Em
Curitiba, número de cadastros para acesso à internet pública em pontos da
cidade mais que dobrou em 2020
Mais da metade dos brasileiros têm no
celular a única forma de acesso à internet. Ou seja, 58% da população. É o que
mostra a pesquisa TIC Domicílios de 2019. O estudo é feito pelo Centro Regional
de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) e é um dos
principais do país com dados sobre conexão à internet. Uma outra pesquisa, de
2020, feita pelo Google em parceria com a Bain & Company, traz números
semelhantes e mostra que, nas classes D/E, o smartphone tem papel ainda mais
significativo, com 83% dos usuários se conectando à internet unicamente pelo
celular. O estudo indicou também que 93% das pessoas acreditam que o acesso à
internet teve um impacto positivo em suas vidas.
Esses dados reforçam a importância da
democratização do acesso à rede mundial de computadores via redes de wi-fi
gratuitas disponibilizadas nas cidades. Em Curitiba, ao longo de 2020, o número
de cadastros para acesso à internet pública no Mercado Municipal da cidade e na
Rua da Cidadania Matriz cresceu 107%, em comparação com 2019. Para se conectar,
a pessoa só precisa fazer um cadastro no Passaporte Curitiba, serviço
desenvolvido pelo Instituto das Cidades Inteligentes para "autenticar o
cidadão".
E a expectativa agora é que, até julho,
moradores e turistas passem a contar com wi-fi gratuito em outros 254 locais da
capital. São pontos de grande fluxo de pessoas, como terminais de ônibus, Ruas
da Cidadania, Faróis do Saber e da Inovação, Liceus do Ofício, Centro
Histórico, estabelecimentos de saúde e a área de atendimento do Palácio Solar
29 de Março, sede da Prefeitura.
O objetivo é, principalmente, facilitar
o acesso a aplicativos que levam serviços públicos até a palma das mãos, como o
Saúde Já, Curitiba App e Curitiba 156. A implantação de toda a estrutura será
feita pelo ICI, sem custos para a Prefeitura, como projeto de contrapartida
social ao contrato de gestão existente. “Essa iniciativa está diretamente
relacionada ao propósito do Instituto, que é melhorar a vida das pessoas e
continuar colocando Curitiba no topo do ranking das cidades inteligentes”,
reforça o diretor-presidente do ICI, Fabrício Zanini.
Responsabilidade social
Ao longo de 2020, quando a pandemia
colocou a tecnologia como forma principal de contato com familiares, escola e
trabalho, ações que promoveram a inclusão digital tiveram uma importância ainda
maior. O Trilha Digital, projeto de capacitação profissional do ICI, precisou
se adaptar para oferecer seus conteúdos de maneira online. Em parceria com a
Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, foram promovidas palestras via
Facebook, com conteúdos relacionados à tecnologia, mercado de trabalho, saúde e
finanças domésticas. Mais de 10,5 mil pessoas foram alcançadas em 14
atividades.
E em conjunto com a Fundação de Ação
Social (FAS), outro público atendido foi o da terceira idade. Cerca de 100
idosos participaram de um curso gratuito oferecido pelo programa Liceu de
Ofícios, da Prefeitura de Curitiba, para ajudar no uso de smartphones. As
videoaulas, produzidas pelo Instituto das Cidades Inteligentes, ensinavam desde
configurações básicas até como filmar, fotografar, enviar vídeos e fotos,
localizar os arquivos gerados e excluir itens do celular. “A inclusão digital é
parte fundamental para a transformação das cidades. Só assim elas serão mais
inteligentes e, principalmente, mais humanas”, defende o gestor de Ação e Responsabilidade
Social do ICI, Ozires de Oliveira.
ICI – Instituto das Cidades Inteligentes
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