Neoplasia está entre os dez tumores mais comuns no Brasil, podendo ser benigna ou maligna
Maio
é também conhecido como o “mês cinza”, nomenclatura dada em função da
conscientização do câncer cerebral. Se um diagnóstico de câncer já é
assustador, o diagnóstico de um câncer do cérebro pode parecer ainda mais
aterrorizante!
A
neoplasia ocupa a décima posição
entre os tumores mais frequentes nos brasileiros. Podem ser benignos ou
malignos. Os benignos possuem crescimento mais lento e em alguns casos podem
ser apenas acompanhados com exames de imagem ao longo da vida do paciente.
Dentre os malignos, os mais comuns no cérebro, as metástases (quando vem de
outros sítios como pulmão, mama e câncer de pele tipo melanoma, por exemplo)
estão em primeiro lugar. Quando surgem do próprio tecido cerebral são chamados
de primários.
Sintomas
Segundo
a especialista em neuro-oncologia Bruna Bonaccorsi, diretora do Instituto de
Radioterapia São Francisco, os sintomas mais comuns desse tipo de câncer variam
desde uma cefaleia intensa, persistente, que não melhora com analgésicos
comuns, vômitos recorrentes, déficits neurológicos (alteração visual, de
sensibilidade ou movimentação), até convulsões. “O diagnóstico precoce é de
extrema importância para o tratamento ser mais eficaz, porém não há indicação
de rastreamento com imagem”, pondera.
“Ainda
pouco se sabe sobre o que causa os tumores cerebrais. Algumas síndromes
genéticas raras podem aumentar o risco deste câncer, como a síndrome de
Li-Fraumeni, por exemplo”, diz a médica. “Deficiência do sistema imunológico,
como o vírus HIV, também predispõe alguns tipos, em especial o linfoma primário
do cérebro”, pontua Bruna.
Dentre
os primários, a maioria são conhecidos como gliomas. Podem ser gliomas de baixo
grau ou de alto grau. “O grau representa a agressividade do tumor. Quanto mais
alto o grau, mais agressivo é”, explica. E, nesses casos, geralmente o paciente
é submetido a cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Tratamento
A
cirurgia é um dos pilares do tratamento. Sempre que possível deve ser realizada
pelo neurocirurgião. A indicação do tratamento a seguir (geralmente com
radioterapia, com ou sem quimioterapia) depende do tipo do tumor. Nas palavras
da especialista, o câncer cerebral possui “nome” e “sobrenome”. “Se fazem
necessários testes moleculares e testes genéticos, por exemplo, a fim de
identificar mutações que podem predizer melhor o prognóstico do doente e
decidir a melhor estratégia a seguir após a cirurgia”, detalha Bruna.
Radioterapia
Assim
como a neurocirurgia evoluiu (hoje há possibilidades de se realizar cirurgias
com o paciente acordado, o que possibilita ao neurocirurgião uma ressecção com
mais segurança), a radioterapia também evoluiu. De acordo com Bruna Bonaccorsi,
a radioterapia possui um papel essencial para o controle desses tumores.
“Hoje, com alta tecnologia é possível poupar ainda mais os tecidos sadios
maximizando o controle das células doentes”, pontua.
“Não
causar mais danos do que a doença já causaria ao paciente é imprescindível.
Preservar a qualidade de vida em casos mais graves da doença é primordial”,
finaliza.
IRSF
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