Alterações
emocionais na gravidez são normais, mas podem e devem ser controladas.Falar
sobre os sentimentos com os familiares e amigos e jamais usar ou suspender
medicações sem orientação médica são algumas das dicas
De cada 100 mulheres
grávidas, de 10 a 20 serão acometidas pela depressão. Mas, afinal, como evitar
ou amenizar os distúrbios emocionais, entre outras alterações geradas pela
mudança de vida com a chegada do bebê? A psicóloga Karen Valeria da Silva e a
obstetra Dra. Daniela Leanza, que integram o corpo clínico da NotreDame
Intermédica esclarecem estas dúvidas.
De acordo com as
especialistas, a gestação é um momento de importantes reestruturações na
vida da mulher e nos papéis que exerce. Mais do que isso, é um momento de
preparaçãopsicológica para a maternidade. “Trata-se de uma fase onde é preciso
reajustar seu relacionamento conjugal, sua situação socioeconômica e suas
atividades profissionais. E isso não é nada fácil. Muitas vezes, a gestante ‘se
vê’ sozinha em diversas situações e acaba por entrar num processo gradual de
depressãoque tende a piorar no pós-parto”, analisa a psicóloga Karen Valeria da
Silva.
Além das mudanças
psicológicas, ocorrem as transformações hormonais e metabólicas que, muitas
vezes, culminam em sensação de fragilidade, preocupações excessivas com a
gravidez e saúde do bebê, responsabilidade, insegurança, medo, e alterações de
humor que variam entre momentos de felicidade, tristeza e angústia.
Depressão
Apesar de atingir de 10% a
20% das mulheres grávidas, ainda não se sabe exatamente o que causa a depressão
na gestação. Contudo, deve-se atentar para alguns fatores de risco queindicam
mais chances para o distúrbio. Os mais comuns são histórico de depressão,
problemas conjugais, condições socioeconômicas baixas, experiências traumáticas
no período gestacional, gravidez indesejada e até mesmo predisposição genética.
Entre os sinais e
sintomas, são comuns alterações no hábito alimentar – redução ou aumento do
apetite - e alterações no sono – ou sonolência excessiva ou insônia -,
diminuição da libido, falta de energia e fadiga, perda do prazer pelas
atividades que gosta, sentimentos de culpa, inutilidade ou pânico, pensamentos
suicidas, tristeza, infelicidade e choro fácil.
Os sintomas da depressão
podem afetar o comportamento da gestante trazendo consequências futuras ao
feto.
Algumas pacientes acabam
se isolando socialmente, faltam nas consultas de pré-natal e não seguem as
orientações médicas, podendo iniciar ou aumentar o consumo de
álcool, tabaco e drogas que podem trazer consequências como alteração no
desenvolvimento do feto, aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao
nascer, bebês com problemas de sono e também o maior uso de UTI neonatal.
A depressão pode ser
tratada com o uso de medicação, porém é preciso avaliar o risco-benefício do
uso de psicoterapêuticos. “Se a mulher já usava um antidepressivo antes da
gravidez, o médico deverá avaliar a continuidade do tratamento ou a troca da
medicação. Podem ser considerados também os tratamentos alternativos, como
sessões de relaxamento e o uso de fitoterápicos”, explica a Karen Valeria da
Silva. Também é imprescindível o acompanhamento psicoterapêutico que poderá
auxiliar na identificação dos gatilhos e fornecer ferramentas de enfrentamento.
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto pode
ocorrer logo após ou em até um ano após o parto. Seus sinais e sintomas ocorrem
quase todos os dias e vão do sentimento de tristeza ou desespero constante,
perder o interesse ou não sentir prazer na maioria das atividades diárias,
alterações de humor, ansiedade e excesso de preocupação, e até pensamento de
morte nos casos mais graves.
Oficinas de Saúde
Estes cuidados foram
apresentados durante o dia 4 de maio como parte do projeto “Oficinas de
Saúde”,promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica. Nestas
oportunidades, beneficiários e convidados participam de palestras com especialistas
em diferentes áreas. A próxima Oficina de Saúde está programada para dia 06
dejunho e será sobre obesidade x qualidade de vida, com o tema “Não deixa a
obesidade virar um peso na sua vida”.
Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
O Grupo
NotreDame Intermédica mantem em seu canal no Youtube diversos vídeos com dicas
e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na
prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos
institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:
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