Em
meio a pandemia do novo coronavírus, que se alastrou pelo mundo, vários setores
da sociedade foram prejudicados ou sofreram alterações em seu funcionamento,
sendo o principal deles, a área médica. Recentemente, com o intuito de diminuir
o fluxo de pessoas nos grandes centros de saúde e impedir o aumento da
contaminação pela Covid-19 nestes locais, foi aprovada a Lei 13.989, que
autoriza o uso da telemedicina por médicos e instituições de saúde ao longo da
pandemia de Covid-19.
Sancionada
recentemente pelo Governo Federal, a nova lei ajuda a evitar aglomerações em
hospitais, Upas, clínicas e postos de saúde durante a pandemia, e ainda permite
que os atendimentos sejam mantidos, sem oferecer riscos aos pacientes.
O
clínico geral, CEO da Clínica Penchel e estudante de nutrição, Lucas Penchel,
observa a decisão de forma bastante positiva. “Vejo que o atendimento médico
por videoconferência contribui de diversas formas para a nossa atual realidade.
Ele permite que os pacientes sejam orientados e avaliados sem se expor as ruas,
proporciona a otimização do tempo de consulta, o andamento de tratamentos e
processos que poderiam ficar parados durante a pandemia e a diminuição de
custos. Além destas vantagens, essa prática também contribui para que os
sistemas de saúde público e privado não fiquem sobrecarregados neste momento de
crise. Sabemos que outras complicações aparecerão e os centros de saúde devem
estar preparados para o suporte a todos”, adverte.
A
telemedicina será empregada como um atendimento inicial, onde o médico poderá
realizar a triagem de pacientes, oferecer orientações e analisar sintomas de
uma possível doença. “É preciso deixar claro, que este método é um complemento
as consultas presenciais e não substitui as mesmas. Ele deve ser encarado como
uma avaliação inicial, que permitirá ao médico identificar e diferenciar casos
mais simples e os de maior complexidade, e a partir daí definir se o paciente
precisa realmente procurar pelo atendimento presencial ou somente receber
orientações que colaborem na amenização de sintomas”, orienta.
Segundo
Penchel, a telemedicina já é praticada de maneira mais recorrente em alguns
países, mas no Brasil ela ainda é alvo de discussões a vários anos no Conselho
Federal de Medicina (CFM). “Só agora com o cenário atípico da epidemia, ela
ganhou espaço e se tornou uma ferramenta estratégica para evitar o colapso do
sistema de saúde brasileiro. Acredito que é uma tendência interessante e que
poderia se expandir, agregando maior dinamicidade e interatividade ao
atendimento de saúde. No entanto, acho essencial que os profissionais consultem
as regras do CFM antes de dar início a esse tipo de prática. Também
é indispensável que as consultas sejam realizadas em plataformas que
resguardem a privacidade e as informações pessoais dos pacientes. Por fim, se a
experiência que estamos vivenciando com este tipo de atendimento for positiva
até o fim da epidemia, acho que seria uma ótima decisão se o governo decidisse por
sua permanência”, ressalta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário