Uso de combustível
contaminado com óxido de ferro provoca aumento de consumo em motocicletas
A NGK, especialista em sistema de ignição, recebe,
constantemente, por meio de seu SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), dos
distribuidores e de lojas de motopeças, várias consultas com dúvidas a respeito
de aumento de consumo de combustível, principalmente, em motocicletas com
sistemas de injeção.
Muitos mecânicos e apaixonados por motos vão se
perguntar, por que ocorre, principalmente, em motos com sistemas de injeção? Na
realidade, o que acontece é que as motocicletas com sistemas de injeção tendem
a se adaptar às condições de funcionamento do motor e, muitas vezes, pequenas
falhas de ignição não são percebidas. Porém, o aumento do consumo de
combustível é notado com facilidade.
Ao identificar a mudança no consumo de combustível,
é possível relacionar ao óxido de ferro. Mas, o que é o óxido de ferro?
Trata-se de um aditivo que pode ser utilizado para aumentar a octanagem da
gasolina de baixa qualidade. De acordo com a ANP (Agência Nacional do
Petróleo), é proibido o uso de metais pesados, como o ferro nos combustíveis
nacionais. Esse óxido faz com que a vela perca isolação elétrica e gere
pequenas falhas de ignição, provocando o aumento de consumo de combustível.
Contaminação
Como fazemos para identificar a contaminação por
óxido de ferro? “A forma mais fácil de identificar o uso de combustível
contaminado por óxido de ferro é por meio de uma inspeção visual. A ponta do
isolador, parte cerâmica da vela de ignição vermelha, o eletrodo lateral e o
castelo metálico, parte da rosca da vela, vermelhos são indicativos de
contaminação da vela”, alerta Hiromori Mori, consultor da Assistência técnica
da NGK do Brasil.
Confira na imagem abaixo um exemplo de uma vela com
contaminação:
O que fazer ao identificar a
contaminação nas velas de ignição?
O primeiro passo é a substituição das velas de
ignição. Em seguida, é importante alertar ao cliente sobre o problema
encontrado. Algumas recomendações para prevenção também são válidas:
- procurar abastecer em postos de combustível de
confiança;
- evitar combustíveis com preços muito baixos;
- sempre pedir a nota fiscal do combustível;
- aditivos não homologados pelas fabricantes de
motocicletas e sem aprovação da ANP também devem ser evitados.
“É importante reforçar que, nem sempre o último
combustível abastecido é o causador do problema. A contaminação é um processo
gradativo e, no momento da revisão ou inspeção, é que constatamos a
ocorrência”, finaliza Mori.
NGK
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