Diabetes, hipertensão, história de doença renal na família, obesidade
e tabagismo são principais fatores de risco para o desenvolvimento de Doença
Renal Crônica (DRC)
De acordo com a Sociedade Brasileira de
Nefrologia, cerca de 850 milhões de pessoas sofrem de Doença Renal Crônica
(DRC) no mundo e 2,4 milhões delas morrem anualmente. A detecção precoce da
doença renal e a adoção de condutas terapêuticas apropriadas para o
retardamento de sua progressão pode minimizar o sofrimento dos pacientes,
oferecendo melhor qualidade de vida ao doente renal e ainda reduzir os custos
relacionados ao tratamento. Nos estágios inicias a DRC é assintomática,
dificultando seu diagnóstico precoce. Por isso, o Dia Mundial do Rim (14/3) é
uma oportunidade de alertar sobre os principais fatores de risco da doença.
Diabetes e hipertensão são os principais fatores
de risco para a DRC e os fumantes, independente de serem hipertensos ou
diabéticos, aumentam em 50% as chances de desenvolverem a doença. Estudo
publicado no Jornal Brasileiro de Nefrologia concluiu que a incidência de DRC
em pacientes com hipertensão é de 156 casos por milhão, em estudo de 16 anos
com 332.500 homens entre 35 e 57 anos. O risco de desenvolvimento de nefropatia
é de cerca de 30% nos diabéticos tipo 1 e de 20% nos diabéticos tipo 2. No
Brasil, entre 2.467.812 pacientes com hipertensão e/ou diabetes cadastrados no
programa HiperDia do Ministério da Saúde em 29 de março de 2004, a frequência
de doenças renais foi de 6,63% (175.227 casos).
De acordo com o Dr. Américo Cuvello Neto,
coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,
o histórico familiar e a obesidade também são importantes fatores de risco, que
somados aos demais, aumentam as chances de disfunções renais.
O especialista reforça que, por ser
assintomática, é importante que as pessoas acima dos 40 anos façam exame de
urina e dosem a creatinina no sangue anualmente. Entretanto, para quem tem ao
menos um dos fatores de risco, a investigação clínica deve ser feita ao menos
duas vezes por ano. "A Doença Renal Crônica é irreversível e leva o
paciente à diálise e ao transplante renal, por isso é fundamental prevenirmos
diabetes, hipertensão, obesidade e reduzirmos o número de tabagistas",
afirma o especialista.
O médico também alerta sobre a necessidade de as
pessoas incorporarem hábitos de alimentação saudável e a prática de atividade
física como formas de prevenção das doenças renais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
que o consumo de sódio não seja maior que dois gramas por dia, o que equivale a
cinco gramas de sal. No entanto, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal
por dia. Em pacientes com Doença Renal Crônica o consumo diário de sal deve ser
a metade do que recomenda a OMS."Os rins funcionam como filtros do nosso
organismo, e assim, são os responsáveis por eliminar o excesso de sal. Se, por
alguma razão os rins não conseguem eliminar o excedente de sal, ele acumula no
corpo aumentando a pressão arterial e o inchaço nas pernas e face. Diminuir o
consumo de sal é essencial para o bom funcionamento dos rins", afirma
Cuvello Neto.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
hwww.hospitaloswaldocruz.org.br/
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