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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Prótese de mama dificulta diagnóstico de câncer?

Em época de conscientização ao câncer de mama, especialista responde a dúvidas comuns e mitos que se espalharam ao longo do tempo

 

Entre as dúvidas que mais surgem durante o Outubro Rosa está a relação entre próteses de silicone e o câncer de mama. Afinal, os implantes podem causar a doença ou dificultar seu diagnóstico? A falta de informação clara pode gerar insegurança, principalmente entre mulheres que já usam ou pensam em colocar próteses. 

O cirurgião plástico Raphael Alcalde esclarece os principais mitos e verdades sobre o tema, explica sobre a rara associação entre implantes e o linfoma. Além disso, o médico orienta como exames de imagem podem ser realizados de forma segura em pacientes com próteses, reforçando a importância do acompanhamento médico. 

Caso o tema esteja no radar, o especialista está à disposição para comentar o tema.

 

Dr. Raphael Alcalde - Cirurgião plástico com mais de quinze anos de experiência, especialista e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua com foco em contorno corporal e cirurgia reparadora, com MBA em Gestão Hospitalar e sólida experiência em urgência e emergência. É reconhecido pela precisão cirúrgica e pela abordagem ética e humanizada em seus atendimentos.

 

Setembro Amarelo alerta sobre prevenção ao suicídio; Brasil registra 45 casos por dia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Psicóloga fala sobre os primeiros sinais, formas de apoio e quebra de mitos sobre um dos maiores problemas de saúde pública do mundo

 

Cercado de tabus, o suicídio é um tema delicado, mas que precisa ser tratado como prioridade de saúde pública. Ao contrário do que muitos imaginam, falar sobre o assunto é essencial para evitar novos casos e auxiliar na busca por tratamento adequado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 720 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no mundo, em média, um caso a cada 40 segundos.

Em 2021, o suicídio foi a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, dados recentes do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, foram registrados mais de 16,8 mil óbitos por suicídio no país, média de 45 casos por dia, número que se mantém em alta e reforça a urgência de tratamentos eficazes e prevenção. Um levantamento da Unicamp apontou que 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em dar fim à própria vida e, destes, 4,8% chegaram a elaborar um plano.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de suicídio no Brasil aumentaram 43% em apenas uma década. Entre crianças e adolescentes, o crescimento também é alarmante. De 2013 a 2023, houve um aumento de 42,7% no número de suicídios nessa faixa etária.


Prevenção e tratamento

De acordo com Juliana Souto, psicóloga da Paraná Clínicas, é possível identificar sinais que podem indicar risco de suicídio, embora muitas vezes eles passem despercebidos. “Podemos pensar em sinais e sintomas muito claros em alguns transtornos mentais, como a depressão, ansiedade , bipolaridade o Toc. Na depressão  quando o paciente está muito desorganizado: sono com prejuízo, alimentação, esquiva dos relacionamentos,o desprazer em atividades rotineiras, a fala e o comportamento do paciente, denotam problemas. Muitas vezes, nesses casos, a pessoa fala sobre não conseguir continuar na mesma vida, de quanto a vida está difícil, de como é doloroso viver, o quanto se sente vazio sem prazer”, afirma a especialista. Frases como “vou me matar” ou “tenho vontade de morrer”, antes desvalorizadas, hoje precisam ser vistas como um grito de socorro.

A especialista destaca que a escuta ativa e o acolhimento são fundamentais nesses casos. “Quando a pessoa encontra espaço seguro para falar da dor, da história e da angústia, há mais chances de prevenção. Esse processo pode abrir portas para encaminhamento médico, apoio psicológico, prática de atividades físicas e fortalecimento dos vínculos familiares. Muitas vezes a família só descobre o sofrimento quando o paciente já tomou uma atitude extremada, por isso a escuta sem julgamento é essencial”, orienta a especialista.

A psicóloga da Paraná Clínicas reforça que a depressão pode sim ser tratada, ainda que não exista uma cura definitiva. “Há possibilidade de remissão dos sintomas, parcial ou total. Para isso, é indispensável o acompanhamento de profissionais qualificados, tanto no aspecto medicamentoso quanto terapêutico, além do suporte familiar. O envolvimento da família estimula o paciente a manter o tratamento, a retomar hábitos saudáveis e a enfrentar os sintomas.


Mitos e verdades sobre o suicídio

Apesar do avanço das campanhas de conscientização, muitos mitos ainda prejudicam a prevenção. Um dos mais comuns é acreditar que falar sobre suicídio aumenta o risco de que alguém cometa o ato. Na realidade, conversar sobre o assunto abre espaço para aliviar tensões e ajuda na busca por um tratamento adequado.

Outro mito recorrente é a ideia de que pessoas que falam sobre a intenção de morrer não levam isso a sério. Grande parte das pessoas que pensam em suicídio dá sinais ou verbaliza suas intenções. Ignorar isso é extremamente arriscado.

Também não é correto afirmar que todos os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm transtornos mentais graves. Embora seja frequente a associação, há casos em que não há diagnóstico clínico, mas sim situações de sofrimento intenso.

