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sexta-feira, 8 de março de 2019

Dependente tem direito à manutenção do plano de saúde após morte de titular


Conforme entendimento da jurisprudência e também disposto em súmula da Agência Nacional de Saúde (ANS), ao dependente é assegurada a manutenção do plano de saúde após a morte do titular, pelo prazo de remissão, desde que estabelecido em contrato, contanto que assumidas as obrigações correspondentes.

Costumeiramente, nos contratos de plano de saúde, é estipulado um prazo denominado de período de remissão. Este prazo nada mais é do que um período em que o(s) dependente(s) do plano de saúde podem continuar usufruindo normalmente deste após a morte do titular, sem que nada lhes seja cobrado para tanto. Na maioria das vezes, este prazo é de 3 a 5 anos.

O objetivo deste período no contrato é não deixar desprotegido aquele que, como o próprio nome diz, depende do titular do plano para ver assegurada a prestação de serviços de saúde a si. 

Pois bem. Após o fim deste período, os dependentes do plano de saúde costumam enfrentar dois graves cenários: a negativa de manutenção do plano de saúde, ainda que mediante pagamento, ou o cancelamento automático da apólice e o início de outra com condições de pagamento abusivas.

De maneira informal, mas sabida pelos consumidores, os planos de saúde costumam até mesmo sugerir a contratação de novo plano de saúde com outra operadora, pelo fato de, na maioria dos casos, o cliente se tratar de pessoa idosa e com estado clínico já mais sensível, contratação que nada se mostra vantajosa para a operadora do plano.

Entretanto, tal conduta é claramente abusiva e ilegal, pois não pode ser negado o direito do dependente de ver mantidas as mesmas condições do plano de saúde, sob nenhuma justificativa.

Conforme a Súmula nº 13 da ANS, “o término da remissão não extingue o contrato de plano familiar, sendo assegurado aos dependentes já inscritos o direito à manutenção das mesmas condições contratuais, com a assunção das obrigações decorrentes, para os contratos firmados a qualquer tempo”.

Nesse sentido, é importante salientar um brilhante e didático julgado do Superior Tribunal de Justiça exarado pelo Ministro Ricardo Villas Boas Cuêva:

“(...) 2. A cláusula de remissão, pactuada em alguns planos de saúde, consiste em uma garantia de continuidade da prestação dos serviços de saúde suplementar aos dependentes inscritos após a morte do titular, por lapso que varia de 1 (um) a 5 (cinco) anos, sem a cobrança de mensalidades. Objetiva, portanto, a proteção do núcleo familiar do titular falecido, que dele dependia economicamente, ao ser assegurada, por certo período, a assistência médica e hospitalar, a evitar o desamparo abrupto. (...)

4. O término da remissão não extingue o contrato de plano familiar, sendo assegurado aos dependentes já inscritos o direito à manutenção das mesmas condições contratuais, com a assunção das obrigações decorrentes, para os contratos firmados a qualquer tempo (Súmula Normativa nº 13/2010 da ANS). 5. Recurso especial provido”. (STJ, Terceira Turma, REsp 1457254, Rel. Min. Villas Boas Cuêva, j. 12.04.2016)
 

Diante desta breve elucidação, conclui-se que é abusiva e ilegal qualquer conduta das operadores de plano de saúde, diferente da manutenção do plano de saúde do(s) dependente(s) após o período de remissão.



Teixeira Fortes

Movimento abraça Mata Atlântica para estimular o desenvolvimento regional



Grande Reserva Mata Atlântica atua em cerca de 4 milhões de hectares de florestas ambientes urbanos e área costeiro-marinha em SP, SC e PR
Créditos: Divulgação


O movimento Grande Reserva Mata Atlântica busca fortalecer e estimular as potencialidades turísticas, ambientais e culturais em SC, PR e SP


Conhecida como uma das florestas tropicais mais exuberantes e biodiversas do mundo, a Mata Atlântica foi abraçada por um movimento que busca resgatar e fortalecer os principais atrativos turísticos, culturais, de lazer, gastronômicos e naturais para garantir o desenvolvimento de cidades e comunidades situadas no maior remanescente contínuo do bioma no Brasil. Instituições, empresas, poder público e pesquisadores estão unidos para incentivar o turismo na região, estimular a população local para estar cada vez mais preparada para receber visitantes e estruturar novas experiências para que as pessoas valorizem a natureza e a cultura local.

Batizado como Grande Reserva Mata Atlântica, o movimento atua em cerca de 4 milhões de hectares de florestas, ambientes urbanos e área costeiro-marinha que abrange o Litoral Norte de Santa Catarina, o Litoral do Paraná e o Sudeste de São Paulo. A região abriga hoje 45 municípios, sendo quatro cidades históricas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Antonina (PR) e Iguape (SP) – e duas das mais antigas cidades do Brasil – Guaraqueçaba (PR) e Cananeia (SP).

Além de apreciar a arquitetura colonial, a culinária típica da região e a cultura caiçara, os visitantes têm a oportunidade de praticar atividades ao ar livre e conhecer atrativos naturais em diferentes tipos de paisagens, como montanhas, rios, cachoeiras, praias, manguezais, florestas e ilhas.

