Sabemos até agora que a maioria dos casos da doença
do novo coronavírus (COVID-19) é leve e passível de controle apenas com medicações
sintomáticas, como casos leves de gripe e resfriados. No entanto, o novo vírus
é mais perigoso para idosos e pessoas com imunidade comprometida.
Cansaço excessivo, fadiga muscular e queda das
pálpebras são os principais sintomas da Miastenia Gravis, uma rara doença
autoimune que afeta a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos (junção
neuromuscular). Em casos mais extremos, os músculos da respiração podem ser
afetados, resultando em insuficiência respiratória.
Diante deste cenário de pandemia, miastênicos têm
mais motivos para se preocupar do que a maioria. Pensando nisso, o médico
neurologista e diretor científico da Associação Brasileira de Miastenia Gravis
(ABRAMI), Eduardo Estephan, listou algumas dicas para aumentar a segurança dos
pacientes com miastenia gravis ainda não compensada, que estejam em uso de
corticoide e imunossupressores ou que tenham sido submetidos à timectomia:
1) Evite a todo custo lugares
públicos fechados e aglomerações – se tiver que
sair de casa, utilize máscara (máscaras cirúrgicas, PFF2 ou N95). Lembre-se de
lavar as mãos com água e sabão ou utilize álcool 70% sempre que tocar em
superfícies.
2) Evite ambientes médicos e
hospitalares
- Se estiver compensado dos sintomas da miastenia
adie sua consulta;
- Se precisar renovar receita, peça a um amigo ou
parente para ir buscar;
- Deixe exames não urgentes para depois; se
precisar realizá-los, vá em horários vazios, de máscara, e sempre lave as mãos
após tocar superfícies.
3) Diminua as chances de
precisar de cuidado hospitalar:
- Tome suas medicações corretamente, mantenha-se
descansado, com alimentação, hidratação e sono em dia;
- Evite ao máximo utilizar medicações novas, quando
não forem 100% seguras para miastenia.
4) Deixe as pessoas de
convívio próximo saberem de suas restrições, para que sejam mais cuidadosos com a higiene e evitem te encontrar
caso tenham sintomas da doença.
5) Evite viagens internacionais, e também para locais do país com maior
número de casos, principalmente os de transmissão comunitária,
bem como o contato com pessoas que retornaram há
menos de 14 dias dos locais com situação mais grave da pandemia.
6)
Cloroquina/hidroxicloroquina: Os pacientes devem
estar cientes de que o uso desses medicamentos podem piorar a miastenia. Dessa
forma deve-se evitar usá-los sem a indicação médica específica.
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