Segundo o gastrocirurgião Marcos
Belotto, do Hospital Sírio Libanês, o receio da contaminação pelo coronavírus
tem feito muitos pacientes oncológicos suspenderem consultas, exames e até
cirurgias. O especialista destaca que o isolamento social é fundamental no
controle da pandemia, mas que, dependendo do turnover do tumor, o risco de
morrer pelo câncer são maiores do que de Covid-19.
"Diante de tantas informações e
incertezas, é importante conscientizar os doentes oncológicos de que existe
hospitais Covid-free, ou seja, hospitais que não recebem pessoas
infectadas com Covid-19 justamente para realizarem com segurança os procedimentos
necessários, como quimioterapia, exames e cirurgias. Além disso, há alguns
estudos que mostram que as taxas de complicações e mortalidades dos pacientes
que foram operados durante essa pandemia não são tão significativas, apesar de
serem um pouco maiores. Cada caso precisa ser avaliado individualmente, o tipo
de tumor e se o crescimento é muito rápido ou agressivo. Um colangiocarcinoma
ou tumor de cólon obstruído, por exemplo, a espera de dois ou três meses reduz
drasticamente a chance de cura. Somente quando o crescimento é mais lento e não
há urgência oncológica, o ideal é postergar o tratamento", frisa o
gastro-oncologista.
Havendo interesse em desenvolver a
pauta, o especialista está à disposição para mais esclarecimentos.
Fonte: Dr. Marcos Belotto -
especialista em gastro-oncologia. Médico do Hospital Sírio Libanês e professor
na Santa Casa, além de ter sua própria clínica.
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