Sobre a ampliação da consciência
Se as emoções são o caminho para a ampliação da consciência, a pergunta é:
Onde quero chegar?
Não há uma resposta certa, mas sim a resposta que faz sentido para cada um.
Então, vou escrever este texto com base na minha resposta:
“Ser uma pessoa cada vez melhor!”
Sob este ponto de vista, não importa o ponto final e sim o caminho. Na melhor
expressão da metafísica!
E ao ousar percorrer este caminho, descobri o papel fundamental das emoções.
Isso porque elas promovem reflexões transformadoras que levam à ampliação da
nossa visão sobre as coisas, o que nos permite decidir e agir de forma mais
consciente.
Ainda no processo, agir leva às experiências, que por sua vez geram
aprendizados. E quanto mais significativos os aprendizados, mais profundos,
transformadores e relevantes para nossa vida!
Pois bem, vamos ao caminho…
Como a ideia é sentir, fui me dando conta de como os eventos da minha vida
despertavam meus sentimentos. Não pensem que logo de cara consegui catalogar,
descrever e dominar… O que, aliás, é um erro!
A nossa cultura e educação nos ensinam a sermos seres racionais no melhor
exemplar do penso, logo existo.
Nada contra, a razão é essencial para o desenvolvimento humano, mas é o
terceiro passo. Aprendi que evoluir no quesito maturidade, significa não pegar
atalhos.
O primeiro passo é perceber, se colocar num estado
de espírito no qual esteja conectado consigo mesmo, com a sua vida e as pessoas
próximas. Como alguém que está caminhando, interrompe a viagem para beber água
na fonte e se dá conta do seu reflexo espelhado…
Quase que simultaneamente vem o segundo passo. Ele traz
consigo a sensação de experimentar um turbilhão de emoções, vezes agradáveis e
por vezes bem desagradáveis, que podem nos fazer achar que a experiência não
vale a pena.
Permita que as emoções apareçam no seu estado natural, sem a obrigação de ter
que dar conta de compreendê-las rapidamente ou reagir de forma impulsiva.
Acredite, pode parecer uma eternidade, mas ao dar esse espaço para suas
emoções, elas logo se acomodam e você vai perceber que naturalmente vão te
despertar à consciência.
Nesta condição, janelas de reflexão se abrirão e te farão buscar primeiro o
sentido das coisas. E, sobre o sentido das coisas não estou dizendo sobre ter
que encontrar o propósito da sua vida, nada disso!
Buscar o sentido das coisas é deixar que a consciência espontânea abra seus
olhos e te faça ver coisas que não via antes. Gostaria muito de ter alguma
experiência comum para poder comparar, de modo que você sinta o que quero
dizer, então te convido a lembrar de algum momento da sua vida em que você
sentiu que “a ficha caiu” ou disse “poxa, como eu não vi isso antes”!
É isso, só que mais intenso! Como se você tivesse absoluta certeza do que está
vendo pela janela da reflexão. Momento em que percebemos como nós e os outros
sentem, o que fazemos com que sentimos e os impactos que provocamos uns aos
outros. E acredito que a recompensa de se lançar ao desconhecido é o despertar
da consciência de que somos seres protagonistas.
Agora sim – e só agora – vem o terceiro passo, o da razão.
Aquela bem cartesiana, recheada dos nossos conhecimentos, que nos dá
instrumentos para decidir sobre como lidar seja lá com o que estejamos
refletindo no momento.
Uma vez decidido, estaremos prontos para agir. Sim, entrar em ação é somente
o quarto passo. E é justamente o passo que nos
habilita a colocar em prática esse novo olhar, como uma excelente oportunidade
de dar respostas novas aos velhos problemas da nossa vida.
E como a própria ciência diz que para toda ação há uma reação, os resultados
das nossas experiências geram aprendizados que nos levam gradativamente rumo à
maturidade, e nos faz pessoas cada vez melhores.
Nós, aqui do Grupo Bridge, somos apaixonados por construir projetos que
proporcionem a experiência da reflexão transformadora. E as emoções sempre
tiveram espaço livre no ambiente de cocriação que construímos.
Sabemos na prática como o caminho da ampliação da consciência é prazeroso e
temos a certeza de que o sentir nos faz existir!
E você, o quanto sente-se vivo?
Janice
Gonçalves - consultora Grupo Bridge
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