 

Paraná Clínicas


Outubro Rosa: cresce o diagnóstico de câncer de mama em mulheres jovens

Centro de Oncologia Campinas preparou extensa programação com o objetivo de impedir que a desinformação leve à detecções tardias


O diagnóstico de câncer de mama em mulheres jovens cresceu nas últimas três décadas. Os casos anuais apresentaram aumento de 79% em pessoas abaixo de 50 anos, de acordo com estudo do BMJ Oncology. Pesquisas recentes apontam que, entre 2012 e 2021, a incidência geral aumentou 1% ao ano, mas em mulheres jovens (30-39 anos), o incremento foi mais pronunciado, especialmente em subtipos agressivos. Houve maior detecção de tumores avançados devido também ao atraso no diagnóstico. Impedir que a desinformação se torne uma facilitadora para diagnósticos tardios é justamente um dos objetivos da Campanha Outubro Rosa, dedicada ao câncer de mama.

Quando a doença é diagnosticada em fases iniciais, o sucesso dos tratamentos chega a 95%. O Centro de Oncologia Campinas preparou uma extensa programação ao longo do mês para reforçar os objetivos do Outubro Rosa (veja abaixo as ações). Palestras em empresas e instituições, assim como na sede do COC, foram programadas para levar conhecimento às mulheres.

No dia 2 de outubro, a micropigmentadora paramédica Ana Savoy realizará com sua equipe sessões gratuitas de reconstrução de sobrancelhas e aréolas. Haverá ainda uma caminhada, dia 18 de outubro, e ações especiais na Praça da Juventude, no Distrito do Ouro Verde, no dia 4 de outubro.

“Diferentemente das mulheres mais velhas, os tumores em jovens tendem a ser mais agressivos, com subtipos como o triplo negativo ou HER2-positivo, o que exige maior atenção à prevenção e detecção precoce”, orienta Fernando Medina, oncologista clínico do Centro de Oncologia Campinas.

Recentemente, o Ministério da Saúde garantiu o acesso à mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres de 40 a 49 anos, mesmo que elas não apresentem sinais ou sintomas de câncer. Essa faixa etária concentra 23% dos casos da doença, segundo a Pasta. Antes, a orientação do exame era direcionada apenas a mulheres de 50 a 69 anos.


 Números e causa

Levantamento feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), mostrou que a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos passou de 8% em 2009 para 22% em 2020.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 73.610 novos casos de câncer de mama neste ano – uma taxa de 66 casos por 100.000 mulheres. Em mulheres jovens, a incidência é menor, mas representa uma proporção significativa: cerca de 5% dos casos ocorrem em mulheres abaixo de 35 anos, e aproximadamente 11,9% das mulheres em tratamento estão na faixa etária inferior a 40 anos.

Na faixa de 40 a 49 anos, foram notificados 71.204 casos entre 2018 e 2023, destacando que o câncer de mama é raro em jovens e sua ocorrência aumenta progressivamente com a idade.

“O aumento notável de diagnósticos em faixas etárias mais baixas é impulsionado por mudanças no estilo de vida e fatores genéticos. Histórico familiar de câncer de mama (especialmente antes dos 50 anos) ou mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 aumentam o risco em até 72% para portadoras”, detalha Medina.

Com relação ao estilo de vida, a obesidade, especialmente na adolescência ou infância, está associada a um risco 1,5 vez maior de desenvolver a doença, devido ao estrogênio produzido pelo tecido adiposo. Consumo excessivo de álcool (mais de 1 dose/dia), tabagismo e dieta rica em gorduras saturadas contribuem para até 30% dos casos. Atividade física insuficiente e sedentarismo agravam o quadro.


 Prognóstico

O prognóstico do câncer de mama em mulheres jovens é geralmente pior do que em idosas, sendo a idade abaixo de 40 anos um fator de risco independente para desfechos desfavoráveis.

Tumores em jovens são mais agressivos: apresentam maior tamanho (>2 cm em 60% dos casos), envolvimento linfonodal (positivo em 50-70%), metástases e subtipos como triplo negativo (ausência de receptores de estrogênio, progesterona e HER2), que respondem menos à terapia hormonal e têm taxa de recorrência de 20-30% em 5 anos.

“Estudos mostram que mulheres jovens têm sobrevida em 5 anos de cerca de 80-85%, comparado a 90% em média das mulheres acima de 50, devido ao diagnóstico em estágios avançados (III/IV em 40% dos casos) e instabilidade genética dos tumores. Fatores como linfonodos positivos e grau histológico alto pioram o quadro, com maior risco de metástase distante”, descreve Fernando Medina.

O diagnóstico precoce, via autoexame e exames de imagem, melhora significativamente as chances, podendo elevar a cura para 90% em estágios iniciais. Avanços em tratamentos, como imunoterapia e terapias alvo, estão melhorando o prognóstico, especialmente para HER2-positivo.

