Os incômodos
processos alérgicos podem ser desencadeados por diferentes fatores como
alterações climáticas, sedentarismo e estresse, mas também surgem pelo contato
direto com partículas e micro organismos (alérgenos) presentes por toda parte
em nossos lares. De acordo com o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o
alergista Marcello Bossois, os alérgicos, que já chegam a 35% da população
brasileira (dados da Organização Mundial da Saúde - OMS), devem estar atentos a
três importantes medidas para o controle do problema. Para ele, o tratamento
consiste em um tripé terapêutico, baseado no controle alimentar e na
administração de imunoterapia (vacinas contra as alergias), mas sem jamais
esquecer de um criterioso e indispensável controle do ambiente doméstico -
eliminando de casa o que pode produzir a doença.
O controle ambiental
passa por medidas que irão auxiliar a exterminar os maiores vilões daqueles que
tossem, espirram, se coçam e até respiram mal. E alguns dos maiores causadores
destes sintomas estão presentes justamente dentro de casa, ambiente mais
poluído que frequentamos, como os ácaros, poeira, mofo e alguns tipos de
fungos. Determinadas mudanças na arrumação, nos hábitos, limpeza e faxina do lar
produzirão um ambiente menos alergênico e mais saudável para toda a família.
Mantendo a alergia
longe do quarto
Dentre os
cômodos a serem arrumados, o ambiente de dormir requer uma atenção especial,
sobretudo em virtude da grande quantidade de horas que as pessoas permanecem
nele. A cama, por exemplo, reúne as condições perfeitas (temperatura, umidade e
escamação de pele humana) para o desenvolvimento de colônias de ácaros, fungos
e mofos, organismos abominados pelos alérgicos. “Todas as noites depositamos em
nossos colchões e travesseiros queratina da pele descamada, o alimento
preferido dos ácaros, formando uma verdadeira fábrica destes vilões e
perpetuando dentro de casa os quadros de alergias”, alerta Marcello. Esta
forração é muito eficaz no tratamento, comenta, já que cria uma barreira entre
o corpo e estes objetos, além de evitar a proliferação destes grandes
alérgenos.
Alguns itens devem
ser evitados na maior parte possível dos aposentos de casa, principalmente no
quarto daqueles que já apresentam manifestações da doença. Especialistas
defendem que os pacientes que possuem alergias respiratórias como rinites,
bronquites, sinusites e faringites devem abolir cortinas de pano, carpetes,
tapetes, bichos de pelúcia e até evitar a presença de plantas no ambiente de
dormir. E muita gente sofre deste mal: dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) apontam que um em cada sete pessoas apresenta alguma alergia
respiratória, sendo a asma a responsável por afetar, segundo um recente
levantamento do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), aproximadamente 6.4 milhões de brasileiros acima de 18
anos.
10 dicas de limpeza e
arrumação para as casas dos alérgicos:
- Evitar o uso de
vassouras – dar preferência ao aspirador de pó;
- Utilizar pano úmido
na limpeza dos ambientes;
-Trocar produtos
químicos de odor intenso por detergentes biodegradáveis ou álcool;
-Eliminar os
amaciantes de roupa e sabão em pó comum, substituindo-os pelo sabão de coco na
forma líquida, em pó ou em barra;
-Acabar com o acúmulo
de jornais e revistas;
-Arejar bem os
cômodos;
- Evitar irritantes
respiratórios como tintas, ceras, removedores e produtos químicos de cheiro
forte;
- Eliminar ao máximo
fumaça de cigarro
- Persianas devem
entrar no lugar das cortinas de pano;
- Jamais fazer uso de travesseiros de pena ou de pluma,
uma vez que estes são ricos em queratina – alimento preferido dos ácaros.
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