O contato com a natureza também pode garantir ao turista a surpresa de encontrar espécies de fauna e flora restritas dessa região – o mico-leão-de-cara-preta, o papagaio-de-cara-roxa e o gavião-pombo-pequeno, por exemplo – e outros animais, como guará, anta, muriqui, onça-pintada, botos e golfinhos. Ao todo, a Mata Atlântica é o lar de cerca de 23 mil espécies de animais e plantas.


O movimento

O movimento Grande Reserva Mata Atlântica não possui liderança única e aceita o apoio de qualquer organização ou cidadão interessado em desenvolver de forma sustentável o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. A partir desta ação, Unidades de Conservação, empresas, poder público, instituições, pesquisadores e comunidade local estão unidos em um objetivo comum: aliar o desenvolvimento econômico e social da região com a preservação do meio ambiente.

De acordo com a coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva, o movimento busca desenvolver e fortalecer iniciativas que transformem a região, seguindo uma agenda comum de conservação. “Queremos mobilizar organizações, empresários, prefeituras e moradores para mostrar os potenciais turísticos, econômicos e culturais da região. Nós queremos promover uma convivência harmônica entre sociedade e o meio natural, que fortaleça negócios e traga desenvolvimento econômico e social”, afirma, lembrando que o movimento foi inspirado em uma ação semelhante ocorrida no Parque Iberá, na província de Corrientes, na Argentina.


Números

Atualmente, a Mata Atlântica possui 32 milhões de hectares cobertos com vegetação nativa, contudo, apenas 7% estão em bom estado de conservação, sendo parte significativa localizada na Grande Reserva. A Mata Atlântica passa por 17 estados brasileiros e cerca de 125 milhões de brasileiros vivem na sua área de abrangência, onde também estão concentrados aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto do País.

Fundação Grupo Boticário

Taquaritinga tem mutirão da saúde da mulher, com dicas gerais sobre qualidade de vida e prevenção à obesidade



O Mês Internacional da Mulher merecerá destaque especial na cidade de Taquaritinga, interior de São Paulo. Em 13 de março, na sede do Rotary Club local, serão ministradas palestras gratuitas sobre cuidados gerais, os exames necessários em casa fase da vida, alimentação, atividade física, importância da vacinação, anticoncepção na adolescência, climatério, além de riscos e prevenção à obesidade.
       
A ação é uma iniciativa da Regional SOGESP de Ribeirão Preto. Terá início previsto às 20h, contando com a participação do Prof. Dr. Conrado Milani Coutinho, ginecologista e obstetra médico assistente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e Dr. Ricardo Martins Borges, médico nutrólogo também da USP-RP. Será aberta a mulheres de todas as faixas etárias, da adolescência à maturidade.
       
A relevância ao tratar o tema da obesidade se relaciona diretamente com o aumento da doença no mundo todo. Dr. Rodrigo Alves Ferreira, representante credenciado da Regional SOGESP destaca que a temática foi selecionada por escolha pública em uma pesquisa com diversas mulheres da cidade de Taquaritinga.

Em sua opinião, a obesidade é uma preocupação muito presente entre o público feminino por se relacionar aos cuidados com o corpo.

Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados em 2018 pelo Ministério da Saúde, apontam que cerca de 20% da população brasileira é obesa e mais de 50% têm sobrepeso. Entre os jovens, houve uma explosão no número de casos: de 2007 a 2017, os índices aumentaram em 110%.

Se pensarmos unicamente no universo feminino, a situação é grave. Mesmo porque, em 2015, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) registrou que, proporcionalmente, a prevalência da obesidade é bem maior entre as mulheres do que nos homens.

Na adolescência, eram, na ocasião, 24,4% versus 16,8%. A diferença aumenta, conforme avança a idade. Entre 55 e 64 anos, há 32,2% de obesas contra 23% deles.

Dr. Rodrigo pondera que a meta é transmitir informações relevantes e confiáveis sobre saúde feminina, com uma linguagem simples e clara que possibilite o entendimento das informações passadas.

Por fim, outro fator ressaltado é a importância da educação como pauta para melhorar qualidade de vida e aumentar conhecimento sobre questões de saúde, tendo como base informações vindas de fontes qualificadas.
 




Ação Social Regional Ribeirão Preto – Mês da Mulher
Data: 13 de Março de 2019
Horário: 20 horas
Local: Rotary Club Taquaritinga – SP
Endereço: Rua Francisco Mesquita, 640 - Residencial Ipiranga, Taquaritinga



Dia Mundial do Rim terá orientações profissionais e exames gratuitos


Fundação Pró-Renal promove mutirão para atender a população na Boca Maldita e no Sesc da Esquina 


Quinta-feira, 14 de março, é o Dia Mundial do Rim, evento anual criado pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e a Federação Internacional de Fundações do Rim (IFKF), para conscientizar a população sobre a saúde dos rins. Em Curitiba, a Fundação Pró-Renal realizará no dia 14 (das 9h às 16h), na Boca Maldita, uma campanha de conscientização e orientações de saúde com nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros. No dia 15, no Sesc da Esquina (das 9h30 às 15h), acontece a Feira de Saúde, com orientação de equipe multiprofissional e médicos e exames preventivos, como glicemia, colesterol e urina. O atendimento será gratuito com senhas limitadas.

Neste ano, o Dia Mundial do Rim alerta para o crescente número de doenças renais em todo o mundo e ressalta a necessidade da prevenção. “As doenças renais são silenciosas. Os sintomas aparecem quando restam entre 20% e 25% da função renal. Muitos países não oferecem diálise e há uma grande preocupação da disparidade da doença no mundo”, explica o médico Miguel Carlos Riella, diretor da Fundação Pró-Renal.

Atualmente, mais de 10% da população mundial apresenta algum tipo de disfunção renal e os números para os próximos anos não são animadores. A previsão para a próxima década é o aumento em 17% nas doenças renais, que são um problema global de saúde pública. “As doenças renais vem aumentando em todo mundo, basicamente pelo aumento do diabetes, devido a obesidade, e também pelo aumento da hipertensão arterial”, afirma o médico. Os principais grupos de riscos são os hipertensos, diabéticos e obesos e também àqueles que têm histórico familiar de doença renal ou cardiovascular.


Prevenir ainda é o melhor remédio

De acordo com Riella, a melhor forma de evitar as doenças renais ainda é a prevenção. “É necessário saber se a pessoa está em algum grupo de risco como diabetes, hipertensão, obesidade ou doença cardiovascular”, diz. O médico também orienta que outras formas de evitar a doença são manter hábitos alimentares saudáveis, fazer exercícios físicos, hidratatar-se, controlar a pressão arterial e o diabetes, evitar o tabagismo e o uso de antinflamatório e fazer periodicamente exames preventivos.


Doença silenciosa e mortal

O rim é um dos órgãos mais esperado para transplante e um dos mais transplantados. Mais de 22 mil pessoas esperam por um órgão no país, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Estima-se que 850 milhões de pessoas no mundo tenham doenças renais por várias causas. As Doenças Renais Crônicas (DRC) causam pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano e atualmente são a 6a causa de morte que mais cresce no mundo.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em 2018 o número de pacientes com DRC, que fazem diálise (quando perde totalmente a filtração dos rins), registrou mais de 125 mil casos no Brasil. Até setembro, mais de 4 mil pessoas fizeram transplantes de rim no país e a hipertensão ainda é a primeira causa da DRC – atinge cerca de 30% da população, seguido do diabetes e o envelhecimento (após os 35 anos, o rim perde 1% por ano da capacidade de filtração dos rins).

Já a Insuficiência Renal Aguda (IRA), uma importante causadora da DRC, afeta mais de 13 milhões de pessoas em todo mundo, sendo 85% dos casos encontrados em países de média e baixa renda. Estima-se que cerca de 1,7 milhões de pessoas morram anualmente por causa da IRA.


Fundação Pró-Renal


Campanha Março Lilás: prevenção do Câncer de Colo de Útero



Você sabia que Março é o mês da campanha de prevenção do Câncer de Colo de Útero? Além de conter o dia Internacional da Mulher, o mês é dedicado também a campanha de prevenção do tumor maligno que afeta a parte inferior do útero. A doença é uma das maiores causas de morte por câncer entre mulheres no mundo.

Um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento do câncer de colo de útero é o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), que infecta a pele e mucosas e é transmitido por meio de relações sexuais. Existem mais de 200 tipos de HPV, e somente 14 podem causar câncer.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer uterino é o terceiro tipo de câncer mais comum no país, ficando atrás apenas do câncer de mama e câncer colorretal. A doença atinge majoritariamente mulheres na faixa de idade dos 45 aos 49 anos, sendo que a maior incidência é na região Norte.

A profilaxia do câncer de colo de útero é feita, principalmente, por prevenção do HPV. As medidas envolvem que as mulheres façam prática de sexo seguro, realizem o exame papanicolau anualmente e se consultem com médico ginecologista, oncologista e clínico geral regularmente.

Nas bases do BoaConsulta, a busca por ginecologistas no período de fevereiro, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, dobrou. O resultado evidencia a progressão da conscientização causada pela Campanha do Março Lilás.






Campanha mundial alerta para a importância da saúde dos rins


Dia Mundial do Rim deste ano terá como tema "Saúde dos rins para todos"


Idealizado pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), o Dia Mundial do Rim (DMR) tem como objetivo reduzir o impacto da doença renal em todo o mundo, sendo comemorado na segunda quinta- feira do mês de março. Esse ano a data será celebrada no dia 14 de março. A Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena a campanha no Brasil, desenvolvendo material informativo e educativo sobre os fatores de risco para a Doença Renal Crônica (DRC) para todas as regiões do país visando estimular os cuidados com a saúde dos rins.

"Tenho certeza que o Dia Mundial do Rim deste ano será um grande sucesso, reeditando as edições anteriores com um número cada vez maior de atividades em todo o Brasil, além de ser uma janela de oportunidade de divulgação da nossa especialidade, de educação e informação à nossa população e reflexão sobre a situação da Nefrologia e dos pacientes com doença renal crônica. 

