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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O mês das Mulheres: Outubro Rosa e das Bruxas



Jornalista e escritora Isabel Fomm de Vasconcellos sabe tudo sobre elas


As mulheres tem seu lado rosa, mas também o seu lado bruxa, maga. Aquela que sabe, por intuição, o que muito homem não sabe pela razão.

A Baixa Idade Média foi o tempo das sacerdotisas e druidas que tanto encantaram os leitores do famoso best seller “As Brumas de Avalon”, de Marion Zimmer Bradley. Na verdade, o que se tornou uma festa popular americana – Halloween – era, há muitos séculos passados, uma festa religiosa comemorada no último dia do verão em todo o hemisfério norte pelo povo celta.

Nesse dia, abria-se uma porta entre o mundo material e o espiritual, entre o mundo dos mortos e o dos vivos. Então se podia passar de um lado para o outro. Era para saudar e guiar os mortos que os celtas usavam abóboras iluminadas e outros objetos que até hoje são usados no que se tornou O Dia das Bruxas.


Por que Dia das Bruxas?
Quando os cristãos dominaram os celtas, a quase totalidade das mulheres sacerdotisas e magas daquela sociedade foram queimadas como bruxas nas fogueiras da Inquisição Católica durante 600 anos.

Isabel Fomm de Vasconcellos – estudiosa da História e da Condição Social Feminina e autora do, entre outros, livro “Todas As Mulheres São Bruxas”, publicado pela Barany Editora – afirma que grande parte da cultura e da sabedoria milenar das mulheres se perdeu nas fogueiras da inquisição.

As bruxas, segundo a autora, não eram mulheres feias e representantes do mal, mas sim grandes magas, sábias, que dominavam a arte de curar pelas ervas (daí o seu caldeirão) e podiam se transportar, mentalmente, para locais distantes (daí a vassoura voadora, cruel zombaria). Mas, como diria Isabel, não é no Halloween que as bruxas estão soltas.

O poder das mulheres ainda passa, é claro, pelo poder de sedução. Mas foram todos os poderes femininos que assustaram tanto os homens, ao longo da história da humanidade, que geraram não só a caça às bruxas (que eram na verdade, magas) como toda a repressão sofrida pelas mulheres até meados do século XX, quando realmente começou a libertação de vários preconceitos”.

Ingredientes do caldeirão da bruxa moderna:

1. Saber-se parte do todo

2. Perder o orgulho vão do ego e ter consciência de que é apenas o resultado das influências que se sofre

3. Praticar a observação de cada detalhe que nos cerca

4. Prestar atenção às mudanças de clima e estação e fases da Lua

5. Manipular a matéria (esculpindo, pintando, cozinhando ou praticando jardinagem)

6. Manter a casa e os objetos em ordem – brilho

7. Beber muita água

8. Alimentar-se corretamente

9. Fazer sexo

10. Praticar uma atividade física regular

11. Fazer a arte, a literatura e a boa música parte de sua vida

12. Dizer a verdade


O bruxo é verdadeiro e solitário.

O autoconhecimento é uma escada para o infinito.



Isabel Fomm de Vasconcellos - escritora e jornalista. Foi pioneira em programas de saúde na TV brasileira, atuou em importantes emissoras de todo o país como produtora e apresentadora: Band, Rede Mulher, Record e Gazeta. É a webmaster criadora do Portal SAÚDE&LIVROS by Isabel Fomm de Vasconcellos, que reúne alguns dos mais importantes médicos brasileiros, vários autores e muitos livros e é atualizado diariamente por ela própria.



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