Apesar da redução dos casos na Bahia, a
população deve manter as medidas de prevenção, como evitar água parada
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Com a chegada do verão, período
tradicionalmente associado ao lazer e à diversão, cresce também a preocupação
com a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como
dengue, zika e chikungunya. O infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e
Saúde, Claudilson Bastos, explica que as condições climáticas da estação mais
quente do ano contribuem significativamente para o avanço do inseto.
“Quando a água se acumula, seja por causa das chuvas ou de
recipientes e caixas d’água mal vedadas, e se junta ao calor intenso, cria-se o
cenário perfeito para a proliferação do Aedes aegypti. Nesse período, é comum
observarmos um aumento nos casos das doenças transmitidas pelo mosquito, porque
o calor facilita a eclosão dos ovos e eleva o risco de infecções”, esclarece.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia
contabilizou, no período de 29/12/2024 a 07/12/2025, 31.978 casos prováveis de
dengue — uma queda de 86,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram
registrados 231.398 casos. O número de mortes também diminuiu: são 11 óbitos
confirmados até agora. Os casos de zika e chikungunya também tiveram redução de
85,1 % e 75,83%, respectivamente. Apesar desse cenário de diminuição de
ocorrências, os governos estadual e federal seguem ampliando ações e
investimentos para evitar um novo aumento de casos.
Segundo o especialista, junto com as iniciativas públicas, a
conscientização para a prevenção é o melhor caminho para evitar a proliferação
do mosquito. Para isso, é necessário adotar medidas simples, como evitar água
parada dentro das residências, como em vasos de plantas, garrafas, tampinhas e
latas. É preciso também manter tanques e caixas d’água sempre bem vedadas,
garantir o tratamento adequado das piscinas e promover a limpeza regular de
quintais e terrenos baldios, removendo qualquer objeto que possa acumular
água.
O infectologista também ressalta a relevância do uso de repelente
e de um diagnóstico rápido e assertivo. Nesse sentido, o Sabin desenvolveu um
exame capaz de identificar, em uma única coleta de sangue, seis vírus
transmitidos pelo Aedes aegypti. A partir da análise por biologia molecular, o
teste permite detectar dengue, zika, chikungunya, oropouche, febre amarela e
mayaro. Realizado por meio da técnica de PCR qualitativo em tempo real, o exame
tem prazo de entrega de até quatro dias úteis. Ele está disponível nas unidades
do Sabin em Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Barreiras e Luís Eduardo
Magalhães.
“Outra medida indispensável é manter a vacinação em dia contra a dengue,
que tem imunizante disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na
Bahia, a indicada é imunizar crianças e adolescentes de 10 anos a 14 anos,
independentemente de infecção prévia por dengue”, afirma.
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