“Embora o câncer de mama em jovens seja menos comum, seu aumento e agressividade demandam vigilância. Mulheres jovens com fatores de risco devem consultar mastologistas para avaliações personalizadas, priorizando hábitos saudáveis como dieta equilibrada, exercícios e controle de peso. A conscientização, como no Outubro Rosa, é chave para reverter tendências e salvar vidas”, afirma Medina.

 

PROGRAMAÇÃO OUTUBRO ROSA DO COC


Dia 1/10 – Abertura da campanha, com palestra do médico Roberto de Almeida Gil, Superintendente do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a partir das 19h, na sede do Centro de Oncologia Campinas, em Barão Geraldo. Evento para convidados

 

Dia 2/10 – Micropigmentação paramédica gratuita de aréola e sobrancelha, com Ana Savoy e equipe do instituto Arte com Paixão. As inscrições devem ser realizadas pelo telefone (19) 3787-3400, com Rose. As vagas são limitadas e os atendimentos serão por hora marcada.

 

4/10 – Ação na Praça da Juventude, no Distrito do Ouro Verde. O COC estará cm estande e profissionais de saúde para passar orientações sobre câncer de mama e tirar dúvidas da comunidade.

 

Dias 6, 13, 20 e 27 – Ciclos de palestras sobre câncer de mama na sede do COC, abertas à comunidade. Os encontros têm início sempre às 8h30, no auditório do Centro. São discussões sobre temas relacionados ao câncer de mama, que envolvem tratamentos avançados, alimentação, direitos do paciente, rede de cuidados, saúde a longo prazo, explicações sobre radioterapia e quimioterapia, tipos de tratamento, entre outros.

 

Dia 18/10 – 6ª edição da Caminhada Outubro Rosa, para conscientização sobre o câncer de mama. O percurso de 2,5km tem saída e chegada na sede do COC, com várias atrações. As inscrições vão até o dia 17/10/2025 via formulário online neste link. (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeu0DdQKBfFGE2uoeOghWb478rO1oi99RoiAy_pSeKtQq4aPA/viewform). O valor do kit é R$ 75,00. É preciso enviar o comprovante de pagamento da inscrição via WhatsApp (19) 99368-8704. A retirada dos kits da caminhada ocorrerá de 16 a 18 de outubro, das 9h às 17h, na sede do COC, à rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas.

 

26/10 – Ação realizada pela Prefeitura de Campinas na Lagoa do Taquaral. O COC estará no estande no evento, que inclui uma caminhada, e também distribuirá material de orientação sobre câncer de mama.

 

Durante todo o mês de outubro – palestras em empresas e instituições para orientar e tirar dúvidas sobre o câncer de mama. Interessados podem entrar em contato o COC para agendar as palestras pelo e-mail palestras@oncologia.com.br

 

Setembro Lilás alerta para sinais do Alzheimer: quando o esquecimento deixa de ser normal

 

O esquecimento faz parte do envelhecimento natural, mas nem sempre deve ser tratado como algo comum. Saber diferenciar lapsos de memória esperados de sinais de alerta é fundamental para o diagnóstico precoce do Alzheimer e outras formas de demência. Essa é a mensagem central da campanha Setembro Lilás 2025, promovida pela Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), que, neste ano, convida a sociedade a refletir: “Pergunte sobre Alzheimer. Pergunte sobre demência”.

A iniciativa busca romper o silêncio que ainda cerca o tema e ampliar o acesso à informação sobre uma condição que atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil e 55 milhões no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um estudo publicado em 2025 na revista The Lancet Regional Health – Americas reforça a urgência do debate: quase 60% dos casos de demência no Brasil poderiam ser evitados, ou adiados, com a redução de fatores de risco conhecidos, como baixa escolaridade na juventude, depressão na meia-idade e perda de visão não tratada na velhice.


Quando o esquecimento preocupa

Para o geriatra Tiago Ferolla, da Linha de Cuidado do Idoso do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, há sinais que diferenciam o esquecimento benigno do envelhecimento normal de uma possível demência: “esquecer onde guardou um objeto ou o nome de alguém, mas lembrar depois, é esperado. O alerta surge quando a perda de memória começa a comprometer a rotina, como esquecer compromissos importantes, repetir a mesma pergunta várias vezes ou não conseguir realizar tarefas do dia a dia. Esses sintomas podem indicar Alzheimer ou outras formas de demência”, explica.

O médico lembra ainda que, além da idade avançada, diversos fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolver a doença: histórico familiar, hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, isolamento social e depressão. “A boa notícia é que muitos desses fatores podem ser prevenidos ou controlados, ao longo do envelhecimento, com hábitos saudáveis e acompanhamento médico adequado”, completa.


Os primeiros sinais vistos no cuidado diário

No cotidiano da assistência, os profissionais de enfermagem estão entre os primeiros a notar mudanças sutis no comportamento. A enfermeira Patricia Guerino, também da Linha de Cuidado do Idoso, destaca alguns sinais comuns: “perda de memória recente, dificuldade em completar tarefas rotineiras, alterações de humor, desorientação no tempo e espaço, além de comportamentos como colocar objetos em lugares inusitados, por exemplo, guardar a chave na geladeira. Muitas vezes, essas pistas passam despercebidas pela família, mas são fundamentais para um diagnóstico precoce”.

Segundo a especialista, a família tem papel ativo nesse processo. Registrar episódios de esquecimento, com data, hora e breve descrição, pode ajudar o médico a avaliar a frequência e a gravidade das alterações.


Cuidado integral e apoio à família

Confirmado o diagnóstico, o acolhimento multiprofissional é essencial. “O primeiro passo é a informação: compreender a doença e suas fases ajuda a reduzir o medo. Além do tratamento médico, medidas práticas como organizar a rotina, adaptar ambientes, estimular a memória com atividades prazerosas e manter hábitos saudáveis são fundamentais para preservar a autonomia e a qualidade de vida do idoso”, orienta Patrícia.

Ela reforça que o suporte também deve contemplar os cuidadores: “grupos de apoio, acompanhamento psicológico e orientação profissional ajudam a evitar a sobrecarga da família, fortalecendo os vínculos de afeto e cuidado”.


Diagnóstico precoce faz diferença

Hoje, a medicina dispõe de recursos que auxiliam a distinguir um esquecimento benigno de um quadro inicial de demência. Testes cognitivos, exames de imagem, como ressonância magnética e análises laboratoriais, permitem identificar alterações cerebrais e descartar causas reversíveis, como deficiência de vitaminas ou distúrbios hormonais.

“A grande diferença é que os esquecimentos normais tendem a se manter estáveis, enquanto a demência tem evolução progressiva. Identificar cedo faz toda a diferença para planejar o cuidado e preservar a qualidade de vida”, conclui Dr. Tiago.

A campanha Setembro Lilás reforça que informação é a chave para quebrar o estigma e dar voz a pacientes e famílias. Para mais informações, acesse www.setembrolilas.org.br.

 

Autoestima e qualidade de vida também fazem parte da luta contra o câncer de mama

Entre sonhos, carreira e família, mulheres enfrentam a doença com desafios únicos em cada etapa da vida, mostrando que o cuidado vai muito além do tumor e exige acolhimento, autoestima, esperança e uma rede multidisciplinar de apoio 

 

O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre mulheres no Brasil e nos últimos anos, vem chamando atenção por atingir cada vez mais pacientes jovens, especialmente entre 30 e 40 anos. Essa é uma fase marcada por conquistas profissionais, estabilidade financeira e planos familiares, mas que, diante do diagnóstico, pode ser transformada em um turbilhão de incertezas. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o país deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos por ano até 2025. Embora a maioria ainda aconteça após os 50 anos, especialistas já notam uma escalada de diagnósticos mais cedo. “Estamos observando um crescimento importante em mulheres jovens com tumores malignos nas mamas. No consultório é claro o número de diagnósticos antes dos 45 anos”, alerta o Dr. Pedro Exman, coordenador do Grupo de Tumores de Mama e Ginecológicos do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Para quem está nessa faixa etária, o impacto vai além da saúde. Muitas vezes, o tratamento chega justamente no auge da vida produtiva e reprodutiva. O tratamento com de quimioterapia e outros recursos pode comprometer a fertilidade, temporária ou permanentemente, o que torna essencial conversar sobre preservação da fertilidade antes de iniciar o tratamento oncológico. “Garantir que a paciente possa, no futuro, exercer seu desejo de ser mãe é parte essencial de um cuidado humanizado”, reforça o especialista. 

Outro ponto que merece atenção é o câncer de mama hereditário. Entre 5% e 10% dos casos estão ligados a mutações genéticas, como nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam consideravelmente o risco da doença em idades mais precoces. “É fundamental que o aconselhamento genético seja ampliado. Isso não orienta apenas a paciente, mas toda a família, permitindo escolhas mais seguras, informadas e personalizadas”, complementa o oncologista. 

Nos últimos anos, novas terapias vêm trazendo esperança e transformando o tratamento. Medicamentos inovadores já oferecem mais tempo de vida com menos efeitos colaterais, além de resultados melhores em casos com tumores agressivos, como o triplo negativo. “A oncologia vive um momento de inovação já temos tratamentos que permitem à paciente seguir sua vida e manter os planos mesmo diante de um diagnóstico tão desafiador”, explica Exman. 

Mas o câncer de mama não afeta apenas o corpo. Ele mexe profundamente com a autoestima, a sexualidade e as relações pessoais e intimas. As mudanças na imagem corporal, dor durante o contato íntimo e alterações no desejo sexual são comuns e precisam ser acolhidas sem tabu dentro do consultório. “Esse tema deve estar presente nas consultas, sem vergonha e sem preconceitos e sempre com o apoio do parceiro ou parceira, pois cuidar da paciente é muito mais do que tratar o tumor, é ajudar a reconstruir sua autoconfiança e manter sua identidade como mulher”, completa o oncologista. 

 

Menopausa e câncer de mama

A partir da quinta década de vida, as mulheres entram no período da menopausa, quando há o encerramento definitivo da menstruação, ovulação e fertilidade. A menopausa e pós-menopausa já trazem desafios físicos e emocionais às mulheres. Essa fase pode ser ainda mais desafiadora se houver a presença do câncer de mama. 

