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Uma Ferrari pode custar R$ 1.600.000, no entanto,
se você não tiver disponível pouco mais de R$ 5 mil, pode ter que encostar o
carrão, afinal esse é o custo médio do freio de disco desse tipo de carro.
Claro que essa não é uma analogia que engloba a maior parte das pessoas, na
verdade é o contrário, mas com isso quero dizer que numa empresa todos são
extremamente importantes e, por isso, devem ser considerados pela gestão, pois
o mau funcionamento de uma peça, pode comprometer todo o processo.
A gestão da empresa tem que ser ágil, envolvente, o
time precisa estar engajado em tudo, do contrário, se uma pequena engrenagem
falha, pode comprometer todo o resultado.
Um excelente caminho da gestão que valoriza e, por
consequência, engaja o time é a administração por OKRs (Objectives and Key
Results – Objetivos e Resultados Chaves). Primeiramente preciso destacar que
ela ajuda a construir um cenário claro do futuro desejado, seja ele qual for.
Além disso, prevê que se faça uma avaliação, no mínimo trimestralmente, para
entender se estamos caminhando na direção correta, ou se há necessidade de
algum ajuste. Essa, a avaliação constante dos resultados, é premissa do OKR e
não pode ser negligenciada.
Mas para que se chegue lá, é necessário o
engajamento do time. A centralização da gestão precisa ser esquecida, ela não
envolve as pessoas e como uma consequência natural, não permite que elas
desenvolvam todo seu potencial. Para o perfeito funcionamento, a boa prática de
construção dos OKRs exige uma visão compartilhada do que a empresa deseja
alcançar, apontando de forma clara e direta os resultados que precisam ser
atingidos, para que essa agenda seja cumprida, deixando para os colaboradores a
definição de como atingir o objetivo. Em linhas gerais, entende que todos os
colaboradores são parte importante no processo de conquista das metas.
Mais do que apenas conhecerem suas funções, essa
modalidade de gestão entende e aceita a diversidade de ideias, como forma de
conquista do objetivo global da companhia. Estabelece-se assim, uma liderança
de resultados, onde a equipe tem plena consciência do seu papel.
Ainda há, por resquício de formas antigas de gerir
um negócio, quem acredite na necessidade do distanciamento entre líder e
liderados, como forma de preservar a autoridade. Esse é, na minha opinião, um
caminho que só impõe o distanciamento da equipe e limita cada integrante desse
time a fazer, de forma quase que mecânica, a parte que lhe cabe, sem espaço
para novas ideias ou para a criatividade, limitando em muito a produtividade e
o alcance de resultados ambiciosos.
O austríaco Peter Drucker, aclamado em todo o
mundo como o pai da gestão, dizia que “os ativos mais valiosos de uma
instituição do século XXI, seja empresa ou não, são seus trabalhadores do
conhecimento e sua produtividade”. É exatamente isso.
Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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