Comum em pessoas acima dos 60 anos, condição
requer detecção rápida e cuidados específicos nas seis primeiras horas para
aumentar chances de cura e diminuir eventuais sequelas
Outubro ganhou um dia mundial dedicado ao combate do
acidente vascular cerebral (AVC). Dia 29 é a data escolhida para lembrar o mal
que acomete um brasileiro a cada cinco minutos, sendo a primeira causa de morte
e incapacidade no País, segundo a Academia Brasileira de Neurologia, gerando
também sérios impactos econômicos e sociais.
"Os sintomas de um acidente vascular cerebral podem
confundir pacientes, familiares e cuidadores, o que pode retardar a busca por
socorro médico. No entanto, quanto mais rápido o indivíduo chegar ao hospital,
maiores são as chances de reverter o quadro e garantir o mínimo de
sequelas", explica o Dr. Feres Chaddad, neurocirurgião da Beneficência
Portuguesa de São Paulo.
Os principais sintomas relacionados à doença são perda de
consciência, formigamento, sonolência, cefaleia, diminuição ou perda de
movimentos e fala, além de confusão mental. O AVC do tipo hemorrágico é o mais
grave e corresponde a 20% dos casos, estando diretamente associado a perda de
consciência. "Esse tipo se caracteriza pelo sangramento em uma parte do
cérebro, em consequência ao rompimento de um vaso sanguíneo, sendo geralmente
necessário procedimento cirúrgico", completa o médico.
A doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente
da idade, apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 55 anos. Porém, há
fatores de risco que aumentam a probabilidade como diabetes, níveis de
colesterol alterados, tabagismo, sedentarismo e obesidade. "Por isso, é
fundamental que pessoas a partir dos 50 anos façam todos os exames preventivos
e consultem seus especialistas regularmente", orienta o especialista.
As primeiras seis horas são fundamentais para a eficácia
do tratamento ou procedimento adotado. "Por isso, mesmo que não se tenha
certeza de ser um AVC, a qualquer sinal deve-se procurar um atendimento
especializado que siga protocolos específicos para tratar desses casos como o
adotado pela Beneficência Portuguesa de São Paulo".
A instituição é um dos poucos hospitais a possuir UTI
neurológica e pronto-socorro especializado, com equipe multidisciplinar formada
por neurocirurgiões de ponta, neuroradiologistas, neurointensivistas, além de
toda equipe de triagem e apoio ao atendimento, responsável pelo tratamento.
Para
ajudar a prevenir a doença, alguns cuidados são importantes como exercícios
regulares para ajudar a manter a pressão arterial em níveis adequados e o
coração saudável, comer frutas e verduras, além de evitar o uso abusivo de sal
e de bebidas alcoólicas.
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