Estamos empenhados ao máximo em manter e ampliar o sucesso que essa data representa para os nossos pacientes e a comunidade nefrológica brasileira", comenta Dr. Marcelo Mazza, presidente da SBN.

Com o tema "Saúde dos rins para todos", diversas atividades serão realizadas em todo o país visando ressaltar a importância da saúde renal e conscientizar a população sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce da DRC.


Sobre a Doença Renal Crônica

A Doença Renal Crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, dentre elas: regular a pressão, filtrar o sangue, eliminam as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras. Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas ou eles são poucos e inespecíficos. Por causa disso, pode haver demora no diagnóstico e ele só acontecer quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, necessitando para manutenção da vida do indivíduo, tratamento por meio da diálise ou transplante renal. Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, que tem tratamento e que pode ser observada com a realização de exames de baixo custo, como o exame de urina e a dosagem de creatinina no sangue.


Assintomática, Doença Renal Crônica acomete 850 milhões de pessoas ao redor do mundo


Diabetes, hipertensão, história de doença renal na família, obesidade e tabagismo são principais fatores de risco para o desenvolvimento de Doença Renal Crônica (DRC)


De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 850 milhões de pessoas sofrem de Doença Renal Crônica (DRC) no mundo e 2,4 milhões delas morrem anualmente. A detecção precoce da doença renal e a adoção de condutas terapêuticas apropriadas para o retardamento de sua progressão pode minimizar o sofrimento dos pacientes, oferecendo melhor qualidade de vida ao doente renal e ainda reduzir os custos relacionados ao tratamento. Nos estágios inicias a DRC é assintomática, dificultando seu diagnóstico precoce. Por isso, o Dia Mundial do Rim (14/3) é uma oportunidade de alertar sobre os principais fatores de risco da doença.

Diabetes e hipertensão são os principais fatores de risco para a DRC e os fumantes, independente de serem hipertensos ou diabéticos, aumentam em 50% as chances de desenvolverem a doença. Estudo publicado no Jornal Brasileiro de Nefrologia concluiu que a incidência de DRC em pacientes com hipertensão é de 156 casos por milhão, em estudo de 16 anos com 332.500 homens entre 35 e 57 anos. O risco de desenvolvimento de nefropatia é de cerca de 30% nos diabéticos tipo 1 e de 20% nos diabéticos tipo 2. No Brasil, entre 2.467.812 pacientes com hipertensão e/ou diabetes cadastrados no programa HiperDia do Ministério da Saúde em 29 de março de 2004, a frequência de doenças renais foi de 6,63% (175.227 casos).

De acordo com o Dr. Américo Cuvello Neto, coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o histórico familiar e a obesidade também são importantes fatores de risco, que somados aos demais, aumentam as chances de disfunções renais.

O especialista reforça que, por ser assintomática, é importante que as pessoas acima dos 40 anos façam exame de urina e dosem a creatinina no sangue anualmente. Entretanto, para quem tem ao menos um dos fatores de risco, a investigação clínica deve ser feita ao menos duas vezes por ano. "A Doença Renal Crônica é irreversível e leva o paciente à diálise e ao transplante renal, por isso é fundamental prevenirmos diabetes, hipertensão, obesidade e reduzirmos o número de tabagistas", afirma o especialista.


Menos sal e mais saúde renal

O médico também alerta sobre a necessidade de as pessoas incorporarem hábitos de alimentação saudável e a prática de atividade física como formas de prevenção das doenças renais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sódio não seja maior que dois gramas por dia, o que equivale a cinco gramas de sal. No entanto, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia. Em pacientes com Doença Renal Crônica o consumo diário de sal deve ser a metade do que recomenda a OMS."Os rins funcionam como filtros do nosso organismo, e assim, são os responsáveis por eliminar o excesso de sal. Se, por alguma razão os rins não conseguem eliminar o excedente de sal, ele acumula no corpo aumentando a pressão arterial e o inchaço nas pernas e face. Diminuir o consumo de sal é essencial para o bom funcionamento dos rins", afirma Cuvello Neto.




Hospital Alemão Oswaldo Cruz
hwww.hospitaloswaldocruz.org.br/


Dados inéditos revelam que mais da metade das mulheres brasileiras não realiza exames de colo de útero


Levantamento revela números mais positivos em relação aos exames de mamografia, mas porcentagem de não realização é alarmante

A proximidade do Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, se apresenta como a ocasião propícia para a discussão de problemas específicos do gênero feminino. Dentro deste raciocínio, recente estudo divulga dados inéditos e preocupantes no que se refere à adesão das mulheres brasileiras aos exames de colo de útero e de mamografia, essenciais para detectar alterações ou anomalias em fases primárias do câncer de mama e de colo do útero, também conhecido como câncer cervical.

O levantamento da Funcional Health Tech, que é especializada em inteligência de dados de saúde e é a maior empresa em Benefícios Medicamentos do país, considerou a base de dados da Saúde Suplementar do ano de 2017, a partir de um universo superior a 1 milhão de mulheres (nos dados referentes à mamografia) e de mais de 2 milhões de mulheres (nos números relativos aos exames de colo de útero), dentro da faixa etária elegida para realizar os dois exames preventivos.

