Jornalista e escritora Isabel Fomm de
Vasconcellos sabe tudo sobre elas
As mulheres tem seu lado rosa, mas também o seu lado
bruxa, maga. Aquela que sabe, por intuição, o que muito homem não sabe pela
razão.
A Baixa Idade Média foi o tempo das sacerdotisas e
druidas que tanto encantaram os leitores do famoso best seller “As Brumas de
Avalon”, de Marion Zimmer Bradley. Na verdade, o que se tornou uma festa
popular americana – Halloween – era, há muitos séculos passados, uma festa
religiosa comemorada no último dia do verão em todo o hemisfério norte pelo
povo celta.
Nesse dia, abria-se uma porta entre o mundo
material e o espiritual, entre o mundo dos mortos e o dos vivos. Então se podia
passar de um lado para o outro. Era para saudar e guiar os mortos que os celtas
usavam abóboras iluminadas e outros objetos que até hoje são usados no que se
tornou O Dia das Bruxas.
Por que Dia das Bruxas?
Quando os cristãos dominaram os celtas, a quase
totalidade das mulheres sacerdotisas e magas daquela sociedade foram queimadas
como bruxas nas fogueiras da Inquisição Católica durante 600 anos.
Isabel Fomm de Vasconcellos – estudiosa da História
e da Condição Social Feminina e autora do, entre outros, livro “Todas As
Mulheres São Bruxas”, publicado pela Barany Editora – afirma que grande parte
da cultura e da sabedoria milenar das mulheres se perdeu nas fogueiras da
inquisição.
As bruxas, segundo a autora, não eram mulheres
feias e representantes do mal, mas sim grandes magas, sábias, que dominavam a
arte de curar pelas ervas (daí o seu caldeirão) e podiam se transportar,
mentalmente, para locais distantes (daí a vassoura voadora, cruel zombaria).
Mas, como diria Isabel, não é no Halloween que as bruxas estão soltas.
“O poder das mulheres ainda passa, é claro, pelo
poder de sedução. Mas foram todos os poderes femininos que assustaram tanto os
homens, ao longo da história da humanidade, que geraram não só a caça às bruxas
(que eram na verdade, magas) como toda a repressão sofrida pelas mulheres até
meados do século XX, quando realmente começou a libertação de vários
preconceitos”.
Ingredientes do caldeirão da bruxa moderna:
1. Saber-se parte do todo
2. Perder o orgulho vão do ego e ter consciência de que é apenas o resultado das influências que se sofre
3. Praticar a observação de cada detalhe que nos cerca
4. Prestar atenção às mudanças de clima e estação e fases da Lua
5. Manipular a matéria (esculpindo, pintando, cozinhando ou praticando jardinagem)
6. Manter a casa e os objetos em ordem – brilho
7. Beber muita água
8. Alimentar-se corretamente
9. Fazer sexo
10. Praticar uma atividade física regular
11. Fazer a arte, a literatura e a boa música parte de sua vida
12. Dizer a verdade
O bruxo é verdadeiro e solitário.
O autoconhecimento é uma escada para o infinito.
Isabel Fomm de Vasconcellos -
escritora e jornalista. Foi pioneira em programas de saúde na TV brasileira,
atuou em importantes emissoras de todo o país como produtora e apresentadora:
Band, Rede Mulher, Record e Gazeta. É a webmaster criadora do Portal SAÚDE&LIVROS by
Isabel Fomm de Vasconcellos, que reúne alguns dos mais importantes médicos
brasileiros, vários autores e muitos livros e é atualizado diariamente por ela
própria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário