Dia Nacional de
Prevenção e Combate à Surdez conscientiza sobre o impacto social da perda auditiva e alerta
para a necessidade de buscar acompanhamento médico
A perspectiva de um mundo silencioso é
a realidade de mais de dez milhões de
brasileiros, segundo dados do Instituto Locomotiva, em parceria com
a Semana da Acessibilidade Surda. Desse total, 91% dos
entrevistados relataram ter adquirido a deficiência auditiva ao longo da vida e
outros 87% não usam aparelhos auditivos. Para alertar a população sobre
o aumento dos problemas relacionados a audição em todas as idades e conscientizar sobre o impacto social da perda da
auditiva, é comemorado no dia 10 de novembro o Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Surdez.
Entre os principais causadores da deficiência
estão o aumento da poluição sonora e dos níveis de ruídos nas grandes cidades.
Os fones de ouvido, comuns entre os jovens,
também são apontados como os grandes vilões. Os primeiros sinais começam com um ruído incômodo que aumenta a
cada dia ou com aquela sensação de que não está escutando direito ou entende
mal as palavras. Os sintomas indicam perda auditiva e não devem ser ignorados.
Por isto, a otorrinolaringologista Vanessa
Ribeiro, uma das
integrantes da equipe da especialidade no Hospital Lifecenter, aponta que a
demora para procurar ajuda
médica pode agravar a situação e levar a pessoa à surdez total. “São pequenos sinais que devem ligar o
sintoma amarelo no paciente. Não dá para subestimar a questão, é preciso
descobrir a causa para, então, receber o tratamento adequado”, conta.
TRATAMENTO
Segundo a especialista, há um tratamento específico para cada
caso, que pode variar entre o uso de aparelhos auditivos, terapia sonora ou
correções na saúde do paciente. Existem dois tipos de aparelhos auditivos – o
de Amplificação Sonora (AASI), indicado na reabilitação da deficiência auditiva
de indivíduos de diversos graus, inclusive severo e que ainda possuem audição
residual.
Outra possibilidade para pacientes com surdez severa é o implante
coclear, também conhecido como “ouvido biônico”.
O equipamento substitui a função do ouvido interno de pessoas que têm surdez
total ou quase total e usa pequenos eletrodos para estimular o nervo auditivo. No
entanto, Ribeiro alerta que o tratamento não se aplica a todas as pessoas. “Há
um protocolo que o paciente com perda auditiva precisa preencher para ser um
candidato a este implante. Existem as especificações da perda auditiva que vão
qualificá-lo a fazer o implante ou não”, afirma a médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário