Cardiologista destaca a importância de cuidar
da saúde para enfrentar a pandemia da Covid-19
Considerada
uma das principais complicadoras do quadro de infecção da Covid-19, provocada
pelo novo coronavírus, a hipertensão, mais conhecida como “pressão alta”, matou
34 pessoas por hora no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde (MS).
Embora seja de fácil diagnóstico, metade das pessoas que têm a doença não sabem
disso. Ainda segundo o MS, 35% da população sofre da comorbidade.
Em
um cenário de risco que se estabelece na atualidade com a pandemia da Covid-19,
o cardiologista Vinícius Marques Rodrigues (CRMGO 10224), aponta alguns
motivos para a desinformação quanto ao diagnóstico. “Isso acontece porque
algumas pessoas são assintomáticas e só descobrem a doença quando passam mal ou
fazem exames preventivos”, explica o médico que atende em clínica especializada
no Órion Complex, em Goiânia.
Um
homem hipertenso e diabético de 62 anos foi a primeira morte confirmada no
Brasil por Covid-19. Estudo recém-publicado no British Medical Journal (BMJ)
apontou que 48% das pessoas vítimas do novo coronavírus tinham pressão alta.
Pesquisa avaliou 113 pessoas que morreram na cidade de Wuhan, na China. Os
números reforçam a condição de grupo de risco dos hipertensos.
Embora
algumas sociedade médicas internacionais levantaram a hipótese sobre a relação
entre os efeitos adversos do uso de medicamentos por paciente hipertensos e o
aumento do risco de infecção e a gravidade da doença pelo coronavírus, a
Sociedade Brasileira de Hipertensão não recomenda a suspensão dos medicamentos.
O argumento é a falta de evidências científicas que relacionem a ação das
medicações com a infecção que causa a atual pandemia.
Para
Dr. Vinícius, ao controlar a pressão, o indivíduo diminui os riscos das
complicações em casos positivos para a Covid-19, por isso a importância de não
interromper os tratamentos. “Geralmente esses pacientes têm outras doenças
associadas, como diabetes e problemas cardíacos, o que agrava ainda mais os
casos”, pontua.
O
sal é o principal vilão da hipertensão. Segundo levantamento feito pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o brasileiro ingere 9,34 gramas de sal por
dia, quase o dobro das 5 gramas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). “Baixar a ingestão de sal é o primeiro passo para evitar e controlar a
doença”. Vinícius destaca que comer mais frutas e verduras, manter o peso
adequado, fazer atividade física regularmente, dormir bem, evitar alimentos
gordurosos e fazer exames de saúde rotineiros são outras atitudes que evitam a
hipertensão e várias doenças.
Confira
alguns sintomas da hipertensão:
- Dor de cabeça, principalmente na nuca;
- Dor no peito;
- Falta de ar;
- Palpitações;
- Zumbido no ouvido;
- Tontura.
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