Especialista alerta para as causas das infecções ginecológicas recorrentes e reforça a importância do diagnóstico e tratamento adequados
Corrimento, coceira, ardência e desconforto íntimo são sintomas
que muitas mulheres conhecem bem. O problema é que, para algumas, eles se
tornam frequentes, um sinal de alerta que pode indicar infecções ginecológicas
de repetição, como vaginose bacteriana, candidíase ou tricomoníase.
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que a prevalência
global de vaginose bacteriana entre mulheres em idade reprodutiva varia de 23%
a 29%. Estudos também mostram que aproximadamente 15% a 30% das mulheres com
vaginose enfrentam episódios de recidiva dentro de 12 meses, e até 70% podem
ter nova infecção em até nove meses após o tratamento inicial.
De acordo com o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da
Carnot Laboratórios, é fundamental compreender que nem toda infecção tem a
mesma origem, e tratar sem orientação pode agravar o quadro. “Infecções íntimas
recorrentes geralmente estão associadas a desequilíbrios na microbiota vaginal,
uso inadequado de medicamentos, alterações hormonais ou hábitos de higiene que
comprometem a flora natural”, explica o médico.
Segundo ele, um dos erros mais comuns é a automedicação. “Muitas
mulheres acreditam que todos os sintomas de corrimento e coceira são causados
por fungos, e acabam usando antifúngicos sem necessidade. Em casos de infecções
bacterianas, por exemplo, o tratamento é completamente diferente. Isso não só
não resolve o problema, como pode piorar o desequilíbrio da flora vaginal e
favorecer novas infecções”, alerta o Dr. Carlos.
Além de bactérias e fungos, fatores como uso contínuo de
antibióticos, roupas muito apertadas, absorventes diários e duchas vaginais
também podem contribuir para a reincidência das infecções. O especialista
explica que o canal vaginal possui um sistema de defesa natural, composto por
bactérias benéficas (como os lactobacilos), que ajudam a manter o pH
equilibrado. “Quando esse equilíbrio é rompido, o ambiente se torna propício
para o crescimento de microrganismos patogênicos”, complementa.
O diagnóstico correto, feito por meio de exame clínico e
laboratorial, é essencial para definir o tratamento adequado. “A abordagem
médica considera não só o agente causador da infecção, mas também o histórico
da paciente, hábitos de higiene e eventuais condições associadas, como
alterações hormonais ou imunológicas”, explica o Dr. Carlos.
Ele reforça que o tratamento precisa ser completo e
supervisionado, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente. “Interromper o
tratamento antes do tempo pode permitir que a infecção volte ainda mais
resistente. É importante seguir todas as orientações médicas, inclusive em
relação ao parceiro, quando necessário”, ressalta.
Por fim, o especialista lembra que a prevenção é sempre o melhor
caminho. “Evitar o uso excessivo de produtos íntimos com fragrâncias, optar por
roupas leves e de algodão, manter a região sempre seca e priorizar o
acompanhamento ginecológico regular são medidas simples, mas eficazes”, orienta
o Dr. Carlos.
“Quando falamos em saúde íntima, informação e cuidado são aliados
indispensáveis. Tratar com segurança significa entender a origem do problema e
buscar o acompanhamento certo para restaurar o equilíbrio e a qualidade de
vida”, conclui.
Carnot®
Laboratórios

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