Cerca
de 10 mi brasileiros sofrem com a doença; Segundo Fundação Internacional de
Osteoporose, casos devem aumentar 32% até 2050
Fragilidade, costas curvadas, quedas e fraturas. Essas são
algumas das características da osteoporose, doença provocada nos ossos que
afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, sendo os principais deles idosos e
mulheres.
Ela diminui a massa óssea e causa
fragilização a ponto de causar fraturas por simples movimentos ou até com o
peso do próprio corpo. Apesar disso, a maioria dos idosos que possuem
osteoporose não sabem, como revelou um estudo realizado pelo Hospital das
Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP, que analisou 330 pacientes
internados com fratura de fêmur.
O fisioterapeuta da clínica
Fisio&Forma, Kalil Zipperer, explica que isso ocorre porque a doença
dificilmente apresenta sintomas. “Geralmente, o paciente só descobre quando
sofre quedas provocadas pela fratura”, diz o especialista, que aponta redução
de estatura e alteração postural grave da coluna como indicativos da doença.
Para ele, a falta de sintomas no
início da doença é uma das principais razões para realizar as avaliações
preventivas - principalmente quem já tem predisposição para desenvolver a
doença. Na fisioterapia, por exemplo, o especialista explica que a descoberta
surge pelo reconhecimento de alterações na massa óssea, avaliações
posturais e biótipo físico.
Segundo Zipperer, o procedimento
comum entre fisioterapeutas é orientar o paciente a procurar ajuda médica
especializada, além de também orientá-lo sobre a possibilidade do tratamento
fisioterápico. Ele explica que a fisioterapia pode ser eficiente tanto na
prevenção como no tratamento da enfermidade.
“De forma preventiva, auxilia com
orientações e trabalhos direcionados para prevenir quedas e ajuda na manutenção
da massa óssea e muscular. Como tratamento, há exercícios que visam diminuir a
perda da força muscular, além de exercícios com nível de impacto controlado
para ajudar na absorção do cálcio” explica.
Em casos de fraturas decorrentes
da osteoporose após o tratamento médico, que em alguns casos é necessário cirurgia
para correção da fratura, o tratamento específico com fisioterapeutas é
fundamental para a reabilitação da lesão e manutenção do quadro geral. No
entanto, Kalil aconselha que o paciente faça um acompanhamento
multidisciplinar, que inclui também médico, nutricionista e educador físico.
“A osteoporose tem cura e deve
ser tratada com seriedade, com a ajuda da equipe multidisciplinar e também com
a participação do paciente. Esse trabalho é feito a longo prazo, para que haja
alguma mudança significativa no exame de densitometria óssea”, diz.
Para que o tratamento seja
potencializado, Zipperer aconselha que o paciente mude seus hábitos de vida,
como exemplo, o abandono de vícios como o cigarro e a utilização de
medicamentos sem prescrição médica. Além disso, recomenda a prática de
atividades físicas como caminhada em esteira com controle de impacto, exercícios de fortalecimento e
exercícios no ambiente aquático.
Kalil ZippereDr. Kalil Zipperer - fisioterapeuta e proprietário
da Clínica Fisio&Forma, coordenador do CER II (Centro Especializado em
Reabilitação) reabilitação física e auditiva de Diadema, coordenador do NAI
(Núcleo de Avaliação Intelectual) da prefeitura municipal de
Diadema. Coordenador do Grupo Técnico da Pessoa com Deficiência dos 7
municípios do Grande ABC, membro do Grupo Condutor da Pessoa com Deficiência na
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
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