Especialista comenta sobre cuidados e técnicas disponíveis para a
preservação da fertilidade durante o tratamento oncológico
Todos os dias enfrentamos situações que nos trazem algum
aprendizado. Desde as menores coisas como um elogio no trabalho em um dia
inesperado ou até mesmo uma doença, que chega avassaladora e nos faz
redimensionar o sentido que damos para a vida. Mas, no fim das contas,
independente do caminho pelo qual a vida nos conduz, é possível alcançar nossos
objetivos.
Quem já recebeu um diagnóstico de câncer ou acompanhou um
paciente, sabe que o medo e a incerteza, muitas vezes tomam conta e sonhos
acabam se perdendo durante a batalha. Para muitos jovens que são surpreendidos
pelo diagnóstico, uma das maiores preocupações é a formação de uma família, já
que tratamentos quimio ou radioterápicos podem afetar a fertilidade de homens e
mulheres.
O especialista em oncofertilidade do laboratório Fivmed, Dr.
Aristides Manoel Bragheto, aproveitou a proximidade do mês de outubro, quando
as atenções estão voltadas à prevenção da doença, e explicou que o desejo de
ter um filho pode se manter vivo, já que atualmente, a medicina disponibiliza
de técnicas que garantem a preservação da fertilidade em pacientes oncológicos.
“Hoje, existem algumas técnicas que podem evitar problemas futuros, que vão
depender tanto da dose da medicação ou radiação, quanto da idade e do local da
radiação. Mas, é preciso considerar sempre a preservação da fertilidade dos
pacientes, principalmente se forem jovens, uma vez que o risco de infertilidade
pode ser alto”.
No Brasil o impacto dos tratamentos oncológicos na fertilidade dos
pacientes ainda e pouco discutido. Por isso, a importância de informar a
população sobre as possibilidades antes do início do tratamento. “Atualmente
existem técnicas de preservação dos gametas bem estabelecidas, experimentais e
em desenvolvimento, que são aquelas ainda não aplicadas na rotina clínica. Na
maioria das vezes não é possível reverter os danos causados pelo tratamento
oncológico. Em mulheres a situação é ainda mais complicada. Uma vez perdido os
oócitos (óvulos) com o tratamento e a reserva folicular afetada, a paciente só
poderá gerar um filho com oócitos doados, de outra mulher”, comenta Bragheto.
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