Os resultados revelam que 64,2% das mulheres a partir de 40 anos realizaram o exame de mamografia e 35,8% não o realizaram. No que se refere ao exame preventivo de colo de útero 47,3% realizaram e 52,7% não realizaram o exame, conforme mostram as tabelas abaixo:

De acordo com a Dra. Samira Haddad, médica obstetra, com doutorado em Ciências Médicas pela UNICAMP, o câncer de colo do útero é uma doença altamente prevenível, por meio da detecção de lesões precursoras a partir da citologia cervical (Papanicolau). No entanto, diversas situações são identificadas como barreiras à realização do exame, como por exemplo: dificuldades de organização dos serviços de saúde para oferta e análise dos exames, além de falhas no seguimento de casos suspeitos e confirmados. “Também por parte das mulheres, a necessidade de se submeter a exame ginecológico e a correlação do câncer cervical com o HPV (vírus de transmissão sexual) são fatores que podem contribuir para a não realização do exame preventivo”, explica a médica. “Existe evidência de que programas de educação para realização do exame citológico são efetivos para aumentar a cobertura. E também novas alternativas para detecção do risco de desenvolver câncer de colo, como a pesquisa direta do HPV, podem ser promissoras para priorização de grupos-alvo para realização rotineira de Papanicolau”, completa a especialista.

Neste Dia Internacional da Mulher, vale lembrar que em 2004 foi instituída, dentro do Sistema Único de Saúde, a “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher”, estabelecida a partir de uma ideologia feminina e com a participação de vários setores da sociedade.

“Entretanto, os dados levantados pela Funcional mostram que existe uma grande parcela de mulheres brasileiras que ainda não tem a consciência da importância da realização regular dos exames preventivos para essas patologias, cujo diagnóstico primário aumenta em muito as chances de cura”, explica o Coordenador de Health Analytics, Everton Paloni.





Funcional Health Tech
www.funcionalcorp.com.br


Descubra os principais fatores que podem causar ressecamento na região vaginal

 Sintomas associados pela população à menopausa, também podem ocorrer em mulheres mais jovens e até ser intensificado por fatores externos


A saúde íntima da mulher pode, muitas vezes, ser negligenciada por conta da correria do dia a dia, excesso de tarefas no trabalho, cuidados com a casa e a família. Aquela sensação de queimação na área vaginal, coceira, dificuldade de urinar ou até mesmo dor durante o contato íntimo são sintomas comuns da secura vaginal e devem ser investigados. O ginecologista  Dr. Márcio Elias CRM 82558, explica que a região íntima da mulher é muito sensível a fatores externos e psicológicos, como problemas profissionais, preocupações familiares e pessoais dentre outras. Mas alguns cuidados podem diminuir a incidência e até evitar que este incômodo apareça novamente. Entenda algumas causas:



Falta de estrogênio

Fabricado naturalmente pelo corpo feminino, esse hormônio estimula a produção de glicogênio, que serve de alimento para as bactérias benéficas encontradas na vagina que equilibram o Ph natural deste local. A falta deste hormônio compromete todo o ciclo menstrual, além de deixar a parede vaginal mais fina. Em geral, as baixas concentrações de estrogênio no corpo das mulheres pode causar ressecamento vaginal, situação esta comum  na menopausa e na fase de aleitamento materno.



Medicamentos

O uso prolongado de alguns tipos de medicamentos e tratamentos oncológicos (Quimioterapia e Radioterapia) também podem interferir na produção de estrogênio. As mulheres que estiverem recebendo este tipo de tratamento devem observar se o ressecamento vaginal se faz presente.



Infecções

A Candidíase vaginal e outras infecções que afetam a cavidade vaginal muitas vezes alteram a flora natural da vagina e são capazes de desenvolver um quadro de secura vaginal. Tratamento é necessário bem como hidratação local caso necessite. Fique atenta!



Pílula Anticoncepcional

Usuárias de contraceptivos hormonais orais podem apresentar quadro de ressecamento vaginal. É pouco frequente, mas pode afetar a lubrificação íntima e dificultar relação sexual.



Problemas de natureza psicológica

Como alguns dos sintomas da secura vaginal só são sentidos durante a relação sexual, o problema pode estar, justamente, relacionado à falta de excitação, lubrificação, insatisfação com o parceiro, situações de stress e até quadros de depressão.

“Para tratar o ressecamento vaginal é imprescindível identificar os sintomas que estão causando o problema. O tratamento é multifatorial e pode ser combinado entre medicamento, suplementação e dietas. Hoje no mercado, existem maneiras rápidas e eficazes para minimizar o problema, como o uso de gel hidratante intravaginal, que auxilia na manutenção da hidratação vaginal natural e da hidratação tecidual. Opte por gels à base de ácido hialurônico e sem hormônios. E atenção, é importante sempre utilizar o hidratante intravaginal sob supervisão médica”, alerta o especialista.





Mantecorp



Mulheres com mais de 64 anos são maioria em exames diagnósticos?