Na fase da vida marcada por mudanças hormonais, como ondas de calor, ressecamento vaginal e alterações no sono, o tratamento oncológico pode intensificar esses sintomas e provocar novas preocupações. Fragilidade óssea, queda da libido e desconfortos íntimos são questões frequentes que afetam diretamente a autoestima e a qualidade de vida. Estudos recentes reforçam a importância de olhar para a saúde óssea nesse contexto. Uma meta-análise publicada em 2022 pela The Lancet Oncology ou Journal of Clinical Oncology mostrou que o uso de bisfosfonatos, medicamentos usados na prevenção da osteoporose, em mulheres perimenopáusicas e pós-menopáusicas reduziu de forma significativa a recorrência local (36%), a metástase óssea (26%)e a metástase à distância (23%). Diretrizes atualizadas da ASCO, também em 2022, recomendam que todas as pacientes pós-menopáusicas discutam com seu médico o uso dessa classe de medicamentos como parte do tratamento adjuvante, e uma revisão clínica publicada em 2025 reforçou a eficácia de drogas como o ácido zoledrônico e o clodronato na redução de recidivas e na ampliação da sobrevida nesse grupo de pacientes. 

Mas o cuidado vai muito além da medicação e envolve olhar para o corpo como um todo. “A paciente precisa ser avaliada em sua totalidade. Cuidar dos ossos, do coração e da sexualidade é tão importante quanto tratar o câncer. A mulher não é apenas uma paciente oncológica, é um ser completo, com múltiplas dimensões que precisam ser respeitadas”, afirma o Dr. Pedro. 

Nesse cenário, o cuidado individualizado e multidisciplinar com oncologistas, ginecologistas, endocrinologistas, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas torna-se essencial para que a mulher possa atravessar o tratamento de forma mais saudável, preservando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e a confiança em si mesma. “O tratamento do câncer de mama precisa de um time inteiro. Nenhum profissional sozinho consegue oferecer tudo o que a paciente necessita. É a união de várias especialidades que permite um cuidado integral e mais humano”, reforça o especialista. 

Assim, a jornada contra o câncer de mama não define quem a mulher é, mas mostra sua força diante dos desafios de cada fase da vida. Em todas elas, a resiliência, o apoio e a esperança são tão importantes quanto a medicina. E é com esse olhar integral e humano que o Hospital Alemão Oswaldo Cruz reafirma seu compromisso diário: servir à vida, oferecendo cuidado de excelência para que cada paciente possa atravessar o tratamento com dignidade, confiança e esperança.

 

Novas recomendações

O Ministério da Saúde divulgou novas recomendações para a realização da mamografia na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o exame passa a ser indicado “sob demanda” para mulheres entre 40 e 49 anos, mediante vontade da paciente e avaliação médica, revogando regras anteriores que restringiam o acesso a esse grupo. O objetivo é consolidar a maior rede de prevenção de câncer do mundo. Até então, o protocolo do Sistema Único de Saúde previa o exame apenas para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos, mesmo sem sinais ou sintomas. Com as mudanças, o Ministério passa a recomendar mamografia com acesso garantido, mas sem rastreamento bienal obrigatório, para mulheres de 40 a 49 anos; rastreamento populacional a cada dois anos para mulheres de 50 a 74 anos; e decisão individualizada para aquelas com mais de 74 anos, considerando comorbidades e expectativa de vida.


Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Acesse o nosso site para saber mais: Link

 

Outubro Rosa


 Exames genéticos avançam na prevenção do câncer de mama; especialistas destacam também a importância da cirurgia plástica na reconstrução mamária 


O Outubro Rosa é o maior movimento mundial de conscientização sobre o câncer de mama, doença que atinge milhões de mulheres todos os anos. No Brasil, o INCA estima cerca de 74 mil novos casos anuais até 2025, consolidando o câncer de mama como o mais comum entre mulheres. Além da mamografia, que segue sendo o exame padrão, novas tecnologias vêm ganhando espaço, como os exames genéticos para identificar predisposição hereditária.

 

A importância do diagnóstico precoce 

Segundo a advogada Dra. Beatriz Guedes, pós-graduada em Direito Médico, os planos de saúde já são obrigados a cobrir exames genéticos quando há indicação médica, mas no SUS a inclusão ainda está em análise: 

 “A detecção precoce salva vidas. Os planos de saúde, regulamentados pela ANS, já oferecem cobertura para esses exames em casos de histórico familiar ou indicação clínica. No entanto, no SUS, ainda existe uma lacuna que priva muitas mulheres dessa oportunidade. Essa desigualdade precisa ser enfrentada para que a prevenção seja acessível a todas”, afirma a especialista. 

Ela reforça ainda os direitos legais das pacientes: a Lei dos 30 dias, que garante exames diagnósticos rápidos, e a Lei dos 60 dias, que assegura o início do tratamento após o diagnóstico.

