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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Setembro Verde: apesar de queda no número de doações de medula óssea, Brasil segue como terceiro maior banco de doadores do mundo


Existem mais de 5 milhões de doadores e 850 pessoas aguardam por um transplante no Brasil


No “setembro verde” comemora-se o mês de incentivo à doação de órgãos e tecidos para transplantes e o IBCC Oncologia chama atenção para a doação de medula óssea, que segundo dados de junho de 2020 do Redome (Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil), existem 5.199.915 de doadores e atualmente 850 pessoas aguardam pelo Transplante de Medula Óssea do tipo não aparentado, aquele em que tanto o doador como o receptor não possuem grau de parentesco. Com a pandemia da Covid-19, o Redome apresentou queda de 30% no número de doações, entre fevereiro e julho, em comparação a 2019. Apesar da queda, o Brasil permanece na terceira posição mundial quando comparado ao número de doadores de medula óssea.

O médico e coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do IBCC Oncologia, Dr. Roberto Luiz da Silva, ressalta “precisamos nos conscientizar e nos adaptar ao fato, de extrema importância, que essa pandemia nos trouxe o chamado ‘novo normal´. Por isso, temos que prosseguir com os tratamentos. O Hospital garante um atendimento seguro e diferenciado para todos os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea”, diz ao destacar que “a doação de medula óssea salva vidas e pode ser opção de tratamento para mais de 80 tipos de doenças”, explica o hematologista.

 A queda tem sido atribuída à diminuição de campanhas de mobilização, até para que se evite aglomerações, ou ao receio das pessoas de saírem de casa por medo de contrair o novo coronavírus. Entretanto, cabe  observar que hospitais e hemocentros brasileiros seguem as determinações de órgãos de saúde oficiais, como o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Sociedade Europeia para Transplante de Medula e Sangue (EBMT), com protocolos rigorosos para evitar contaminações e a proliferação da doença. “O distanciamento seguro entre as pessoas é fortemente observado. Além disso, proceder com a aferição de temperatura, incentivar o uso, que é obrigatório, de máscaras faciais especificas para cada situação, fornecer álcool em gel por todas as áreas e separar pacientes, de maneira distinta, em suspeitos, confirmados e negativados para a doença são ações adotadas com extremo rigor no Hospital”, complementa o Dr. Roberto. 

Hoje o IBCC Oncologia possui um dos maiores centros de transplante de medula óssea do Brasil. São 47 leitos e capacidade para realizar até 100 transplante de medula óssea por ano. Ainda no mês de setembro é comemorado no próximo dia 21, o ‘Dia mundial do doador de medula óssea’ criado em 2015, e amplamente apoiado por organizações de profissionais que atuam no campo do transplante de células-tronco do sangue pelo mundo, para ocorrer sempre no 3º sábado do mês, em mais de 50 países. O objetivo da data é além de agradecer aos doadores, conscientizar o público em geral sobre a importância do ato de doar a medula óssea.

Na capital paulista, o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, possui o Laboratório de Histocompatibilidade, para receber as doações de medula óssea. Os candidatos a doar devem ser pessoas entre 18 e 55 anos de idade e possuírem boa saúde, ou seja, não podem ter doenças infecciosas, neoplásicas e ou imunológicas.

Para saber mais sobre hemocentros que recebem doadores de medula óssea acesse o site http://redome.inca.gov.br/doador/hemocentros/


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