Por que algumas empresas apenas sobrevivem,
enquanto outras prosperam e inspiram o mercado? Por muito tempo, a resposta
esteve fixada em 'o quê' – o produto ou serviço oferecido – e no 'como' – a
diferenciação no mercado. Hoje, diante de tamanha competitividade, a verdadeira
chave para o sucesso e crescimento sustentável reside muito mais no 'porque': a
razão de existência e propósito de cada negócio, que destaque seus valores além
do dinheiro em si. Isso, certamente, é o que impulsionará uma empresa
verdadeiramente lucrativa – em todos os sentidos.
Toda organização precisa, certamente, gerar
resultados excelentes que lhe permita prosperar. Entretanto, a forma na qual
conduz esse processo não deve se basear, apenas, nesse crescimento econômico.
Empresas que focam, excessivamente, no lucro em si e, consequentemente, lideram
seus times com esse mindset, tendem a não perpetuar suas operações, justamente
por deixarem de lado o que, realmente, deve ser o coração de seu planejamento
estratégico: a conexão de cada um com o que está sendo feito.
Uma pesquisa da Gallup, como prova disso, mostrou
que, se todos os trabalhadores do mundo estivessem realmente engajados com esse
propósito, a economia global poderia ter um aumento de produtividade de até US$
9,6 trilhões, o equivalente a cerca de 9% do PIB mundial. Estamos perdendo um
enorme potencial de impulsionar nosso mercado, enquanto muitas operações ainda
não se preocuparem em também priorizar o motivo pelo qual tudo está sendo
feito.
Um exemplo nítido disso é o que está acontecendo,
atualmente, com a Meta. Em estado de alerta após perder diversos talentos, Mark
Zuckerberg bilhões de dólares no recrutamento de profissionais de inteligência
artificial, preocupado em perder competitividade nessa corrida intensa da IA
generativa. Uma organização que, por muito tempo, foi considerada uma das mais
disruptivas de seu ramo, hoje busca meios de atrair e reter profissionais que
queiram trabalhar lá com uma visão à longo prazo.
O que está por trás dessa dificuldade? Um foco
intenso apenas em ter equipes altamente qualificadas tecnologicamente, mas que,
não necessariamente, estejam verdadeiramente conectadas com um propósito maior
nesses valores e objetivos. Essa falta de alinhamento é cada vez mais percebida
no mercado global, mostrando que de nada adianta prezar por ótimos resultados
financeiros, sem que os talentos estejam conectados com tudo que é feito no
ambiente de trabalho.
Simon Sinek, em seu conceito do Golden Circle,
destaca esse modelo de liderança como essencial e um diferencial competitivo ao
inspirar os profissionais a pensarem, agirem e se comunicarem gerando um
impacto positivo na sociedade. O ‘porquê’ das operações, em sua visão, deve ser
o núcleo de todas as estratégias corporativas: por que a empresa foi criada?
Pelo que você trabalha?
Todos os processos, métodos, produtos e serviços
desenvolvidos cercarão esses ideais, prezando por sua flexibilidade como forma
de se ajustar às mudanças constantes do mercado. Isso é o que favorecerá a
construção de uma cultura organizacional forte e a conexão genuína com
clientes, equipes e demais parceiros de negócio.
Como levar toda essa teoria à prática? Definindo,
com clareza, o propósito da organização, revisitando-o constantemente, se
adaptando às mudanças do mercado e, principalmente, alinhando a execução do
planejamento estratégico ao propósito de cada um. Encantar e engajar os
profissionais dentro de um ambiente de trabalho não é simples, mas determinante
para um sucesso saudável de qualquer negócio. Então, comece pelo porquê tudo
isso está sendo feito, que outros direcionamentos virão com muito mais clareza
e eficácia.
Wide
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