Cirurgia plástica e autoestima após o câncer 

O diagnóstico de câncer de mama muitas vezes implica cirurgias que podem afetar a imagem corporal, como a mastectomia (retirada total da mama). Nesse contexto, a cirurgia plástica tem papel essencial na reconstrução mamária, devolvendo qualidade de vida e autoestima às pacientes. 

O cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath, da Clínica Líbria, explica que os avanços na área permitem resultados cada vez mais naturais e seguros: 

> “Hoje conseguimos realizar a reconstrução mamária com técnicas modernas, que utilizam próteses de silicone, expansores ou até mesmo tecidos da própria paciente. O objetivo é restaurar a forma da mama e, principalmente, ajudar a mulher a recuperar sua confiança e bem-estar emocional após o tratamento oncológico.” 

Segundo ele, a reconstrução pode ser feita de forma imediata, no mesmo ato da mastectomia, ou tardia, meses após o término do tratamento: 

> “Cada caso deve ser individualizado. Quando a paciente tem condições clínicas adequadas, optamos pela reconstrução imediata, o que reduz o impacto emocional. Em outros casos, preferimos aguardar para garantir maior segurança oncológica.”


Recuperação e cuidados 

O Dr. Hugo Sabath reforça que, assim como em qualquer cirurgia plástica, o pós-operatório exige acompanhamento rigoroso: 

 “É fundamental que a paciente siga todas as orientações médicas, faça uso de malhas compressivas quando indicado, evite esforços e mantenha consultas de revisão. A reconstrução não é apenas um procedimento estético, mas parte do tratamento oncológico. Por isso, precisa ser planejada em conjunto com a equipe multidisciplinar que acompanha a paciente.”

 

Conclusão: 

O Outubro Rosa mostra que a luta contra o câncer de mama envolve prevenção, diagnóstico precoce, acesso igualitário e recuperação integral. Se, de um lado, os exames genéticos representam um avanço fundamental na identificação de riscos, de outro, a cirurgia plástica desempenha papel crucial na reconstrução mamária, ajudando mulheres a retomarem sua autoestima e qualidade de vida. 

 “Prevenir e tratar o câncer de mama não é apenas uma questão de salvar vidas, mas também de garantir dignidade às pacientes. O direito à saúde inclui acesso a exames modernos, tratamentos eficazes e à possibilidade de reconstrução mamária. Esse é um olhar completo e humano sobre o Outubro Rosa”, concluem Dra. Beatriz Guedes e Dr. Hugo Sabath.

 


Dr. Hugo Sabath
Cirurgião Plástico – CRM 131.199/SP


Vozes do Advocacy e Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde de São Manuel


O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 45 bilhões de dólares em 2025, sendo o terceiro país no mundo no ranking dos gastos com a condição, segundo o Atlas 2025 da Federação Internacional do Diabetes. Dados da Pesquisa Vigitel, no conjunto das 27 cidades, a frequência do diagnóstico médico de diabetes foi de 10,2%, sendo maior entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%).

A Pesquisa Radar Nacional sobre Tratamento de Diabetes no Brasil, feito pelo Vozes do Advocacy no ano passado, a partir de uma amostragem de 1.843 pessoas, mostrou que 30% dos brasileiros com diabetes apresentam descontrole glicêmico, e 42% nem sequer recordam o último resultado ou não sabem do que se trata o exame. Os dados refletem em consequências para a saúde: 12% dos participantes relatam retinopatia diabética, que pode levar à cegueira; 32% têm neuropatia; 25%, doenças cardiovasculares; 10% relatam nefropatia e lesões nos pés, complicações graves, que poderiam ser prevenidas com acompanhamento regular e tratamento adequado.

Pensando em melhorar a adesão ao tratamento e assim prevenir as complicações do diabetes, o Vozes do Advocacy e a Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético (ABAD), em parceria com a Secretaria de Saúde de São Manuel, realizam o projeto Educar para Salvar, que consiste em uma atualização dos conhecimentos sobre diabetes para os profissionais de saúde do SUS, no dia 9 de outubro, das 8h às 12h, e das 13h às 17h, será voltado para agentes comunitários, no Teatro de Pedra, na Rua Sebastiana de Barros 109, Jequitibás, em São Manuel, SP.

“Nós sabemos que o diabetes é uma condição que requer acesso aos insumos e aos medicamentos, tratamento multidisciplinar com profissionais devidamente capacitados e educação em diabetes para as pessoas, que convivem com a condição. Por isso, sabemos que por meio da educação, melhoraremos a adesão ao tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações, hospitalizações e internações”, explica Adriana Barretto, presidente da ABAD.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio das empresas: Amgen, AstraZeneca, Bayer, Roche e GSK.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

 

Sobre o Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas condições no país.


