Levantamento
inédito da VAGAS.com mostra que 88% dos trabalhadores julgam apropriado
trabalhar de seis a oito horas por dia
A maioria dos empregados julga
apropriado trabalhar até 8 horas por dia. É o que revela pesquisa inédita da
VAGAS.com, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para recrutamento e
seleção. A pesquisa mostra que 88% da
base de respondentes julgaria apropriado trabalhar de seis a oito horas
diariamente.
O estudo qualidade de vida
e motivação no trabalho foi realizado de 28 de setembro a 5 de outubro
deste ano por e-mail para uma amostra da base de currículos cadastrados no
portal de carreira VAGAS.com.br. O objetivo da pesquisa era entender os fatores
que motivam o trabalho e como é a jornada dos seus cadastrados. Os 1659
respondentes estão empregados e são, em sua maioria, mulheres (53%), possuem
idade média de 31 anos e nível superior (66%).
Do total de respondentes, 52%
acham adequada a jornada diária de oito horas. Para 24%, o turno de seis horas
é o mais apropriado. Já as sete horas diárias agradam 12%. Os que aprovam nove
horas representam 6% e 10 horas ou mais, 3%. Aqueles que defendem períodos de
uma a cinco horas somaram 3%.
“A maior parte dos
respondentes não é favorável ao aumento da jornada de trabalho. Eles preferem
trabalhar de seis a oito horas. Isso mostra que o aumento pode não ser o melhor
caminho, tudo vai depender da demanda e do diálogo que patrão e empregado
tiverem para justificar uma carga maior de trabalho”, explica Rafael Urbano,
coordenador da pesquisa na área de Inteligência de Negócios da VAGAS.com
O levantamento também procurou saber dessa base se eram favoráveis ou não ao aumento da jornada diária de trabalho. Mostraram-se contrários 79%; indiferentes, 13% e favoráveis,8%.
O levantamento também procurou saber dessa base se eram favoráveis ou não ao aumento da jornada diária de trabalho. Mostraram-se contrários 79%; indiferentes, 13% e favoráveis,8%.
Entre os motivos que mais se
destacaram àqueles que se mostraram contrários à mudança da quantidade de horas
trabalhadas, apareceram: a jornada mais longa não melhora produtividade;
precisar de tempo livre para se dedicar a outras atividades; priorizar a vida
fora do trabalho e ir contra a tendência mundial de redução. Das justificativas
para o grupo que defende o aumento, os motivos mais mencionados foram convicção
de que isto vai gerar mais empregos; ajudar a empresa em momentos de crise;
desenvolvimento de carreira e acreditar que vai ganhar mais dinheiro.
“A maioria dos respondentes
não é favorável ao aumento da jornada de trabalho por achar que não contribuirá
para melhorar a produtividade e por precisar de tempo livre para dedicar-se a
outras atividades. Os que são favoráveis acreditam que isto vai gerar mais
empregos e que também pode contribuir com a empresa em momentos de crise. São
visões distintas e que precisam ser consideradas nesse momento onde o assunto
merece um debate mais amplo”, conta Rafael.
Carga extra de
trabalho fora da jornada regular atinge 46% dos trabalhadores
Quase a metade dos
respondentes (46%) admitiu nessa mesma pesquisa que costuma responder a e-mails
e mensagens fora do horário de trabalho. De acordo com estes, as justificativas
que mais se destacaram para a adoção dessa prática foram a necessidade de
atender o cliente (75%), pressão do chefe (16%), todos os colegas fazem (12%),
é uma forma de me destacar (12%), medo de represália (7%), sou viciado em
trabalho (6%) e outros (alta demanda, urgência e falta de tempo).
No estudo também foi
questionado se a empresa em que essa pessoa trabalha espera que ela atue fora
do expediente. Uma boa parcela, de 39%, acredita que há esse desejo de seus
empregadores. “Em períodos de recessão econômica, os profissionais são mais
cobrados por resultados, o que significa que podem ter uma carga de trabalho
superior, excedendo muitas vezes o horário do expediente. Para não correr o
risco de perder o cliente, as pessoas fazem um atendimento praticamente em
tempo real”, revela o coordenador.
Desmotivação no
trabalho atinge mais as mulheres e empregados de níveis operacional e sênior
A pesquisa quis saber dessa
base de trabalhadores se está extremamente desmotivado, desmotivado, indiferente,
motivado ou extremamente motivado em relação ao seu trabalho. Os resultados
apontaram que há predomínio das mulheres (41%) em desmotivação no trabalho ante
36% dos homens. Quando o assunto é motivação no emprego, o sexo masculino leva
vantagem: 40% informaram estar motivados ou extremamente motivados contra 33%
das mulheres.
Ao cruzar as informações por
faixa de emprego, ficou detectado que os trabalhadores de níveis operacional e
sênior foram os que apareceram como mais desmotivados (45%). Dos que se
mostraram mais motivados, destacaram-se gerentes (49%), estagiários e diretores
(41%) e técnicos (40%).
“De forma geral, o
descontentamento e a desmotivação são inerentes a todos níveis hierárquicos,
conforme mostrou a pesquisa. Arrocho salarial, sobrecarga de trabalho, falta de
equilíbrio de vida profissional e pessoal, além da falta de crescimento das
organizações por conta da crise, podem ser fatores que expliquem essa
inclinação negativa”, diz Rafael.
Promoção e
felicidade no trabalho motivam funcionários
A possibilidade de crescimento
e gostar do que faz predominaram como fatores mais motivacionais no trabalho.
Para a base de respondentes, a gestão e qualidade de vida também são
importantes para motivação no emprego. O salário é apenas o sexto item mais
citado como fator motivacional. Ainda de acordo com essa base, clareza das
responsabilidades e segurança e estabilidade destacam-se como itens com menores
notas.
Quando o assunto é vivência no
trabalho, os assuntos que mais apareceram nas respostas foram gostar do que faz
e clareza das responsabilidades. Qualidade de vida e gestão também foram bem
mencionados. Já a possibilidade de crescimento, empresa que trabalha tenha
valores condizentes aos dos seus colaboradores, ambiente agradável e salários e
benefícios surgem como pouco ou nenhuma vivência.
“As pessoas estão cada vez
mais interessadas em aspectos como flexibilidade de horário, home office, entre
outros, e não somente no dinheiro. Um projeto de trabalho interessante e uma
gestão diferenciada podem funcionar como fator de atração de talentos. Isso vai
além da remuneração”, finaliza Rafael.
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