Excessos alimentares, quedas e acidentes domésticos podem exigir avaliação imediata
Com a chegada das festas de fim de ano, cresce o número de
atendimentos emergenciais ligados a acidentes domésticos, quedas e excessos
alimentares. Entre viagens, confraternizações e atividades físicas
improvisadas, situações que envolvem trauma ou dor abdominal tornam-se mais
frequentes, e entender quando procurar um exame de imagem pode evitar
complicações sérias.
Segundo especialistas em radiologia, exames como tomografia,
ultrassonografia e ressonância magnética são fundamentais para identificar
lesões que nem sempre são visíveis de imediato, mas que podem evoluir
rapidamente se não forem diagnosticadas.
Traumas: quando o exame de imagem é indispensável
Quedas durante brincadeiras, escorregões à beira da piscina ou
pequenos acidentes domésticos podem parecer inofensivos no momento, mas merecem
atenção quando surgem sinais como:
- dor intensa ou persistente;
- dificuldade para se movimentar;
- inchaço localizado;
- sensação de pressão no peito ou abdômen;
- perda momentânea de consciência após impacto.
Nesses casos, a tomografia computadorizada é o exame mais
indicado, por sua capacidade de identificar fraturas, sangramentos internos e
lesões em órgãos com rapidez e precisão.
“Quando a tomografia é feita com contraste, verifique se o
hospital e/ou clínica usam o Transfer-Fill multipaciente e o Patient-Set, um
extensor por paciente com válvula antirrefluxo. Estes produtos são os únicos
que possuem segurança viral e bacteriana, nos exames de imagem, que são
realizados em injetoras de contrastes", explica a especialista Marcela
Padilha, enfermeira PhD - Pesquisadora e Suporte Clínico da ALKO do Brasil.
Desconforto abdominal: quando é preciso investigar
As festas também são marcadas por mudanças alimentares, refeições
mais pesadas, maior consumo de álcool e doces, o que pode desencadear quadros
de desconforto, náuseas e dor abdominal.
No entanto, é importante diferenciar sintomas passageiros de
sinais de alerta:
- dor abdominal intensa ou que piora com o tempo;
- febre persistente;
- vômitos frequentes;
- sensação de estufamento acompanhada de dor aguda;
- dor irradiada para costas ou ombros.
Esses sintomas podem indicar condições como apendicite,
pancreatite, cálculos biliares ou gastroenterite aguda.
Nessas situações, o ultrassom abdominal costuma ser o primeiro
exame a ser solicitado, especialmente para avaliar fígado, vesícula e vias
biliares. Já a tomografia é usada quando há suspeita de inflamação mais
avançada, perfuração ou sangramento.
Diagnóstico precoce evita complicações
De acordo com médicos radiologistas, o diagnóstico por imagem têm
papel central no atendimento emergencial das festas de fim de ano,
especialmente porque muitos sintomas iniciais podem ser inespecíficos.
“A dor pode parecer simples, mas o exame de imagem é o que
confirma a gravidade do caso. Em situações de trauma ou dor abdominal intensa,
ele pode literalmente mudar o rumo do tratamento e evitar complicações
maiores”.
O que fazer diante de um trauma ou dor abdominal?
- Observe os sintomas: intensidade,
duração e evolução.
- Evite automedicação: analgésicos
podem mascarar sinais importantes.
- Procure atendimento médico rápido: principalmente se houver dor forte, febre ou histórico de
trauma.
- Siga a recomendação do especialista: cada exame tem função específica, e só o médico pode definir
o melhor caminho.
Cuidados simples que fazem diferença
- Evite excessos alimentares e consumo abusivo de álcool.
- Hidrate-se bem, especialmente no calor.
- Cuidado com atividades improvisadas, brincadeiras em escadas,
trampolins ou piscinas.
- Use calçados adequados para evitar escorregões.
Bronzeado saudável não existe
Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz
Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele.
“Classificamos
os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação
ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca
se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande
resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é
definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela
exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a
dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD).
O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células. “As consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista.
Dra.
Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das
câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a
exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem
nenhum tipo de filtro ou proteção”.
A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.
- Proteção
solar eficaz
A rotina de proteção solar é muito importante
em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão. “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar
na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes
de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também
devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar
muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e
pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert
Einstein-SP.
Dr. Franklin destaca três aspectos
importantes para uma proteção solar eficaz:
1- “Use filtro com FPS
30 ou maior; e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais
sensível, FPS de no mínimo 50;
2- Use proteção adicional ao filtro
solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição
solar entre 10 e 16h;
3.
Use roupas leves, claras e
chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e
atividades físicas ao ar livre. Quem
costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em
roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.
Fontes:
1) Dra. Ana Paula Fucci - Dermatologista formada em
Medicina pela Universidade Federal Fluminense(UFF). Residência em Clinica
Médica na UFF e Dermatologia na UFRJ. Título de especialista em Dermatologia
(RQE: 19876). Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD), Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e
Academia Européia de Dermatologia (EADV).
2) Dr. Franklin Verissimo - CRM-CE 10920 -
Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital
Albert Einstein-SP. Formação em Medicina Estética. Graduado em Medicina pela
Universidade Federal do Ceará-CE. Especialista e pós-graduado em Laser,
Cosmiatria e Procedimentos pela Universidade Estadual do Ceará-CE. Especialista
e pós-graduado em Medicina RM Estética pelo Instituto BWS-SP.
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