Apesar de ainda ser tabu para muitas pessoas, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) estão presentes cada vez mais sociedade moderna. Entre as DSTs que retornaram está a sífilis que, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015 houve um aumento de mais de 5.000%.
A sífilis é uma doença originada na Idade Média
causada pela bactéria Treponema Pallidum. Segundo o
ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli, a doença pode ser transmitida por
diversas formas: sexualmente, de mãe para filho, por transfusão de sangue ou
por contato direto com o sangue contaminado. “Surge como uma pequena ferida nos
órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas. As feridas são indolores e não
apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz,
dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se não tratada precocemente,
pode comprometer olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso”,
alerta o médico.
De acordo com Mantelli, existem três estágios da
doença: na primeira fase, os sintomas ficam mais evidentes e há maior risco de
transmissão; no segundo estágio, a bactéria fica latente no organismo e no
terceiro, a doença volta mais agressiva, causando cegueira, paralisia, doenças
cardíacas, transtornos mentais e pode levar à morte. “A sífilis pode causar um comprometimento muito sério no sistema
nervoso, na audição e nos olhos. É importante lembrar que não existe uma
vacina. A única forma de prevenir a sífilis é através do sexo seguro com
camisinha uma vez que a transmissão se dá por relação sexual vaginal,
oral e anal sem o uso de preservativos, além de transfusão de sangue”, acrescenta
Mantelli.
O ginecologista adverte
para o cuidado com o aumento da sífilis gestacional da mãe
infectada para o bebê durante a gestação ou parto. “É necessário que, no início
da gravidez, a paciente procure um obstetra para realizar o pré-natal e fazer
todos os exames possíveis para diagnosticar qualquer doença. O tratamento da
sífilis é feito com antibióticos. O diagnóstico é feito por exames clínicos e
laboratoriais, durante o pré-natal até o nascimento do bebê”, sinaliza o
médico.
E o médico conclui: "não se vê quem tem
alguma doença sexualmente transmissível pelo rosto ou documento. Há casos em
que o próprio portador não faz ideia que está contaminado. A doença fica
incubada e é transmitida por relação sexual sem proteção".
Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra, com formação em
neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela
Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em
residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição.
Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.
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