Dados são da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) compilados entre seus associados


O envelhecimento da população combinado com o empoderamento do paciente fez com que a demanda por exames diagnósticos aumentasse no Brasil. Estima-se que, em 2017, tenham sido realizados 2 bilhões de exames no País, sendo o SUS (Sistema Único de Saúde) responsável por 1,2 bilhão, e a Saúde Suplementar, por 816,9 milhões.

As mulheres compõem a maioria dos pacientes atendidos em todas as faixas etárias. Em um universo de 29 milhões de atendimentos, elas representaram 67% do total de pacientes que realizaram exames diagnósticos em 2017. Além de maior cuidado com a saúde, o resultado revela uma rotina de acompanhamento e prevenção da saúde feminina. Dos exames periódicos, a mamografia teve crescimento de 5% e a ressonância magnética 10,8%.

A principal faixa etária atendida foi de mulheres entre 40 a 64 anos, cuja participação foi de 37%. No entanto, as pacientes com idade superior a 64 anos foram as que se destacaram no levantamento (78%).

Os dados fazem parte de levantamento na base de empresas filiadas a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica). Em 2017, os exames laboratoriais realizados pelas empresas da Abramed representavam 50,2% do total realizado no período e nos exames de imagem, que é de 17%.


Impacto da internet

Os exames são responsáveis por mais de 70% das decisões médicas. Realizar exames, portanto, é primordial para um diagnóstico certo. O levantamento da Abramed aponta um crescimento acelerado do número de acessos pela internet, com taxa média anual de 23% no período entre 2015 e 2017. Do total, 14,3 milhões de laudos não foram retirados em 2017, ou seja, 3,5% dos exames realizados.

De acordo com XXXX, da Abramed, é importante desmistificar uma falsa verdade amplamente disseminada, inclusive por órgãos do Governo Federal. "O desperdício alardeado por lideranças da saúde, que apontam que cerca de 30% dos exames não são retirados pelos pacientes, é incabível".

O mercado de Medicina Diagnóstica no Brasil gerou uma receita bruta de aproximadamente R$ 35,4 bilhões em 2017. Com mais de 23 mil estabelecimentos que realizam procedimentos de diagnose, laboratorial, imagem e outros; o setor é responsável por 241.931 empregos formais. As empresas da Abramed representam 50,2% dos exames na Saúde Suplementar e 21% no total do País.

Além da importância econômica da Medicina Diagnóstica tanto como geradora de renda e emprego como impulsionadora da inovação tecnológica, os dados provenientes deste setor são responsáveis por mais de 70% das decisões médicas.

Lesões no assoalho pélvico prejudicam a saúde da mulher



Com sintomas como perda involuntária de urina e até disfunções sexuais, essas lesões, embora pouco conhecidas, prejudicam a qualidade de vida de muitas mulheres


Você já ouviu falar em assoalho pélvico? Composto por músculos e tecidos nervosos, é ele o responsável por trabalhar incansavelmente para evitar aqueles "acidentes" quando não há nenhum banheiro por perto e, ainda, por assegurar uma função sexual adequada. Porém, essa região pode sofrer disfunções que são silenciosas, mas ao mesmo tempo sérias e que prejudicam a qualidade de vida das mulheres.

Embora desconhecido para muitos, o assoalho pélvico não tem esse nome à toa. Ele é, literalmente, o "chão da bacia" e sustenta, com toda a sua extensão muscular, alguns órgãos como o útero, a bexiga e a vagina. Basicamente, sua função é permitir o armazenamento e eliminação de fezes e urina, a prevenção de prolapsos – deslocamento dos órgãos – e até garantir o prazer sexual. E, como qualquer outro músculo do corpo, pode sofrer lesões graves.

"As pacientes com lesões no assoalho pélvico podem sofrer perda involuntária da urina ou fezes durante algum esforço realizado no dia a dia. Além de disfunções sexuais e de sentir a 'saída' desses órgãos pela vagina, que normalmente é relatado como a 'saída de uma bola'. Essas disfunções prejudicam consideravelmente a qualidade de vida das mulheres", explica a Dra. Virginia Roncatti, uroginecologista do Hospital São Luiz Itaim. As causas podem ser variadas, mas entre as mais importantes estão o parto normal, a gestação, o envelhecimento e doenças musculares e neurológicas.

Segundo a Dra. Virginia, os tratamentos variam de acordo com a causa da lesão e podem ser conservadores ou, em alguns casos, até cirúrgicos. "Existem trabalhos mostrando que até 20% de todas as mulheres serão submetidas a uma correção cirúrgica para algum tipo de disfunção do assoalho pélvico durante sua vida", afirma a especialista.

No entanto, é possível prevenir o problema. Ter uma boa assistência no parto, evitar aumento da pressão intra-abdominal - como tosse crônica ou obesidade – evitar atividades pesadas e até o cigarro, por exemplo, são algumas precauções a serem tomadas. Além disso, também é possível exercitar os músculos da região pélvica com fisioterapia. Feita por profissionais especializados, a fisioterapia pélvica possui um papel fundamental no tratamento de algumas destas patologias e varia de técnica de acordo com cada lesão.

