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sexta-feira, 8 de março de 2019

Movimento abraça Mata Atlântica para estimular o desenvolvimento regional



Grande Reserva Mata Atlântica atua em cerca de 4 milhões de hectares de florestas ambientes urbanos e área costeiro-marinha em SP, SC e PR
Créditos: Divulgação


O movimento Grande Reserva Mata Atlântica busca fortalecer e estimular as potencialidades turísticas, ambientais e culturais em SC, PR e SP


Conhecida como uma das florestas tropicais mais exuberantes e biodiversas do mundo, a Mata Atlântica foi abraçada por um movimento que busca resgatar e fortalecer os principais atrativos turísticos, culturais, de lazer, gastronômicos e naturais para garantir o desenvolvimento de cidades e comunidades situadas no maior remanescente contínuo do bioma no Brasil. Instituições, empresas, poder público e pesquisadores estão unidos para incentivar o turismo na região, estimular a população local para estar cada vez mais preparada para receber visitantes e estruturar novas experiências para que as pessoas valorizem a natureza e a cultura local.

Batizado como Grande Reserva Mata Atlântica, o movimento atua em cerca de 4 milhões de hectares de florestas, ambientes urbanos e área costeiro-marinha que abrange o Litoral Norte de Santa Catarina, o Litoral do Paraná e o Sudeste de São Paulo. A região abriga hoje 45 municípios, sendo quatro cidades históricas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Antonina (PR) e Iguape (SP) – e duas das mais antigas cidades do Brasil – Guaraqueçaba (PR) e Cananeia (SP).

Além de apreciar a arquitetura colonial, a culinária típica da região e a cultura caiçara, os visitantes têm a oportunidade de praticar atividades ao ar livre e conhecer atrativos naturais em diferentes tipos de paisagens, como montanhas, rios, cachoeiras, praias, manguezais, florestas e ilhas.

O contato com a natureza também pode garantir ao turista a surpresa de encontrar espécies de fauna e flora restritas dessa região – o mico-leão-de-cara-preta, o papagaio-de-cara-roxa e o gavião-pombo-pequeno, por exemplo – e outros animais, como guará, anta, muriqui, onça-pintada, botos e golfinhos. Ao todo, a Mata Atlântica é o lar de cerca de 23 mil espécies de animais e plantas.


O movimento

O movimento Grande Reserva Mata Atlântica não possui liderança única e aceita o apoio de qualquer organização ou cidadão interessado em desenvolver de forma sustentável o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. A partir desta ação, Unidades de Conservação, empresas, poder público, instituições, pesquisadores e comunidade local estão unidos em um objetivo comum: aliar o desenvolvimento econômico e social da região com a preservação do meio ambiente.

De acordo com a coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva, o movimento busca desenvolver e fortalecer iniciativas que transformem a região, seguindo uma agenda comum de conservação. “Queremos mobilizar organizações, empresários, prefeituras e moradores para mostrar os potenciais turísticos, econômicos e culturais da região. Nós queremos promover uma convivência harmônica entre sociedade e o meio natural, que fortaleça negócios e traga desenvolvimento econômico e social”, afirma, lembrando que o movimento foi inspirado em uma ação semelhante ocorrida no Parque Iberá, na província de Corrientes, na Argentina.


Números

Atualmente, a Mata Atlântica possui 32 milhões de hectares cobertos com vegetação nativa, contudo, apenas 7% estão em bom estado de conservação, sendo parte significativa localizada na Grande Reserva. A Mata Atlântica passa por 17 estados brasileiros e cerca de 125 milhões de brasileiros vivem na sua área de abrangência, onde também estão concentrados aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto do País.

Fundação Grupo Boticário

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