Infectologista
explica os sintomas do HPV e como preveni-lo
De acordo com o Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia das Doenças do Papilomavirus Humano (INCT – HPV), o HPV é a doença
sexualmente transmissível mais comum no mundo com estimativa de que 50% da
população sexualmente ativa já tenha sido infectada pelo vírus. A
infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia Maruzo
Perejão, explica que isso se deve ao fato, principalmente, de o vírus nos
homens muitas vezes ser assintomático, então eles transmitem a doença sem saber
que estão infectados.
Por esse motivo, a partir de janeiro deste ano, o
Ministério da Saúde passa a vacinar gratuitamente meninos entre 12 e 13 anos
contra o HPV. “As vacinas, tanto em meninos quanto em meninas, focam numa faixa
etária em que normalmente ainda não se iniciou a vida sexual, sendo mais
efetiva a prevenção. No entanto, é possível em clínicas particulares a
aplicação da vacina em outras idades”, informa a infectologista.
Segundo a infectologista, o vírus do HPV pode
ocasionar verrugas genitais e alguns tipos de cânceres, como de colo de útero,
de pênis, laringe e ânus, podendo levar a morte. O tratamento é
específico de acordo com cada diagnóstico. O principal para alcançar a cura do
HPV – quando não há o desenvolvimento de câncer – é a eliminação das verrugas,
seja por meio de medicamento ou cirúrgico. “É necessário sempre acompanhamento
médico para garantir que os sintomas do vírus não retornarão. Os exames que
identificam a doença são o Papanicolau no caso das mulheres e o Penioscopia no
caso dos homens”, diz Dra. Andreia Maruzo Perejão.
A prevenção é feita pelo uso de preservativos,
porém sem a garantia de 100% de eficácia. Por isso, a vacinação é de extrema
importância. “A vacina, além de prevenir a doença, diminui a probabilidade de
transmissão”, explica a infectologista. “É necessária a realização de todas as
doses para a garantia da proteção. Dependendo da faixa etária e tipo da vacina,
pode ser aplicada em duas ou três doses. Na rede pública, o esquema adotado é
de duas doses. A vacinação é contraindicada apenas para quem é alérgico a algum
componente da fórmula”, finaliza a profissional.
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