Grupo GSH tem estudo inédito sobre Cell Saver publicado na revista Transfusion

Publicação histórica posiciona o Brasil na vanguarda da medicina transfusional e destaca a excelência do Grupo GSH no uso da tecnologia Cell Saver

 

O Grupo GSH acaba de alcançar um marco inédito para a medicina transfusional brasileira. O estudo “Controle de qualidade da recuperação de sangue autólogo em cirurgia cardíaca”, assinado pelo Dr. Sergio Domingos Vieira, foi publicado na Transfusion, a revista científica mais respeitada do mundo na área de hemoterapia. A publicação é um reconhecimento internacional da excelência técnica e da inovação desenvolvida pelo grupo no uso do Cell Saver — uma tecnologia que recupera o sangue do próprio paciente durante cirurgias, reduzindo ou até eliminando a necessidade de transfusões com sangue de doadores.

“Pela primeira vez, mostramos que é possível estabelecer critérios laboratoriais objetivos para avaliar a qualidade do sangue recuperado com Cell Saver, fato inédito na literatura internacional”, afirma Dr. Sergio Domingos Vieira, Coordenador Médico de Pesquisa Clínica do Grupo GSH.

A publicação na Transfusion reforça o protagonismo do Grupo GSH, que desenvolveu um protocolo exclusivo de controle de qualidade do sangue recuperado com Cell Saver, até então inexistente no cenário mundial. O estudo utilizou parâmetros laboratoriais como hematócrito, grau de hemólise e proteína residual para comprovar que a qualidade desse sangue impacta diretamente nos desfechos dos pacientes, contribuindo para maior segurança e eficácia em procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.


Cell Saver: tecnologia que salva vidas

A tecnologia Cell Saver é indicada para cirurgias com previsão de grande sangramento, como cardíacas, ortopédicas, neurocirurgias, transplantes cardíacos e hepáticos, entre outras. Durante o procedimento, o sangue que seria perdido é aspirado diretamente do campo cirúrgico, processado, filtrado e lavado por uma processadora celular automatizada, e reinfundido no próprio paciente, durante a cirurgia, em forma de concentrado de hemácias lavadas.

“Os benefícios são inúmeros: menor exposição a sangue alogênico (doado por outra pessoa), redução de riscos transfusionais, menor tempo de internação e recuperação mais rápida. Estudos mostram que o uso do Cell Saver melhora diretamente os desfechos clínicos”, destaca Dr. Vieira.


Inovação brasileira com reconhecimento internacional

À frente do Grupo GSH, Dr. Vieira lidera um programa que já ampliou em 300% o número de procedimentos com Cell Saver nos últimos cinco anos, dobrando também o número de hospitais que adotaram a prática.

O diferencial do Grupo GSH está no desenvolvimento de protocolos técnicos próprios, que garantem a padronização e a qualidade do sangue recuperado. Esse nível de excelência foi fundamental para que o estudo fosse aceito pela Transfusion, revista que publica apenas pesquisas de alto rigor técnico e relevância científica.

“Essa publicação marca um divisor de águas. Abre um novo capítulo na medicina transfusional e posiciona o Brasil, assim como o Grupo GSH, na linha de frente dessa inovação”, reforça o médico especialista.


Contribuição para mudanças na legislação brasileira

Apesar dos avanços, o artigo também chama atenção para uma lacuna preocupante: a ausência de regulamentação no Brasil que exija controle de qualidade do sangue autólogo recuperado com Cell Saver, o que já é obrigatório para o sangue de doadores.

“Se lavo um concentrado de hemácias de um doador, preciso seguir normas rígidas. Mas se faço o mesmo com o sangue do próprio paciente, não há exigência alguma. Há empresas que distribuem esse material e mandam um técnico para executar esse procedimento, sem nenhuma responsabilidade do médico especialista. Isso é inconcebível. Nosso artigo propõe a urgente revisão dessa legislação. Esperamos que isso contribua para mudanças normativas e, sobretudo, para maior segurança e resultados melhores para os pacientes”, conclui Dr. Vieira.

 

Grupo GSH - referência nacional em Medicina Transfusional.


Má higienização de lentes de contato contribui para infecções oculares, podendo levar à cegueira

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Durante o Setembro Safira, especialista explica como prevenir problemas e proteger a visão 


Você usa ou conhece alguém que utiliza lentes de contato? Nem sempre lembramos, mas a má higienização desses dispositivos pode colocar a visão em sério risco. Durante o Setembro Safira, campanha dedicada à conscientização sobre o uso correto e seguro das lentes, cresce a atenção para os cuidados indispensáveis. 

Segundo a Dra. Michelle Farah, oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da Rede Vision One, uma lente contaminada pode parecer normal à primeira vista, mas alguns sinais devem acender o alerta: “Depósitos visíveis, aspecto opaco, desconforto, ardência, lacrimejamento excessivo e vermelhidão persistente não podem ser ignorados”, orienta. 

Quando a contaminação atinge os olhos, os sintomas se tornam mais intensos: dor, fotofobia, secreção, visão embaçada e inchaço das pálpebras. “Nesses casos, a avaliação médica deve ser imediata, pois podem indicar infecções graves, como as ceratites”, reforça a especialista. 

O uso inadequado das lentes pode provocar desde conjuntivite até quadros potencialmente devastadores, como ceratite bacteriana, fúngica ou por Acanthamoeba. “Essas infecções evoluem rapidamente e podem levar à perda visual se não forem tratadas a tempo”, alerta. 

Entre os erros mais comuns dos usuários estão: lavar o estojo com água da torneira, reutilizar soluções, dormir com lentes de contato, prolongar o uso além do prazo de descarte e não substituir o estojo com regularidade. “Vale lembrar que a validade começa a contar a partir da abertura da embalagem, e não da quantidade de vezes em que a lente foi usada”, explica. 

Para garantir segurança, a oftalmologista recomenda lavar bem as mãos antes de manusear as lentes, utilizar apenas soluções adequadas para limpeza, respeitar os prazos de descarte e evitar o uso em piscinas, mar ou durante o banho. “O estojo também merece atenção: deve ser higienizado semanalmente com solução multiuso, seco ao ar livre e trocado a cada um a três meses”, acrescenta. 

Dormir com as lentes ou deixá-las em contato com a água são práticas especialmente arriscadas. “Microrganismos existentes na água podem se acumular nas lentes e desencadear infecções oculares potencialmente graves. O ideal é sempre retirar as lentes antes de dormir ou nadar”, adverte a Dra. Michelle. 

Ao menor sinal de irritação ou suspeita de infecção, a recomendação é retirar as lentes imediatamente e procurar um oftalmologista. “As lentes de contato são seguras, confortáveis e transformam a qualidade de vida. Mas a segurança depende do cuidado diário. Seus olhos são únicos — proteja-os com responsabilidade”, finaliza a especialista.


10 dicas de beleza para chegar na terceira idade com saúde e estilo

No Dia Internacional do Idoso, a empresária e especialista em bem-estar Isa Santini, CEO do Ateliê Beauty, compartilha orientações que unem autoestima, vitalidade e cuidados práticos 

 

No dia 1º de outubro, é celebrado o Dia Internacional do Idoso, uma data que valoriza o envelhecimento saudável e reforça a importância do autocuidado em todas as fases da vida. Para a especialista em bem-estar Isa Santini, CEO do Ateliê Beauty, manter rotinas de cuidado é um gesto de amor-próprio que impacta diretamente a qualidade de vida. “Estar na melhor idade não significa abrir mão do autocuidado. Pelo contrário: esse é o momento de investir em rotinas que tragam conforto, vitalidade e valorizem a beleza madura”, destaca Isa. 

Pensando nisso, a especialista lista 10 cuidados essenciais de beleza para os 60+:
 

1.Hidratação diária da pele

A pele madura tende a perder elasticidade e luminosidade com mais facilidade. “Manter a hidratação é essencial para preservar a vitalidade e garantir conforto no dia a dia”, reforça Isa.

 

2.Proteção solar constante

Mesmo em dias nublados, os raios solares afetam a pele. “O filtro solar é um aliado indispensável em qualquer idade, porque previne manchas e o envelhecimento precoce”, destaca.

 

3.Rotina de limpeza suave

Produtos muito agressivos podem causar ressecamento. “Uma limpeza delicada mantém a pele fresca e preserva sua barreira natural”, explica.

 

4.Alimentação equilibrada e rica em antioxidantes

Frutas, vegetais e proteínas fazem diferença no aspecto da pele, unhas e cabelos. “Uma dieta colorida aumenta a energia e fortalece o corpo de dentro para fora”, comenta Isa.
 

5.Exercícios físicos regulares

Cuidar do corpo vai além da estética: movimentar-se contribui para disposição e saúde. “Mexer o corpo fortalece a musculatura, melhora a circulação e traz bem-estar imediato”, ressalta.
 

6.Sono reparador

Dormir bem é essencial para regenerar a pele e renovar energias. “Pequenos rituais noturnos, como meditação ou música calma, ajudam a desacelerar e preparar o corpo para o descanso”, sugere.

 

7.Cuidados com cabelo e unhas

Além de estética, são reflexo de saúde. “Cortes regulares, hidratações e vitaminas específicas ajudam a manter a vitalidade e uma aparência mais jovem”, recomenda.

 

8.Massagens e técnicas sensoriais

Técnicas como cromoterapia ou aromaterapia ajudam no equilíbrio físico e emocional. “Massagens e estímulos sensoriais proporcionam bem-estar e sensação de rejuvenescimento”, afirma Isa.

 

9.Autocuidado personalizado

Cada pessoa tem necessidades próprias e respeitá-las é parte do processo. “Quando criamos uma rotina adaptada ao nosso corpo e ritmo, o cuidado vira prazer e aumenta a autoestima”, observa.

 

10.Ambientes acolhedores

Frequentar espaços que unem tecnologia e conforto potencializa os resultados. “O ambiente certo transforma qualquer cuidado em uma experiência especial de bem-estar”, finaliza Isa.

  


Ateliê Beauty
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Cidade Jardim: Av. Magalhães de Castro, 4800 - Conj. 42 - Torre Capital Building – Cidade Jardim – São Paulo/SP

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Indaiatuba: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 2142 - Jardim Esplanada - Indaiatuba/SP


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