Organização une a sociedade civil, o mercado e a administração pública em torno de um sistema de saúde mais amplo e eficiente para todos
O
cenário da saúde brasileira pede atenção – e não é de hoje. A pandemia do novo
coronavírus escancarou necessidades que há tempos já eram sentidas pelos
pacientes do sistema público e privado. Dificuldade para ter acesso à exames,
cirurgias e poucos medicamentos disponíveis são algumas das principais queixas.
Para fortalecer a
sociedade civil na busca dos seus direitos, a Colabore Com o Futuro, primeiro negócio social de advocacy
da América Latina, identifica as principais necessidades, mobiliza os
principais envolvidos no processo e encabeça campanhas que visam ampliar as
políticas de saúde do país. “Em apenas três anos de existência, já mudamos a
vida de mais de 8 milhões de pessoas com o nosso trabalho. A Colabore é a força
que une a sociedade, o mercado e os representantes da administração pública
para que o acesso à saúde seja cada vez mais amplo e eficiente”, pontua a
cofundadora Carolina Cohen.
Segundo
dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a Anvisa registra, em média, 800
medicamentos por ano, dos quais menos de 10% deles são incorporados pelos
sistemas de saúde aos pacientes. De acordo com dados publicados pelo Conselho
Federal de Medicina, o governo gasta, em média, apenas R$1.272 com a saúde de
cada brasileiro por ano – investimento dez vezes menor do que é realizado em
países desenvolvidos.
A escassez
de recursos é um dos principais desafios enfrentados pela gestão da Saúde
Pública. “De um lado, é preciso garantir assistência universal e gratuita aos
mais de 70% de brasileiros que dependem do sistema público, ao mesmo tempo em
que medicamentos mais inovadores, eficientes e muitas vezes mais caros estão
sendo lançados e demandados pelos pacientes ao governo”, detalha a especialista.
O que a sociedade
civil precisa saber é que muitas das decisões sobre quais tratamentos e
tecnologias farão parte do rol de procedimentos dos planos de saúde e do SUS,
apenas para citar alguns exemplos, é uma decisão coletiva, da qual todos podemos
participar. “O nosso trabalho é engajar a sociedade em pautas que visam a
melhoria nos serviços de saúde. A nossa voz é importante em todas as decisões e
muitas vezes a sociedade não sabe como se posicionar e sequer toma conhecimento
dessas políticas”, ressalta.
A Colabore Com o Futuro atua em quatro pilares:
engajando a sociedade a participar dos processos de decisões em saúde e
financiamento; incentivando a sociedade civil a mudar hábitos para prevenção de
doenças; mobilizando o governo para ações de incorporação de medicamentos; e
propondo projetos de lei junto a políticos.
A próxima campanha prevista no calendário da
organização é chamada Estamos de Olho ANS, que visa informar e orientar a
sociedade civil sobre as consultas públicas que serão realizadas para a
atualização do rol dos planos de saúde. “Um quarto da população brasileira
investe em saúde complementar, mas nem sempre consegue ser atendida da forma
como necessita. Esse é o momento de fazer valer a nossa voz e os nossos
direitos”, finaliza.
Ainda vale destacar que Carolina Cohen, cofundadora
da Colabore com o Futuro, foi eleita como uma das seis empreendedoras e
inovadoras mais admiradas em saúde por meio de votação popular promovida pelo
Health Innova Hub.
Sobre
a Colabore Com o Futuro
A Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social
de advocacy
da América Latina e convoca a sociedade a participar das decisões de saúde
junto ao governo, criando de maneira transparente e sustentável políticas
públicas mais democráticas, justas e efetivas. A organização é a força que une
a população, o mercado e os representantes da administração pública em torno de
um sistema que garanta o acesso à saúde para todos.
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