Estudo do IBGE mostra números e especialista em diferenciação aponta saídas
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), das 2,8 milhões de empresas em
funcionamento no país na segunda quinzena de junho, 62,4% (seis em cada dez)
disseram ter sido afetadas negativamente pela crise do novo coronavírus. O
impacto é maior entre empresas de pequeno porte (com até 49 funcionários), o
maior contingente da amostra. Nesse grupo, 62,7% dos negócios perceberam
efeitos negativos.
Entre os efeitos negativos da pandemia, metade das empresas em atividade
(50,7%) relatou queda nas vendas ou redução nos serviços prestados na segunda
quinzena de junho. A queda nas vendas foi sentida por 51% das empresas de
pequeno porte. Serviços e comércio foram os mais afetados, a pandemia afetou
65,5% de um total de 1,2 milhão de empresas do setor de serviços, especialmente
aqueles prestados às famílias. No comércio, 64,1% entre 1,1 milhão de empresas
foram afetadas, com maior percepção de reflexos negativos no segmento de
veículos, peças e motocicletas (74,9%).
“O mundo está vivendo o que eu chamo de Coronacrise, uma crise de saúde que
está causando sérios impactos econômicos, com reflexos diretos nas atividades
das empresas. Os empreendedores precisam se reinventar, criar novos modelos de
negócio, pois, novos negócios vão surgir para atender novas demandas de mercado
e de consumo. A diferenciação será uma arma eficaz nesse processo de mudança do
empresário, do comércio e do consumo”, Pedro Superti, especialista em
diferenciação de negócio.
Para uma pequena empresa, ficou claro que agora não
basta mais contar com os clientes habituais. Por isso, Pedro sinaliza alguns
caminhos, como o de ações on-line. “Uma presença on-line forte, com pessoas que
acompanham você nas redes sociais e indicam você para conhecidos passou de ser
opcional para item obrigatório. Não é momento de ficar em silêncio”, conclui.
E ele ressalta: “ser visto e lembrado durante o isolamento é a grande chance de ter vendas novamente. Principalmente se a perspectiva de termos duas ou três ondas de isolamento prevista por especialistas se concretizar”.
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