Para contribuir com a prevenção e tratamento das disfunções do assoalho pélvico, também existem, ao redor do mundo, entidades internacionais voltadas exclusivamente para o problema. A IUGA (Sociedade Internacional de Uroginecologia), a ALAPP (Associação Latino Americana de Piso Pélvico) e a brasileira Uroginap (Associação Brasileira de Assoalho Pélvico) atuam na conscientização sobre esta parte tão importante do corpo feminino, promovendo ações na sociedade para o conhecimento dessas patologias ainda pouco divulgadas.




Rede D'Or São Luiz

Infertilidade e depressão: quais as ligações, os sintomas e como enfrentá-las


A infertilidade pode ser angustiante e muitas pessoas experimentam crises de estresse, tristeza ou sentimentos de desesperança. Algumas, porém, chegam a ficar deprimidas. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, em 2015, encontrou uma alta prevalência de transtorno depressivo maior em pessoas que estavam recebendo tratamento para infertilidade.

Como a infertilidade está ligada à depressão?




Enquanto os médicos há muito entendem que a infertilidade é um problema de saúde, a vergonha e o sigilo continuam prevalentes entre as pessoas com infertilidade. Isso pode dificultar a busca de ajuda de amigos e familiares. Não engravidar depois de tentar por um período prolongado pode ser profundamente decepcionante e frustrante, especialmente sem o apoio dos entes queridos. Uma pesquisa de 2010 descobriu que a depressão pode impedir as pessoas de procurar tratamento para a infertilidade.

Embora muitas pessoas com problemas de fertilidade possam ter um filho após o tratamento, como a fertilização in vitro (FIV), a ansiedade sobre se o tratamento irá funcionar também pode prejudicar a saúde mental de uma pessoa.

“A infertilidade, do ponto de vista emocional, é vivida como uma perda, e toda perda pressupõe um luto. Esta perda pode ser vivida em diferentes momentos: quando se descobre que a gravidez muito provavelmente não acontecerá sem tratamento; quando há insucessos nos tratamentos e quando a gravidez é seguida pelo aborto”, afirma o médico Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

“Os sentimentos depressivos indicam o fim da fase de raiva e revolta, comuns do primeiro momento, e o início de uma nova fase na qual há a possibilidade de suportar as frustrações sem ressentimentos e com menos hostilidade, e as projeções da raiva no mundo externo diminuem”, completa o médico.

Cambiaghi lembra que, apesar de ser uma fase necessária ao processo de elaboração emocional, é extremamente importante que o médico esteja atento para a intensidade e a permanência da paciente neste quadro. Caso os sintomas depressivos se intensifiquem, um aspecto mais severo de depressão pode se configurar. A indicação fármica e psicoterápica é extremamente benéfica e se faz necessária em tais situações.
 


Algumas das razões pelas quais as pessoas com infertilidade lutam contra a depressão incluem:

=Estresse: a infertilidade pode ser uma experiência estressante, particularmente quando há muita pressão sobre alguém para engravidar.


=Condições médicas: vários problemas médicos podem causar infertilidade, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e também podem aumentar o risco de depressão. Um estudo de 2010 encontrou taxas mais altas de depressão e ansiedade em mulheres com SOP.


=Os desafios emocionais e físicos do tratamento: um pequeno estudo de 2014 com mulheres que procuraram tratamento de infertilidade ou serviços de preservação de fertilidade descobriu que a ansiedade e a depressão pioravam à medida que o tratamento progredia.


=Efeitos colaterais do tratamento: muitos medicamentos para fertilidade envolvem o uso de hormônios. Às vezes, esses podem afetar o humor de uma pessoa, aumentando o risco de depressão.

Qualquer um pode experimentar depressão por causa da infertilidade.



Sintomas

Não é incomum sentir-se triste ou deprimido ocasionalmente. No entanto, quando esses sentimentos persistem com o tempo e afetam a qualidade de vida de uma pessoa, ela pode estar sofrendo de depressão. Uma pessoa pode receber um diagnóstico de depressão quando tiver cinco ou mais dos seguintes sintomas:

=humor deprimido durante a maior parte do dia na maioria dos dias;

=perda de interesse na maioria das atividades, mesmo aquelas que aprecia;

=perda de peso ou ganho, não devido à dieta deliberada ou condição de saúde;

=dormindo muito ou pouco;

=sentindo-se fisicamente agitado ou lento na maioria dos dias;

=tendo baixa energia na maioria dos dias;

=sentindo-se sem valor, culpado ou envergonhado;

=dificuldade para pensar claramente ou se concentrar;

=pensamentos frequentes de morte ou suicídio.


Para um médico diagnosticar a depressão, os sintomas de uma pessoa não devem ser causados ​​por medicação ou abuso de substâncias. Ele também deve pedir avaliação para outras condições de saúde mental. Se outra condição explicar com mais precisão os sintomas, o médico pode diagnosticá-la com essa condição e não com a depressão.



Quando procurar ajuda



Pessoas com infertilidade que sofrem de depressão devem procurar tratamento para ambas as condições. Embora a infertilidade possa ser a causa da depressão, é essencial tratar também os problemas de saúde mental.

