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sexta-feira, 8 de março de 2019

Dados inéditos revelam que mais da metade das mulheres brasileiras não realiza exames de colo de útero


Levantamento revela números mais positivos em relação aos exames de mamografia, mas porcentagem de não realização é alarmante

A proximidade do Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, se apresenta como a ocasião propícia para a discussão de problemas específicos do gênero feminino. Dentro deste raciocínio, recente estudo divulga dados inéditos e preocupantes no que se refere à adesão das mulheres brasileiras aos exames de colo de útero e de mamografia, essenciais para detectar alterações ou anomalias em fases primárias do câncer de mama e de colo do útero, também conhecido como câncer cervical.

O levantamento da Funcional Health Tech, que é especializada em inteligência de dados de saúde e é a maior empresa em Benefícios Medicamentos do país, considerou a base de dados da Saúde Suplementar do ano de 2017, a partir de um universo superior a 1 milhão de mulheres (nos dados referentes à mamografia) e de mais de 2 milhões de mulheres (nos números relativos aos exames de colo de útero), dentro da faixa etária elegida para realizar os dois exames preventivos.

Os resultados revelam que 64,2% das mulheres a partir de 40 anos realizaram o exame de mamografia e 35,8% não o realizaram. No que se refere ao exame preventivo de colo de útero 47,3% realizaram e 52,7% não realizaram o exame, conforme mostram as tabelas abaixo:

De acordo com a Dra. Samira Haddad, médica obstetra, com doutorado em Ciências Médicas pela UNICAMP, o câncer de colo do útero é uma doença altamente prevenível, por meio da detecção de lesões precursoras a partir da citologia cervical (Papanicolau). No entanto, diversas situações são identificadas como barreiras à realização do exame, como por exemplo: dificuldades de organização dos serviços de saúde para oferta e análise dos exames, além de falhas no seguimento de casos suspeitos e confirmados. “Também por parte das mulheres, a necessidade de se submeter a exame ginecológico e a correlação do câncer cervical com o HPV (vírus de transmissão sexual) são fatores que podem contribuir para a não realização do exame preventivo”, explica a médica. “Existe evidência de que programas de educação para realização do exame citológico são efetivos para aumentar a cobertura. E também novas alternativas para detecção do risco de desenvolver câncer de colo, como a pesquisa direta do HPV, podem ser promissoras para priorização de grupos-alvo para realização rotineira de Papanicolau”, completa a especialista.

Neste Dia Internacional da Mulher, vale lembrar que em 2004 foi instituída, dentro do Sistema Único de Saúde, a “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher”, estabelecida a partir de uma ideologia feminina e com a participação de vários setores da sociedade.

“Entretanto, os dados levantados pela Funcional mostram que existe uma grande parcela de mulheres brasileiras que ainda não tem a consciência da importância da realização regular dos exames preventivos para essas patologias, cujo diagnóstico primário aumenta em muito as chances de cura”, explica o Coordenador de Health Analytics, Everton Paloni.





Funcional Health Tech
www.funcionalcorp.com.br


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