Data é comemorada em 1º de outubro. Para suprir a falta
de mão de obra jovem, essa fatia da população será convocada para o mercado de
trabalho
A
população idosa do Brasil já era a quinta maior do mundo em 2016, segundo o
Ministério da Saúde. A previsão para 2030 é de que o número de idosos no país
ultrapasse o total de crianças entre zero e 14 anos. “Uma das consequências
dessa inversão na pirâmide social é a presença cada vez maior de pessoas com
mais idade no mercado de trabalho e nas instituições de ensino”, explica Benhur
Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.
De
acordo com o Censo-2016 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP), das mais de 8 milhões de pessoas matriculadas em cursos de
graduação, presenciais e a distância, cerca de 24 mil têm idade superior ou
igual a 60 anos.
“Essa
fatia da população será convocada para o mercado de trabalho, já que não haverá
reposição suficiente de mão de obra mais jovem. Ou seja, as instituições de
ensino verão a presença cada vez maior de pessoas com mais idade procurando
qualificação para corresponder às demandas do mercado”, comenta Gaio.
Atualmente, a Uninter contabiliza mais de 450 alunos acima de 70 anos,
inclusive cursando MBA’s.
Layla
Salmen Vale, de 86 anos é uma delas. Ela cursa Letras (Licenciatura) na
modalidade a distância (EAD) da Uninter de Governador Valadares (MG). A
história de Layla é como a de muitos idosos brasileiros. Casou-se
aos 22 anos, teve 10 filhos e não conseguiu terminar os estudos quando era
jovem. Com 34 anos, iniciou o ginásio, e, aos 38 anos, começou a trabalhar com
Magistério. Mas sempre teve o sonho de fazer um curso de ensino superior.
“Fiquei muito feliz com a possibilidade de voltar a estudar. Agora, com
tecnologia da internet, poderei aprimorar os meus conhecimentos em casa, com a
ajuda da minha nora”, conta Layla.
A
estudante se matriculou no centro universitário por indicação do filho, Emílio
do Vale, que está cursando Geografia na mesma instituição. Pouco deslocamento,
flexibilidade de horário e ritmo de estudo definido pelo aluno são alguns dos
diferenciais do EAD. “Há mais de dez anos ele ouvia a mãe dizer que queria
fazer um curso superior, mas não havia nenhum próximo da sua região”, conta
Daniel Magalhães, gestor do polo Uninter em Governador Valadares.
Para
facilitar o acesso desse público às ferramentas disponibilizadas pela Uninter,
os alunos contam com o suporte de uma professora de informática para apresentar
individualmente todos os processos para a realização dos cursos. Para as provas
presenciais, por exemplo, um instrutor fica à disposição caso ele tenha
dificuldade para digitar. “Como sabemos que a tecnologia é um entrave para esse
perfil de estudante, buscamos acompanhar de perto para garantir o melhor
aproveitamento”, conclui Magalhães.
UNINTER
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