Casais incapazes de engravidar depois de tentar por 12 meses ou mais devem considerar conversar com um médico sobre a infertilidade. No entanto, mulheres com mais de 35 anos devem consultar um médico caso não tenham conseguido engravidar após 6 meses de tentativas. Casais com história de infertilidade, mulheres com períodos irregulares e pessoas com problemas médicos crônicos, como diabetes, devem procurar um médico antes de tentar engravidar.

Um médico de família pode encaminhar homens a um urologista e mulheres a um ginecologista.  Se os sintomas da depressão dificultarem a atuação de uma pessoa em casa, no trabalho ou na escola, elas devem procurar ajuda.

O desespero da depressão pode fazer as pessoas pensarem que o tratamento não funcionará. No entanto, isso também pode ser um sintoma de depressão. O tratamento pode, e muitas vezes alivia, os sintomas da depressão e melhora a qualidade de vida de uma pessoa.



Tratamento

Existem muitos medicamentos disponíveis que podem tratar a depressão. Os antidepressivos vêm em muitas formas, incluindo os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), os antidepressivos tricíclicos, os moduladores da serotonina e os inibidores da monoamina oxidase.

Algumas pessoas podem precisar experimentar vários medicamentos antes de encontrar um que funcione bem para elas. Ser honesto com um médico sobre quaisquer efeitos colaterais é essencial, pois o profissional pode alterar a dose ou o tipo de medicação.

A terapia também é uma maneira eficaz de tratar a depressão. Quando uma pessoa está em terapia, ela pode discutir seus sentimentos sobre a infertilidade, estabelecer metas e identificar estratégias para melhorar seu relacionamento. Alguns casais acham que a infertilidade prejudica seu relacionamento, portanto, participar de um aconselhamento em conjunto também pode ajudar.

Para a maioria das pessoas, a medicação e a terapia juntas oferecem os melhores resultados de tratamento. Um estilo de vida saudável, como manter uma dieta nutritiva e fazer exercícios regularmente, também é importante.

Alguns casais acham que um novo hobby ou atividade compartilhada pode ajudar. Ao lidar com problemas de fertilidade, é fácil se concentrar apenas em engravidar e negligenciar outros aspectos do relacionamento. Experimentar novas atividades, ter novas coisas para esperar e construir interesses compartilhados pode ajudar a reequilibrar a vida de um casal.

“A resistência em procurar um psicólogo ainda é muito grande pelos casais. Colocar o sofrimento em palavras, reviver sentimentos dolorosos é visto como algo muito penoso em um primeiro momento. É comum subestimar o impacto emocional ao longo do tratamento, principalmente quando há causas orgânicas absolutamente esclarecidas. Muitas pacientes ficam meses, às vezes anos com o número de telefone do psicólogo guardado em algum lugar até tomarem coragem para ligar”, explica Cambiaghi, que atende casais nessa situação há mais de 30 anos .

Ele enfatiza que a forma com que os profissionais da equipe de saúde encaminham os pacientes ao psicólogo pode facilitar ou dificultar essa procura. Quando os pacientes sentem que estão sendo encaminhados por estarem “problemáticos”, “dando trabalho”, isso só aumenta o estigma e o preconceito em relação às dificuldades mentais e a resistência na busca de apoio psicológico especializado. Sentem-se mais uma vez “incompetentes”, até para lidarem com suas emoções, e essa procura é dificultada.

“Porém, se o médico encaminha o paciente ao psicólogo de forma acolhedora, acreditando de fato que esse tratamento emocional terá eficácia em aliviar as angústias e ansiedades, aumentando o bem-estar e a qualidade de vida das pacientes, o caminho para a aceitação e procura de apoio psicológico especializado fica extremamente facilitado”, ensina o especialista.



Apoio



Embora a infertilidade seja comum, ela pode fazer com que uma pessoa se isole. Segundo pesquisa norte-americana, cerca de 6% das mulheres entre 15 e 44 anos não engravidam depois de um ano de tentativas. No entanto, a infertilidade não precisa durar para sempre, e o tratamento permite que muitas pessoas tenham bebês saudáveis.

Encontrar apoio de outras pessoas com experiências semelhantes pode ser útil. Elas podem oferecer recursos para controlar o estresse, manter um bom relacionamento e mostrar que ninguém está sozinho. Grupos on-line, como alguns privados do Facebook e fóruns de mensagens de fertilidade, também podem oferecer suporte.

“Não queremos que as pacientes deixem aspectos psicológicos implícitos na infertilidade tomarem conta da vida delas ou tirarem a energia e a esperança não só de continuar tentando a gravidez, mas, também, de viverem a vida em toda a sua plenitude”, afirma Cambiaghi, completando: “É preciso lembrar que não há apenas sofrimento e dor nos obstáculos que a vida impõe, mas também a possibilidade de encontrar força, saúde e resistência para enfrentar com coragem os novos desafios. Quanto maior o bem-estar, quanto maior a compreensão dos conflitos emocionais íntimos e profundos que a infertilidade provoca, menor a angústia e a ansiedade e maiores são as chances de o corpo encontrar um caminho ‘livre’ para a realização do desejo”.







Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi - diretor do Centro de reprodução humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros. 

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