A
estação mais florida do ano começou e, com ela, além das cores e das
temperaturas mais altas, chega também um cuidado extra com o seu animalzinho de
estimação. Isso porque os jardins começam a brotar variedades e, curiosos,
muitos pets querem ver de perto o que está acontecendo e acabam ingerindo
folhas e plantas que podem não fazer bem.
Para
uma boa convivência entre um jardim bem cultivado e animais de estimação - sem
sustos e sem visitas imprevistas ao veterinário - é preciso dar uma atenção
especial ao comportamento do seu pet para que, se necessário, algumas
adaptações sejam feitas. Animais são, por característica comum, curiosos e
sempre estão cheirando e conhecendo as novidades da casa e dos caminhos por
onde passeiam. Isso é natural. No entanto, se apresentarem, por exemplo,
mal-estar, acabam ingerindo plantas para aliviar o desconforto.
Se
o animal estiver com problemas como gastrite ou indigestão, por exemplo, ele
vai procurar, de forma instintiva, folhas que aliviem esse mal-estar. Algumas
plantas também podem provocar alergias, mesmo sem a ingestão. Basta o contato
físico e, animais com pele mais sensível, podem apresentar coceiras, inchaços e
vermelhidão. A melhor forma de prevenir, sem precisar se desfazer delas, é
coloca-las em vasos mais altos, longe do acesso dos pets.
Os
cuidados precisam ser tomados não só dentro de casa, mas também no caminho do
passeio diário. Algumas plantas mais tóxicas, como açafrão de outono, azaleia,
beladona, bico-de-papagaio, comigo-ninguém-pode, copo-de-leite, hortênsias,
lírios, mamonas e tulipas são comuns também em jardins de rua e podem provocar
complicações cardiovasculares, paralisia, coceira, irritação, asfixia, dores
abdominais, vômitos, entre outros problemas, inclusive, a morte.
Mas
não há porque se desesperar: tudo é questão de atenção e cuidado. Algumas
plantas são totalmente atóxicas para os animais de estimação e podem ser
cultivadas sem problemas. É o caso da grama natural, da erva-cidreira, da camomila, da erva do gato, do milheto, do azevém, do
manjericão e da hortelã. Estas duas últimas, inclusive, funcionam também como
repelentes naturais de insetos, evitando que seu animalzinho seja picado e
tenha quadros alérgicos.
Em caso de ingestão de alguma planta desconhecida, procure
imediatamente auxílio veterinário. Não force o vômito do animal, porque, essa
ação pode agravar o caso e provocar também fissuras na garganta do
bichinho. Mantendo a atenção e o amor de sempre nos cuidados com os
animais de estimação, a convivência com a primavera será feliz e cheia de
passeios que eles adoram.
René Rodrigues
Junior - médico veterinário da Magnus, fabricante de alimentos
para cães e gatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário