Nódulos, varizes e até câncer podem ocasionar o sintoma
Você é daquelas pessoas que ficam roucas
facilmente? Então, preste atenção, pois perder a voz assim não é normal. A
rouquidão decorre de qualquer alteração nas pregas vocais, que são estruturas
que, ao se aproximarem e com a passagem do ar que respiramos, produzem a voz.
Portanto rouquidão é um sintoma e como tal pode
ter diversas causas, incluindo inflamação/infecção das pregas vocais (por
microrganismos), edema (inchaço, muito frequente naqueles que fumam), refluxo
faringoesofágico (quando o ácido produzido no estômago sobe e reflui para
laringe), lesão na estrutura (nódulo, cisto, pólipo, varizes, câncer),
paralisia (ausência de movimento da prega vocal), entre outros.
A médica otorrinolaringologista, otoneurologista e
Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP, Dra. Jeanne Oiticica, explica que mesmo quem sempre teve a voz
mais rouca deve pesquisar a causa, já que pode indicar que existe algo errado.
Pode ser, por exemplo, alguma lesão na estrutura da prega vocal, incluindo
nódulo, cisto, varizes, pólipos e até mesmo câncer.
“A rouquidão pode ser o primeiro sintoma de um
câncer de laringe. Por isso, em caso de rouquidão persistente e que não
responde ao tratamento clínico após 15 dias, deve-se sempre procurar o
otorrinolaringologista para fazer um exame detalhado das pregas vocais”, alerta
a especialista.
Beber bastante líquido, comer uma maçã ao dia,
evitar os abusos vocais (gritos, sussurros, exageros na fala) podem evitar
problemas. Em casos de episódios recorrentes e ou persistentes procure o
médico, pois algo deve estar errado e precisa ser checado e corrigido
adequadamente são indicações da Dra. Jeanne.
Dra. Jeanne Oiticica - Médica
otorrinolaringologista, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina
de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP. Chefe do Grupo de
Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São
Paulo.
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