acidental de malware. Ativar as
atualizações automáticas para esse software.
• Definir um perímetro on-line. As
escolas devem estabelecer controles de perímetro e gateways de acesso à
Internet para proteger as redes escolares de ciberataques, acessos não
autorizados e conteúdos maliciosos.
• Verificar rigorosamente os fornecedores
terceirizados. As escolas devem garantir a verificação cuidadosa das
plataformas que utilizam de terceiros.
• Monitorar o sistema constantemente. As
escolas devem monitorar todos os seus sistemas continuamente e analisar as
atividades incomuns que possam ser um potencial indicador de um ataque.
• Investir em educação em cibersegurança
on-line. Assegurar-se de que a equipe da escola está consciente sobre os
riscos. Conduzir sessões regulares para que os alunos estejam a par das mais
recentes ameaças à cibersegurança.
Check Point Software Technologies Ltd.
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