Pesquisa da Pfizer aponta o impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas que têm retocolite ulcerativa, como queda no rendimento do trabalho
As
doenças intestinais atingem cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo,
segundo a Federação Europeia de Associações de Crohn e Colite Ulcerativa
(EFCCA). Para alertar a população sobre isso, é celebrado em 19 de maio o Dia
Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII). No Brasil, um levantamento
feito pela Pfizer aponta o impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas,
como queda no rendimento do trabalho e perda de eventos, diante do desconforto
intestinal. A relevância das doenças expandiu o tema às campanhas de
conscientização para todo o mês, que passou a se chamar Maio Roxo.
A
pesquisa de pacientes da UC Narrative, iniciativa global criada pela Pfizer,
que foi realizada online pela The Harris Poll, entre junho de 2020 e 31 de
março de 2021, com 85 pessoas que vivem com retocolite ulcerativa, apontou que
9% afirmou ir entre 15 e 19 vezes ao banheiro em dias de crise; 6% têm urgência
em ir ao banheiro; e 28% não foram a eventos com seus filhos pelos efeitos da
doença. Na área profissional 28% faltaram ao trabalho entre quatro e nove vezes
devido à sua doença e sintomas, e 55 % relataram que sentem muita dor ou se
distraem com as necessidades diárias e não conseguem se concentrar no
trabalho. O risco potencial e o medo de desenvolver câncer foi citado por
59%; e da necessidade de uma colectomia, procedimento cirúrgico para remover a
totalidade ou parte do cólon, foi apontada por 44% dos entrevistados.
Resultado
de uma defesa exagerada do organismo, que acaba causando lesões no próprio
intestino que provocam uma inflamação crônica do aparelho digestivo, as duas
principais doenças inflamatórias intestinais são: a retocolite ulcerativa e a
doença de Crohn.
“Essas
enfermidades são consideradas autoimunes e atingem, preferencialmente, homens e
mulheres com idades entre 15 e 40 anos. As causas são desconhecidas, mas diante
do que já sabemos como predisposição genética (sem hereditariedade), fatores
ambientais e alterações na flora intestinal, trabalhamos com duas frentes:
identificação e controle”, explica o Dr. Flavio Steinwurz, gastroenterologista
e presidente da Organização Panamericana de Crohn e Colite (Pancco).
O
especialista reforça ainda que a aderência ao tratamento é fundamental para se
restabelecer a saúde e dar sequência nas atividades diárias. “O Brasil possui
medicamentos que podem ser adquiridos nas farmácias de alto custo do Sistema
Único de Saúde (SUS), mas muitos pensam que quando os sintomas diminuem ou
desaparecem podem deixar de tomar o medicamento, o que é engano. São doenças
que precisam ser acompanhadas durante toda a vida”, esclarece.
Parecidas,
mas diferentes
Os
sintomas similares fazem com que o diagnóstico da doença intestinal possa levar
mais de um ano. Foi o que apontou a pesquisa Jornada do Paciente com Doença
Inflamatória Intestinal[1].
No entanto as diferenças existem, no que se refere as áreas afetadas e formas.
A retocolite ulcerativa atinge a mucosa do cólon e do reto. Já a doença de
Crohn pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao ânus, com
predileção pelas regiões ileal (responsável pela digestão e absorção de
alimentos) e ileocecal (que controle o fluxo de líquidos nos intestinos). Já os
sintomas da doença de Crohn podem ser parecidos com os da que retocolite
ulcerativa que são: diarreia, sangue e muco nas fezes, cólica abdominal e urgência
evacuatória. No entanto, na doença de Crohn são mais frequentes os sintomas de
dor abdominal, emagrecimento e febre.
Pfizer
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Referências
[1]
Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Pesquisa
Jornada do Paciente com Doença Inflamatória Intestinal. Disponível em : https://abcd.org.br/wp-content/uploads/2018/01/JORNADA_DO_PACIENTE_COMPLETA.pdf?utm_source=jornada&utm_medium=site&utm_campaign=completo Acesso
em maio de 2021