Dermatologista Livia Pino
fala sobre patologia que afeta 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Mês de
outubro marca o Dia Nacional de alerta para a questão
Como a pele é o
órgão mais exposto do corpo humano, qualquer doença ou mancha costuma chamar
atenção e muitas vezes assustar pacientes e pessoas que convivem com ele.
Infelizmente a realidade é que o preconceito gerado pelo desconhecimento pode
agravar muitas das doenças que atingem a pele. É o caso da psoríase. Estudo
recente coordenado pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto mostra
que a psoríase pode levar o paciente a manifestar sintomas de depressão e fobia
social. Agora em outubro se discute mais fortemente a questão porque celebra-se
o Dia Nacional e Mundial da Psoríase (29/10). Mas o debate e o cuidado devem
ser feitos por todos sempre.
Neste estudo da
USP, 63,7% dos participantes tiveram a qualidade de vida impactada
negativamente pela doença; sendo que 54,1% apresentaram sinais de ansiedade e
depressão. A amostra, segundo a divulgação da pesquisa, foi de 300 pacientes
das regiões Norte, Sudeste e Sul do Brasil.
"A psoríase
é uma doença mais comum do que se pensa, pois afeta 3% da população mundial.
Fundamental que todos saibam que ela não é contagiosa. Até hoje não se sabe a
real causa, mas há estudos que apontam que cerca de 30% dos casos tem fatores
genéticos envolvidos, além do estresse emocional, com algumas infecções e
traumas. A forma mais comum da doença se manifesta pelo aparecimento de lesões
avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas e prateadas. Embora
persistente e crônica, ela tem tratamento", destaca a dermatologista Livia Pino.
Tratar a psoríase
é fundamental para uma boa gestão da doença e da saúde em geral. É possível,
com um trabalho conjunto entre médico e doente, encontrar um tratamento que
reduza ou elimine os sintomas. No entanto, o que é adequado para uma pessoa com
psoríase pode não o ser para outra.
"A psoríase pode ocorrer em
pessoas de todas as idades, mas geralmente aparece entre os 15 e 30 anos. Entre
10 e 30% dos pacientes podem desenvolver artrite psoriásica, que combina os
sintomas de duas doenças autoimunes, a própria psoríase e a artrite reumatoide,
ambas incapacitantes", informa Livia Pino.
www.liviapino.com.br
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