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O chamado “olho cansado digital” se tornou um dos problemas visuais mais recorrentes da atualidade. O termo descreve a fadiga ocular decorrente do uso excessivo de telas. É uma realidade que atravessa gerações: profissionais que passam horas no computador, estudantes que migraram dos livros para tablets e crianças que passam boa parte do dia em smartphones e vídeos. O fenômeno ganhou força nos últimos anos e está alterando não apenas a saúde visual das pessoas, mas também o mercado óptico.
O impacto do uso prolongado de telas é tão significativo que estudos recentes confirmam uma tendência global preocupante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta que até 2050, metade da população mundial poderá ser míope, resultado direto do estilo de vida digital e da falta de exposição à luz natural. No Brasil, a situação segue o mesmo caminho: levantamentos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia estimam que o número de diagnósticos de miopia em crianças e adolescentes cresceu mais de 35% nos últimos dez anos.
A fadiga ocular digital não se limita à miopia. Os sintomas mais comuns incluem visão embaçada, ardência, olhos secos, dor de cabeça e dificuldade de foco, que surgem após longos períodos em contato com telas.
Além disso, a luz emitida pelas telas, especialmente a luz azul, deixa os olhos mais cansados e pode até ressecar a região. Quando passamos muito tempo olhando para dispositivos digitais, piscamos menos, e isso afeta a proteção natural dos olhos. Essa exposição prolongada também pode atrapalhar o sono, já que a luz azul interfere na produção de melatonina.
“Estamos vendo cada vez mais pessoas chegando às ópticas com queixas de cansaço visual, dificuldade para focar e visão turva no final do dia”, afirma Bruna Mendonça, especialista em comportamento de consumo no setor. “O uso de telas se tornou inevitável, então a solução passa por orientação profissional, lentes adequadas e hábitos visuais mais saudáveis”.
Outro reflexo está no aumento da busca por exames oftalmológicos
preventivos. Com a rotina cada vez mais mediada por dispositivos eletrônicos, a
prevenção tornou-se fundamental. Ajustes simples fazem diferença: respeitar
pausas, piscar mais durante o uso de telas, preferir ambientes iluminados e
realizar avaliações periódicas com profissionais de saúde ocular.
A tendência é clara: o olho cansado digital não é um problema
passageiro, mas um reflexo direto do estilo de vida contemporâneo. “O
consumidor atual não procura apenas óculos; ele busca bem-estar. Procuramos
oferecer soluções que realmente reduzam os impactos do mundo digital na saúde
visual”, completa Bruna.

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