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| Bem-estar da criança é prioridade (Freepik) |
O distanciamento social foi uma
medida orientada de forma bem clara para evitar a propagação da COVID-19. O
maior objetivo é não sobrecarregar o sistema de saúde. Por motivos óbvios, esse
cenário gerou um desafio para toda população, mas para pais separados que
compartilham a guarda dos filhos criou um cenário diferente.
“Defendemos o bom senso nas
decisões. Não é o momento de brigar por uma matemática exata do convívio com os
filhos e, sim, de pensar na proteção das crianças", afirmou o médico
pediatra e psiquiatra infantil e psicanalista, Victor Mardini.
O convívio com ambos é
importante. Por isso é preciso que os pais pautem essa decisão no bom senso. O
médico reforça que mágoas e conflitos da separação sejam afastadas em qualquer
situação, mas especificamente neste momento isso se torna mais importante
ainda.
“É preciso levar em conta que
todos estão inundados por ansiedade e incertezas por conta da pandemia. Isso
por si só, gera uma situação de tensão. Por isso é importante que se evite
falar mal para criança do ex-conjugue para não agravar as coisas que já estão
difíceis", reforça.
Outra recomendação é considerar
os riscos de contágio na prática. Há pais ou mães que possuem uma profissão de
maior risco, como por exemplo, os próprios profissionais da área da saúde ou
segurança. Ainda que não seja fácil, nestes casos, talvez seja o momento de
quem está mais exposto abrir um pouco mão do tempo de cuidado.
“Essas situações que são
individuais de cada família devem ser consideradas. Há muitos casais que estão
optando, por exemplo, por um período maior de convivência para evitar as idas e
vindas. Isso é importante porque não expõe a criança a constantes
deslocamentos. É importante ter em mente que esse convívio vai ser recuperado
depois que tudo isso passar, finaliza.
Marcelo Matusiak

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