Sem fardas, mas com muita
disciplina, coragem e habilidade,
cães se tornam aliados importantes da Polícia no combate ao crime.
cães se tornam aliados importantes da Polícia no combate ao crime.
Os cães têm, naturalmente, uma
sensibilidade olfativa muito maior que a dos humanos. São 80-220 milhões
células olfativas, contra 2-10 milhões células nos humanos, uma grande vantagem
na hora de buscar entorpecentes e pessoas desaparecidas, o que é o caso dos
cães farejadores. Além deles, também existem os cães de patrulha. Ágeis,
espertos e fortes, são estratégicos no trabalho de captura e imobilização. Não
à toa, eles conquistaram um espaço cativo na luta contra o crime, dando apoio
no dia a dia das ocorrências policiais.
Entretanto, para chegarem ao
momento de serem condecorados e se tornarem verdadeiros cães policiais, os
animais precisam, desde cedo, estabelecer uma rotina de treinamentos diários
para potencializar suas habilidades. Trata-se de exercícios de condicionamento
físico, obediência, referentes ao trabalho propriamente dito e brincadeiras,
sempre acompanhados por um profissional especializado para que o bem-estar
animal seja garantido.
De acordo com o Cinotécnico Paulo
Matias, tudo começa quando o cão ainda é filhote. Desta maneira, fica mais
fácil ele se habituar à rotina e comandos e também a identificação de suas
aptidões. Em média, os cães demoram de 1 a 2 anos para estarem prontos para
entrarem em ação. “Mas o treinamento é contínuo. Mesmo após ele iniciar
suas atividades na Polícia, o cão segue passando por atividades de adestramento
para manutenção e aperfeiçoamento de habilidades”.
Os Militares também necessitam
passar por um treinamento para construir uma relação de confiança e empatia com
o animal, como forma de dar continuidade ao trabalho de adestramento iniciado.
Além do treinamento
Segundo o Sargento da Polícia Militar
Anderson Adriano Selingardi, da 11º BAEP – 1ª Companhia de Ações Especiais de
Polícia – GP Canil de Ribeirão Preto, que trabalha com cães há 12 anos, para
cumprir as diversas missões exigidas, o cão de Polícia necessita de aptidão
elevada de caça e presa, espírito de luta, coragem e um corpo clínico e
profilaticamente sadio. Paulo ressalta que “os cães policiais precisam realizar
visitas periódicas ao Médico-Veterinário, realizar exercícios físicos diários,
ter a vacinação em dia e receber uma nutrição de qualidade e que atenda aos
requisitos de cães de alta performance”.
Atualmente, 80% das Autarquias no Brasil
alimentam seus cães com produtos da ROYAL CANIN®️, marca super premium de
alimentos para gatos e cães que atende aos exigentes protocolos de licitação
elaborados com o objetivo de garantir a saúde do animal. "O tipo de
trabalho, intensidade, duração, condição corporal e temperatura do ambiente são
fatores que influenciam na dieta desses animais. Por isso, a precisão
nutricional é de extrema importância para o crescimento e manutenção da saúde
desses cães", afirma Natália Lopes, Gerente de Comunicação Científica da
ROYAL CANIN®️ Brasil.
Fazem parte do rol de raças utilizadas pela
Polícia Militar do Estado de São Paulo o Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois,
Rottweiler, Doberman, Bloodhound, Golden Retriever, Labrador Retriever, Beagle
e Springer Spaniel Inglês. Anderson explica que “algumas raças são treinadas
para trabalhos específicos, mas dentre essas as mais utilizadas são o Pastor
Belga Malinois e o Pastor Alemão, devido a versatilidade, resistência física e
aptidão para o trabalho policial”.
Cães em
ação
Esses animais conseguem exercer algumas
funções com preciosismo:
- Trabalho de busca e apreensão: farejamento na busca de entorpecentes como cocaína, maconha, além de explosivos, munições e armamento. Atuam comumente em aeroportos e fronteiras de países.
- Imobilização e ataque: realizam o trabalho de perseguição e intimidação do indivíduo em apoio à Polícia nos pontos de bloqueio, inspeção de suspeitos e controle das vias urbanas.
- Reforçam a capacidade operacional em ações de vasculhamento, procura e captura em becos e locais de risco.
- Atuam em postos de segurança e vigilância militar. São empregados na segurança de estabelecimentos militares onde se exige o máximo de proteção como Bases Navais e Aéreas, Paióis de Munição, Postos de Combustíveis, entre outros.
- Sinistros ambientais: cada vez mais estão trabalhando no socorro em situações de terremotos, tsunamis, furacões e deslizamentos de terras, dando suporte na busca por pessoas soterradas e desaparecidas.
Uma
história para recordar
Anderson compartilha uma história interessante
de trabalho em que um cão foi essencial para o sucesso da ação.
A Polícia
havia recebido uma ocorrência de roubo em um estabelecimento comercial, no qual
um dos autores do crime foi detido e o outro fugiu em um veículo. Horas depois,
chegou à denúncia de um automóvel abandonado com o mesmo emplacamento do carro
utilizado na fuga. Foi então que Fanton, um Bloodhound adestrado para busca e
captura, entrou em ação. A Polícia, junto com o cão, chegaram ao local em que o
veículo fora abandonado e coletaram o odor contido nos bancos e volante,
apresentando o cheiro para Fanton. “Ele começou uma busca implacável por várias
ruas do bairro, atravessou a avenida e a 1,5km distante do lugar de início
adentrou em uma delegacia passando por mais de três cômodos até chegar a uma
senhora que estava fazendo o registro de um boletim de ocorrência”.
Talvez,
neste momento, você esteja se perguntando o que uma senhora teria a ver com um
roubo à mão armada, realizado por dois rapazes, e Anderson explica “com a experiência
do adestrador e condutor do cão, a Polícia teve certeza de que ela teria sido a
última a conduzir o veículo. Após interrogatório, ela confessou que seu filho
chegou em casa extremamente assustado, pedindo para ela abandonar o carro e
registrar boletim de ocorrência de roubo”. Diante do fato uma viatura
deslocou-se até a residência em questão, onde o indivíduo foi detido e assumiu
a participação no delito. “Nesse dia presenciei o potencial do olfato de um cão
e a diferença que faz o binômio homem-cão”, conta
Anderson.
Aposentadoria
A
aposentadoria dos cães policiais se dá, aproximadamente, aos oito anos de
idade, ou conforme orientação veterinária. Após esse período, o condutor
Militar que por mais tempo trabalhou com o parceiro canino tem a prioridade de
adotá-lo e levá-lo para casa.
ROYAL CANIN®
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