Especialista
da Inspirali orienta sobre a condição
Segundo o relatório Born Too Soon, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e UNICEF, no mundo, a cada 10 nascimentos um ocorre prematuramente, representando 13 milhões de bebês prematuros por ano. Já no Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos, representando mais de 12% dos nascimentos e colocando o país entre os dez com maiores índices no mundo, segundo o Ministério da Saúde.
Os dados são alarmantes, ainda mais quando se sabe que a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil no país e no mundo, especialmente entre os bebês que nascem antes das 34 semanas de gestação. Para orientar famílias sobre os riscos e cuidados, a Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, convida a Dra. Regina Melo Brandão, pediatra e professora da UnP, para responder algumas perguntas. Confira:
1. Com quanto tempo o bebê é considerado
prematuro?
R: São considerados prematuros todos os recém-nascidos
que nasceram antes de 37 semanas de idade gestacional.
2. Quais as explicações para um possível
nascimento prematuro?
R: Os motivos para o nascimento de um prematuro são multifatoriais,
associados a causas maternas, como infecções urinárias ou cervicais,
insuficiência istmocervical, hipertensão, diabetes, descolamento prematuro de
placenta, ou gestações múltiplas, baixo volume de líquido amniótico e também
uso de álcool ou drogas. Causas fetais incluem malformações.
3. Há como evitar que isso ocorra?
R: Um pré-natal de qualidade com tratamento de infecções,
suplementação adequada, alimentação saudável e evitar álcool e drogas ajudam na
prevenção.
4. Há maneiras de saber, durante a gestação,
que um bebê nascerá prematuro?
R: Algumas gestantes necessitam vigilância aumentada pelo
risco de prematuridade. Chamamos de gestantes de risco e são as que possuem
condições como hipertensão, diabetes, infecções, gestação múltipla,
adolescentes ou idade materna avançada.
5. Quais os principais riscos da
prematuridade para o bebê?
R: Bebês prematuros apresentam risco de doenças
pulmonares (SDR, BCP), doenças cardíacas (PCA), enterocolite necrosante,
retinopatia da prematuridade e hemorragia intraventricular.
6. E quais os riscos para a mãe?
R: A mãe de um prematuro pode apresentar impactos
emocionais, psicológicos e financeiros, principalmente devido à internação
prolongada do recém-nascido.
7. Quais os principais cuidados com o bebê
prematuro?
R: Precisamos aumentar os cuidados como prevenção de
infecções, evitar aglomerações, aleitamento materno, vacinação, suplementação
de vitaminas e acompanhamento pediátrico regular.
8. Os prematuros podem apresentar atrasos ou
doenças no futuro?
R: Sim. Podem ocorrer atraso neuropsicomotor, doenças
respiratórias crônicas e alterações visuais.
9. Existe algum cuidado específico para o
resto da vida?
R: Depende das sequelas da prematuridade. O
acompanhamento pediátrico contínuo é essencial para monitorar crescimento,
desenvolvimento e possíveis complicações crônicas.
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